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Um novo imposto (CPMF) para a saúde.

05/09/2011 10:27

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Um novo imposto (CPMF) para a saúde.

Desde a extinção da famigerada CPMF ouve-se um zum-zum-zum sobre a criação de um novo imposto para “suprir” o vácuo deixado por ela.

Parece absurdo e até mesmo surreal ouvirmos falar em criação de um novo imposto, mas isso tem-se tornado muito frequente e não duvido que ainda seja criado, bastando para isso somente um momento oportuno.

Não precisamos criar novos impostos, precisamos mesmo é diminuir o tamanho da máquina pública, enxugar estruturas arcaicas e moralizar os gastos públicos. Somente isso bastaria para criar várias “CPMFs” para a saúde.

Todos nós sabemos que o Estado precisa de recursos para cumprir seu papel na sociedade, mas do jeito que as coisas estão caminhando, estamos prestes a ser engolidos por um monstro voraz que é insaciável na busca de recursos para cobrir seus gastos.

Assim fica fácil governar, ou seja, cada vez que falta dinheiro para determinada obrigação, basta chamar os contribuintes e extorqui-los para que deem um pouco mais de sua já minguada renda.

Precisamos dar um basta nisso e pensar num Brasil autossustentável a longo prazo.

Nosso endividamento está aumentando, nossa arrecadação nunca esteve tão alta e ainda assim não temos dinheiro para a saúde?

Segundo balanço da Receita Federal, a arrecadação da CPMF em 2007, último ano de sua vigência, foi de R$ 33,234 bilhões.

Já em 2008, em plena crise mundial a arrecadação tributária total no Brasil chegou a R$ 1,034 trilhão, representando 35,80% do PIB.

Comparando com a arrecadação de 2007, que foi de R$ 903,64 bilhão, verificamos um acréscimo de R$ 130,36 bilhão. Ou seja, quase quatro vezes a arrecadação da CPMF no ano de 2007.

Em 2010 a arrecadação tributária total chegou a R$ 1.290,97 trilhão. Segundo o IBPT, Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a arrecadação tributária cresceu 264,49% em 10 anos.

Em resumo, o Brasil já subtrai dinheiro suficiente dos contribuintes para oferecer um sistema de saúde de primeiro mundo. Pode até não parecer, mas temos bons políticos e bons governantes, mas nem sempre conseguimos juntar esse time num trabalho em prol da coletividade, pois a eterna briga partidária não permite que o vencedor de uma eleição utilize em seus quadros um profissional de um partido que não seja aliado, por mais competente que ele seja.

Já está na hora de fazermos uma ampla reforma politica que permita que as pessoas que nos representam possam fazer seu trabalho sem ficar refém de um sistema que favorece uma minoria que só pensa no poder a qualquer custo. Precisamos acabar com o loteamento de cargos, principalmente aqueles que exigem qualificação técnica.

Enfim, precisamos mesmo é de administradores competentes e comprometidos com o Brasil.

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