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Planejamento Empresarial para Micro e Pequenas Empresas

01/08/2011 01:18:33

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Planejamento Empresarial para Micro e Pequenas Empresas

        O Brasil atualmente possui cerca de 7,5 milhões de empresas registradas de acordo com dados do SEBRAE/RJ. Sendo que desse total as micro e pequenas empresas representam 99% dos registros e o restante, apenas 1% estão distribuídos entre médias e grandes empresas. A distribuição das micro e pequenas empresas no país mostram que o Comércio apresenta a maior concentração com cerca de 3 milhões de empresas ou 43% do total.

        As micro e pequenas empresas são importantes pólos de trabalho, possuindo uma grande participação no número de empregos gerados no país. Levando-se em consideração os números de empregos formais gerados nos setores da Indústria, Construção Civil, Comércio, Serviços e Agropecuária no ano de 2009, juntos representam um total de 40,01% do total de empregados no país, sendo responsável por mais de 16 milhões de empregos, de acordo com o SEBRAE/RJ.

         Mesmo com importante participação no cenário econômico Brasileiro as MPE’s não suportam as pressões habituais do cotidiano a acabam encerrando suas atividades com pouco tempo de constituição, o SEBRAE aponta que cerca de 70% das MPE’s abertas anualmente no país encerram suas atividades antes de completar cinco anos. São vários os motivos que levam ao enceramento das atividades das MPE’s, os principais motivos apontados pelos empresários são:

•        Instabilidade econômica;
•        Dificuldade para aquisição de financiamentos;
•        Juros altos;
•        Queda do poder aquisitivo.

Em pesquisas recentes foram observados alguns motivos não menos importantes que os citados anteriormente, porem importantes e que também levam ao encerramento das atividades das MPE’s são: a falta de planejamento estratégico e financeiro.

Motivos esses que levaram o SEBRAE a realizar curso de capacitação administrativa oferecidos em todo o país. Os organizadores observaram que de 60 a 70% dos participantes do curso apresentavam como possíveis soluções para os problemas a inserção de investimentos externos, mais dinheiro e mais créditos. As atividades do curso apresentavam ferramentas de controle de custos, otimização de resultados, planejamentos e outras fazendo com que grande parte dos participantes mudasse de opinião.

De acordo com que foi apresentado anteriormente podemos perceber que o grande problema é a falta de planejamento, devido à falta de preparo para administrar essas empresas. Existem situações em que profissionais especializados em outras áreas se tornam “gestores” de suas empresas e até de empresas de terceiros, o que faz com que a sociedade perca bons especialistas e ganhe gestores despreparados, como exemplos citamos médicos administrando hospitais, engenheiros administrando construtoras, salientando que há suas exceções.

Para que a empresa alcance o objetivo é preciso planejar, o que nada mais é que a tentativa de prever acontecimentos relacionados à empresa evitando surpresas desagradáveis no funcionamento e na gestão do empreendimento.

Apesar de todos os empreendimentos oferecerem riscos é possível prevenir-se contra eles, utilizando ferramentas operacionais que possam amenizar os riscos e auxiliar o gestor na tomada de decisão. Planejar é a mais básica das funções gerenciais e a capacidade de desempenho dessa função esta diretamente ligada ao sucesso das operações da empresa.

O planejamento sozinho não oferecerá resultados, por isso em sua execução ele deve ser acompanhado, controlado, e até mesmo corrigido se for o caso. O planejamento de ser estruturado de forma a alcançar excelência empresarial e a otimização do desempenho econômico levando em consideração as características da empresa.

O planejamento vem corroboram para construção de um conjunto de metas e planos que estão ligados e adequados as circunstâncias presumidas e deve estar vinculado ao cenário onde a empresa atuará no futuro. Um bom planejamento deve levar em consideração vários passos, segundo Mosimann apoud Orleans Martins, são:

a)        Projeção de cenários;
b)        Definição de objetivos a serem seguidos;
c)        Analises de ameaças e oportunidades ambientais;
d)        Detecção de pontos fortes e fracos da empresa;
e)        Formulação de planos alternativos; e
f)        Escolha e implantação do melhor plano.

Sem duvidas após essa etapa de planejamento o passo mais importante é o da criação e seguimento de um plano orçamentário. O orçamento nada mais é que um resumo dos planos da empresa, mas também é um detalhamento da aquisição e do uso dos recursos financeiros durante um período especificado expresso em termos quantitativos, representado por orçamento de caixa, demonstração de resultado orçado e um balanço patrimonial orçado.

Entre as inúmeras vantagens em ter um orçamento bem elaborado citamos que é uma forma de transmissão dos planos da administração para toda entidade, força os gestores a pensar e planejá-lo, define metas servindo de níveis para subseqüentes avaliações de desempenho, sem contar que pode revelar potencias problemas a empresa antes que eles aconteçam.

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