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DIREITO DO TRABALHO

As transformações da justiça do trabalho: de “carteira assinada” ao mundo digital

Da relação de emprego à gig economy: como a Justiça do Trabalho se adapta aos novos tempos

27/01/2025 19:30

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Justiça do Trabalho se adapta aos novos modelos de trabalho

As transformações da justiça do trabalho: de “carteira assinada” ao mundo digital Foto: jessica45/Pixabay

A Justiça do Trabalho é um daqueles pilares que todo trabalhador já ouviu falar, mas que nem sempre entende como funciona ou até onde vai sua competência (às vezes, nem mesmo o MTE tem este entendimento claro). No entanto, o que pouca gente sabe é que ela tem passado por transformações profundas, se adaptando às mudanças no mundo do trabalho e aos novos modelos de contratação. Vamos entender o que mudou, de forma leve e direta.

Antes e depois: da relação de emprego à relação de trabalho

Lá atrás, a Justiça do Trabalho só julgava casos envolvendo a relação tradicional de emprego — aquele clássico contrato entre patrão e empregado, com carteira assinada e tudo mais. Mas, em 2004, veio a Emenda Constitucional nº 45 e ampliou os horizontes. Agora, além das relações de emprego, a Justiça do Trabalho também passou a cuidar das relações de trabalho em geral, ou seja, autônomos, estagiários, aprendizes e até freelancers começaram a ter seus casos analisados por ela.

A Reforma Trabalhista e o “upgrade” nas regras

A Reforma Trabalhista de 2017 trouxe um combo de novidades. Foram regulamentados modelos como o teletrabalho (sim, o famoso home office), o trabalho intermitente (aquele em que você é chamado para trabalhar de vez em quando e recebe só pelo que trabalha) e novas formas de negociação entre empresas e trabalhadores. Por exemplo, ficou permitido que o negociado (aquilo que as partes combinam diretamente) prevaleça sobre o legislado (o que está na lei) em certas situações.

Para a Justiça do Trabalho, isso significou um novo desafio: como interpretar e aplicar essas mudanças na prática, garantindo que os direitos dos trabalhadores não fossem deixados de lado?

O novo mundo do trabalho: da economia gig às plataformas digitais

E se as mudanças até aqui já eram grandes, a era digital veio bagunçar tudo ainda mais. Com a expansão de plataformas como aplicativos de delivery e transporte, a chamada gig economy criou relações de trabalho completamente diferentes. O entregador de aplicativo, por exemplo, não é exatamente um empregado nos moldes tradicionais, mas também não é completamente autônomo. É aí que a Justiça do Trabalho entra, tentando entender onde encaixar essas novas realidades dentro das leis existentes.

O futuro: desafios e adaptações

A Justiça do Trabalho hoje tem a missão de equilibrar um mundo de regras criadas em outra época com um mercado de trabalho que muda mais rápido do que a gente consegue atualizar os aplicativos do celular. E, mesmo diante de tantas transformações, ela segue com o objetivo central: garantir que trabalhadores e empregadores resolvam seus conflitos de forma justa.

Resumo do tema? A Justiça do Trabalho deixou de ser só “para quem tem carteira assinada” e abraçou um mundo muito mais complexo. Com desafios constantes e cenários em evolução, ela se reinventa para acompanhar os novos tempos. Afinal, no fim do dia, o que importa é que haja justiça, seja no escritório, no aplicativo ou no home office.

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