O clima de otimismo tem sido suficiente para as empresas acelerarem a produção. Mas muitas permanecem reticentes em investir na ampliação da capacidade produtiva. A superação das incertezas, quando decisões de investimento estão em questão, requer saber se estamos seguramente estruturados ou apenas "surfando" na onda de um novo milagre econômico.
Não importa o momento que passamos, as grandes tarefas, os grandes desafios, ou até mesmo os grandes empreendimentos, sejam eles no governo ou na direção de uma empresa exigem que o homem pense, reflita sobre o histórico dos fatos, observe o momento de transição e se projete para o amanhã de forma estruturada e ciente dos riscos que existem diante do novo, do desconhecido.
Lembro que li em algum lugar que: "o que prova o sucesso numa pessoa não é a capacidade de eliminar todos os riscos antes que surjam, mas sim a habilidade de enfrentar e resolver tais riscos à medida que forem aparecendo. Ainda é um bom conselho atravessar as pontes, quando nos deparamos com elas"
Por falar em conselhos, sigo três deles que podem ajudar a evitar o custoso erro de esperar que as condições se apresentem perfeitamente propícias para agir:
1 - Preveja obstáculos e
dificuldades futuras.Toda aventura apresenta riscos, problemas e incertezas. Ao
planejar alguma coisa, é natural que você elimine o maior número possível de
riscos.
2 - Enfrente os problemas e os obstáculos à medida que forem
surgindo.Classifique os riscos e trate-os considerando sua relevância.
3 - Empregue a ação para curar o medo e adquirir confiança. Eis algo que não
deve ser esquecido. A ação alimenta e fortalece a confiança. Um time motivado é
capaz de superar os problemas de gestão de riscos sugerindo inclusive melhoria
no cenário de gestão desses riscos.
Considerando esse status atual da situação econômico financeiro das organizações diante da globalização, os profissionais da área de contabilidade e auditoria têm importante papel na gestão de riscos nas empresas. Todos temos que estar habituados e comprometidos em agir no gerenciamento dos riscos organizacionais. Cada um dos gestores, colaboradores, ponto focais e demais profissionais envolvidos com a organização tem que agir já.
Ontem por exemplo às
auditorias tinham procedimentos influenciados por trabalhos feitos nos anos
anteriores e baseados principalmente no risco e controle, hoje o enfoque é
personalizado para atender às necessidades dos clientes através do gerenciamento
dos riscos de auditoria através de abordagens de análise dos riscos de negócios
e das vulnerabilidades dos processos.
Anteriormente, muitos dos trabalhos de auditoria eram feitos manualmente, com
uso limitado de tecnologia, hoje, o uso de procedimentos analíticos
automatizados e de outras técnicas de automação, multiplica-se no mercado.
Nos contadores e auditores temos que estar preparados para mudar paradigmas, pois nada começa por si só, nem mesmo as dezenas de aparelhos mecânicos que usamos diariamente. O seu carro engrena as marchas automaticamente, somente depois você puxa a alavanca certa. O mesmo princípio aplica-se à ação mental. Se você deve engrenar sua mente, a fim de que ela produza para você. Use também esse método mecânico, automático, para criar idéias, fazer planos, resolver problemas e realizar qualquer outro trabalho que exija um grande esforço mental. Ao invés de aguardar que o espírito o impulsione, sente-se e impulsione o espírito. Só assim conseguiremos conscientizar nossos clientes da importância de gerir os riscos organizacionais.
Douglas B. Rodrigues
MBA - Contador
Administrador de Empresas
Especialista em Gestão de Riscos Corporativos
Professor Palestrante da UGF - Universidade Gama Filho e IBMEC - Instituto
Brasileiro de Mercado de Capitais
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