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Auditoria Interna

O presente trabalho teve como objetivo geral analisar a aplicação das normas determinada pela Resolução CFC N° 986/03 pelos auditores internos de um Shopping Center do município de Caruaru-PE. O método utilizado para a consecução desta pesquisa foi..

07/03/2012 21:33

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Auditoria Interna

 

1 INTRODUÇÃO

O dinamismo dos negócios não permite erros, por isso, é fundamental um sistema de controle interno eficiente, que garanta a proteção dos seus ativos e a geração de informações seguras e confiáveis. Dessa forma, a auditoria interna tem se tornado uma atividade muito utilizada nas organizações com o intuito de avaliar de forma constante tais controles internos, fornecendo um feedback para a alta administração, de forma independente e objetiva.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), através da Resolução CFC n° 986/03, preceitua a Norma Brasileira de Contabilidade da Auditoria Interna (NBC T 12) que trata, entre outros assuntos, das normas relativas à execução dos trabalhos. Tal norma deve ser adotada no exercício da auditoria interna de modo a garantir a qualidade do trabalho realizado, para tanto é fundamental que os auditores conheçam e ponham em prática seu conteúdo.

Tendo em vista a relevância da adesão dos profissionais de auditoria interna às normas técnicas, surge o seguinte questionamento:

Estarão os auditores internos de um Shopping Center do município de Caruaru-PE adotando o que determina a Resolução CFC N° 986/03 no que tange ao exercício da auditoria interna contábil?

A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar a aplicabilidade das normas de conduta estabelecidas para a profissão, determinada pela Resolução CFC N° 986/03, pelos auditores internos de um Shopping Center localizado no município de Caruaru-PE na execução dos seus trabalhos.

Para alcançar tal objetivo, foram traçados os seguintes objetivos específicos:

  • Evidenciar, conceitualmente, a origem e evolução, a definição e os objetivos da auditoria interna;
  • Demonstrar, baseado na literatura pertinente, o conceito, características e a relevância dos controles internos;
  • Evidenciar a relação entre controle interno e auditoria interna.

O não cumprimento das normas relativas à auditoria interna pode comprometer a legitimidade dos dados divulgados, afetando a qualidade do trabalho realizado e prejudicando a tomada de decisão da alta administração. Dessa forma, a relevância da presente pesquisa concentra-se na evidenciação da freqüência com que são adotadas tais normas a partir de um estudo de caso em um Shopping Center localizado no município de Caruaru-PE.

O enfoque da presente pesquisa está limitado ao estudo da Resolução CFC N° 986/03, no que tange à execução dos trabalhos de auditoria interna, tomando como base investigatória os auditores internos de um shopping Center da cidade de Caruaru-PE.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AUDITORIA

Lisboa (2009) afirma que a auditoria interna começou a vigorar em 1941, em New York, após a fundação do Institute of Internal Auditors; mas, até se chegar a este ponto, passou por fases bem mais modestas. No início os “auditores internos” que eram chamados de check-clerks (auxiliares de verificação), tinham a responsabilidade de, quase que exclusiva a conferência e verificação da documentação e consequentemente contabilização relativa às transações desempenhadas por uma organização. Em seguida, nas grandes empresas de transporte ferroviário, foi também criado um corpo de fiscais nomeados Travelling Auditors (Auditores Viajantes), profissionais que visitavam continuamente as estações, para garantir que todas as passagens e os fretes cobrados pelas cargas estavam sendo cobrados e contabilizados adequadamente (LISBOA, 2009).

Segundo Oliveira et al. (2008, p. 82), o surgimento do auditor interno nas empresas foi decorrência de vários fatores, tais como:

  • crescente tamanho das organizações;
  • diversificação e complexidade das atividades empresariais;
  • necessidade de delegar funções e atribuições;
  • incompetência e/ou desonestidade de alguns dos integrantes do quadro de funcionários.

