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O Consultor: Ser ou Estar?

Cada vez mais observamos profissionais das mais diversas áreas com um objetivo: “ser um consultor!” Este artigo procura diferenciar o consultor por vocação daquele que, por força das circunstâncias, abraçou a carreira, mas de forma temporária.

27/10/2011 17:14:01

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O Consultor: Ser ou Estar?

Podemos definir a  consultoria como a arte de dar conselhos. Toda a atividade humana é permeada por conselheiros. Desde a mais tenra idade somos aconselhados (pelos nossos pais, em primeiro lugar) e também desde cedo procuramos aconselhar nossos entes mais chegados, nossos parentes e amigos.

Fazemos isso de forma até inconsciente, sempre procurando ajudar, é natural do ser humano. Se somos colocados frente a uma situação que já vivemos, ou dela temos experiência, vamos procurar aconselhar aqueles que precisam se desvencilhar do problema, começando por nós mesmos.

Ora, mas existe o ditado: “Ninguém é bom conselheiro (ou juiz) de si mesmo”. Não poderia estar mais equivocado.  Se não somos bons conselheiros para nós mesmos, então com certeza também não seremos para os outros.

É fundamental portanto que o candidato a consultor exercite permanentemente  o “auto-aconselhamento” de forma a aferir os argumentos e a lógica de suas ponderações.

Voltando ao consultor profissional, afinal, o que é preciso para ser um consultor?

Antes de mais nada, vamos diferenciar o “ser” do “estar”. É muito comum encontrarmos com colegas que por alguma razão (desemprego, aposentadoria etc) nos dizem: “Agora estou prestando consultoria”, ou, “Virei consultor”.

Podemos dizer, sem medo de errar, que esses não “são” consultores, mas “estão” consultores, ou seja, encaram a consultoria como algo temporário, ou uma etapa profissional que será ultrapassada em um período de tempo.

Tempos atrás, ainda no período militar, um ministro estava em um doloroso processo de “fritura” ameaçado de perder o cargo. À saída de uma reunião decisiva com o Presidente da República, um jornalista lhe fez a pergunta: “O Sr. ainda é ministro?”, ao que ele respondeu com toda a propriedade, com a frase que ficou na história política do país, “Eu não sou ministro, estou ministro”, dando conta da transitoriedade do cargo. Em seguida foi exonerado pelo Presidente, mas isso é outra história.

Mas então, quem é o consultor que “é” e não apenas “está”? Esse tem o principal, a vocação para a consultoria, independentemente da área escolhida. Essa vocação irá se refletir diretamente na sua postura, uma vez que enxerga a consultoria como carreira, que irá levar por toda a vida.

Essa é a primeira parte, o alicerce, a vocação para a consultoria é muito importante porém não substitui a formação e a experiência, mas isso será tema de outros artigos.

Fernando Aidar Bassi

Jornalista e Consultor

 

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