Foto: Ninthgrid/Pexels Mais da metade dos profissionais (51,4%) estão ativamente em busca de uma nova oportunidade de trabalho. É o que aponta recente pesquisa realizada pela Michael Page, uma das maiores consultorias especializadas em recrutamento de média e alta gerência, parte do PageGroup. De acordo com o estudo Guia Salarial 2025, os candidatos que buscam uma nova oportunidade de trabalho ficaram à frente dos que não estão procurando (27%), dos que vão procurar daqui um ano (13,5%) e dos que pretendem mudar de emprego daqui seis meses (8,1%).
Ao detalhar as prioridades que levariam os profissionais a aceitar uma nova proposta, o levantamento mostra que 86,5% destacam o salário como principal motivação, seguido pelo modelo híbrido ou remoto (56,8%), benefícios adicionais como convênio médico ou previdência privada (45,9%) e aspectos culturais e de crescimento interno, ambos citados por 27%.
"O desejo de mudança entre os profissionais reflete uma transformação nas prioridades do mercado: além de remuneração competitiva, eles buscam flexibilidade, equilíbrio e propósito no trabalho. Para as empresas, adaptar-se a essas expectativas representa não apenas uma oportunidade de atrair talentos, mas também de construir equipes engajadas e resilientes, preparadas para os desafios de um mercado em constante evolução", afirma Lucas Toledo, diretor-executivo da Michael Page.
Para elaborar o estudo, a Michael Page ouviu 6,8 mil profissionais e empresas de todo o Brasil, abrangendo desde posições estratégicas de suporte até níveis executivos de alta liderança. O objetivo foi capturar uma visão ampla das expectativas dos talentos sobre carreira, o papel das organizações no desenvolvimento profissional e elementos-chave que compõem a proposta de valor no emprego.
O que os profissionais não abrem mão
O levantamento também analisou o que os profissionais consideram mais atrativo em uma nova oportunidade. O salário lidera com 51,4%, enquanto benefícios adicionais (16,2%), modelo de trabalho e reputação da empresa (13,5%, cada) e habilidades técnicas exigidas (5,4%) aparecem em posições secundárias.
Por outro lado, ao explorar os fatores que levam um profissional a recusar ou abandonar uma oferta, a pesquisa destaca que a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional é apontada por 59,5% como o principal impeditivo, seguido por salários ou benefícios abaixo do mercado e mau clima organizacional (56,8%, cada), além de liderança inadequada (48,6%).
"As organizações que desejam liderar na atração e retenção de talentos precisam ir além de atender às expectativas básicas. O verdadeiro diferencial está em promover um ambiente que combine práticas de bem-estar, flexibilidade e uma cultura focada no desenvolvimento contínuo e no propósito. Ao antecipar essas demandas e integrar essas estratégias, as empresas se posicionam como referência para os melhores profissionais e criam um impacto positivo e duradouro nos resultados", analisa Toledo.
Fonte: Michael Page - Conteúdo Comunicação