Desta maneira, seu campo de ação funcional, foi se estendendo para abranger todas as áreas da empresa, com o nascimento de vários outros órgãos, regimes, normas e leis, a auditoria foi se fundindo, gradativamente, junto ao desenvolvimento econômico mundial, alcançando seu nível de status atual, passando a desempenhar funções de assessoria com subordinação direta à alta administração.

2.2 CONCEITUAÇÃO E OBJETIVOS DA AUDITORIA INTERNA

De acordo com a Resolução CFC n° 986/03:

A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

É política de atuação da auditoria interna da organização agir preventivamente, buscando assessorar os mais diversos departamentos da entidade, evitando assim a ocorrência de eventuais falhas, antes que elas causem efeitos prejudiciais ao patrimônio e, consequentemente, ao atingimento de seus objetivos.

   Segundo Lisboa (2009), o objetivo geral da auditoria interna é avaliar e prestar ajuda a alta Administração da organização, a fim de se desenvolver de forma adequada suas atribuições, com uma maior ênfase às análises, recomendações e comentários objetivos, acerca das atividades examinadas.

Desta forma, pode-se defini-la como um trabalho de assessoramento à Administração, voltada para a avaliação e a adaptação dos sistemas de controle, em relação às atribuições e aos planos, metas, objetivos e políticas definidas pela organização.

2.3 TREINAMENTO DO AUDITOR INTERNO

Para Lisboa (2009), em decorrência das modernizações e mutações dos processos gerados pela globalização, o treinamento tornou-se uma ferramenta essencial em qualquer atividade. Para os Auditores Internos trata-se de uma necessidade primordial dada, na maioria das vezes, em razão de sua própria formação escolar ineficiente e pela infinita gama de conhecimento que a ele se torna obrigatório se acumular ao longo de sua carreira.

O auditor interno, dependendo obviamente de sua escala hierárquica, deve se aprofundar em determinados itens de especialização. Algumas das normas usuais apontam que o auditor deverá preencher os seguintes requisitos:

  • Capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas na execução das auditorias internas;
  • Capacidade na área de princípios e técnicas contábeis quando trabalharem com registros e relatórios financeiros;
  • Conhecimento dos princípios de administração, para reconhecer e avaliar a relevância e a significação dos eventuais desvios em relação às boas práticas empresariais;
  • Conhecimento dos fundamentos de contabilidade, economia, direito comercial, impostos, finanças, métodos quantitativos e sistemas de processamento eletrônico de dados (ATTIE, 2007, p. 105).

2.5 CONTROLE INTERNO

2.5.1 Conceito e Relevância de Controle Interno

Os controles internos adotados atualmente nas organizações são de interesse tanto de auditores independentes como de auditores internos. Particularmente, cada um realiza seus serviços característicos, mas tomam por base os controles internos existentes na organização para se dar qualquer partida.

Para Almeida (2003, p. 63), o controle interno "representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa".

D’Ávila e Oliveira (2002, p.15) classificam controle interno como:

[...] um processo executado pelo conselho de administração, gerência e outras pessoas de uma organização, desenhado para fornecer segurança razoável sobre o alcance de objetivo nas seguintes categorias: Eficácia e eficiência operacional; Mensuração de desempenho e divulgação financeira; Proteção de ativos; e Cumprimento de leis e regulamentações.

O American Instiutute of Certified Public Accountants - AICPA (apud ATTIE, 2007, p. 182) define:

O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotadas pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração.

Desta forma, entende-se por controle interno, os processos adotados pela gestão de uma entidade com o intuito de salvaguardar os seus ativos e promover a eficiência operacional.

Attie (2007) ressalta que a importância do controle interno fica evidente quando não é possível imaginar uma empresa que não possua controles capazes de garantir a continuação do fluxo de operações e informações determinado.

2.5.2 Características

Um determinado sistema de controle interno em pleno desenvolvimento pode abranger vários outros controles, como o controle orçamentário, custo-padrão, análises estatísticas, programa de treinamento pessoal e, até mesmo, auditoria interna. No entanto, faz-se necessário respeitar todos os princípios essenciais a função desde o acompanhamento técnico das atividades, até a elaboração de seus laudos.

Attie (2007, p. 187) define as características de um eficiente sistema de controle interno como:

  • Plano de organização que proporcione segregação de funções apropriada das responsabilidades funcionais;
  • Sistema de autorização e procedimentos de escrituração adequados, que proporcionem controle eficiente sobre o ativo, passivo, receitas custos e despesas;
  • Observação de práticas salutares no cumprimento dos deveres e funções de cada um dos departamentos da organização; e
  • Pessoal com adequada qualificação técnica e profissional para a execução s=de suas atribuições.

2.6 RELAÇÃO DE AUDITORIA COM CONTROLE INTERNO

Segundo Attie (2007), o Instituto de Auditores Internos de New York define a auditoria interna como sendo um trabalho de avaliação isolado, dentro da própria organização, que tem como foco de atuação a revisão da contabilidade, finanças e outras operações, sempre com o intuito de servir a administração, que na verdade trata-se de um controle administrativo, que mede e analisa a eficiência dos outros controles. Tem sua ótica mais voltada ao que ele representa na organização sempre preservando os conceitos no que diz respeito à objetividade e independência.

Rôllo (2007, p.2) diz que:

Vários são os entendimentos de a auditoria fazer parte integrante do controle interno ou não. Alguns pesquisadores acham que a auditoria atua sobre o controle interno no sentido de verificar se os controles são ou não eficientes; portanto, tendem a aceitá-la fora do controle interno. Entretanto, outra corrente a aceita como um mecanismo de informações para o controle e avaliação de desempenho e do sistema de controle interno mantido pela organização. Na realidade o fato dela atuar sobre o controle interno não significa que não possa integrá-lo. A integração é com a função de prevenir danos e prejuízos para o patrimônio e assegurar que os controles funcionem a contento, com eficiência, possibilitando que o gestor tome decisões com o respaldo de informações úteis e confiáveis.

Face ao exposto, é possível concluir que, mesmo havendo correntes com idéias diferentes quanto a auditoria ser ou não parte integrante do controle interno, o que importa é que a auditoria interna é preza pela qualidade do controle interno das organizações buscando mantê-lo sempre eficiente.

3 PROCEDER METODOLÓGICO

A metodologia desta pesquisa tem como base o método indutivo, sendo realizada através de um estudo de caso com a aplicação de um questionário com 4 auditores da equipe de auditoria interna de um Shopping Center em Caruaru-PE.

Quanto aos objetivos classifica-se como uma pesquisa descritiva, que Andrade (2002) destaca como sendo uma pesquisa que se preocupa com a observação, registro, análise, classificação e interpretação dos fatos, sem que exista a possibilidade de que o pesquisador infira neles.

Com relação aos procedimentos, foi realizado um estudo de caso e também uma pesquisa bibliográfica, baseada na literatura relacionada ao tema. Fachin (2001) trata do estudo de caso como um estudo intensivo, que é levado em consideração, especialmente, a compreensão, do assunto investigado como um todo. A pesquisa norteou-se a partir da resolução CFC n° 986/03, com a finalidade de realizar uma abordagem entre a teoria e a prática.

No que tange à abordagem do problema, caracteriza-se como um estudo qualitativo que, para Alves (1991), serve como base fundamental para todo pesquisador que procura aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que estuda, interpretando-os segundo a perspectiva dos entrevistados da situação focada.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este tópico evidencia a análise dos resultados obtidos através de uma pesquisa realizada junto a equipe de auditores internos de um Shopping Center do município de Caruaru–PE, com o intuito de identificar e investigar a aplicabilidade das normas estabelecidas pela Resolução CFC N° 986/03. Os resultados serão apresentados a seguir.

4.1 PERFIL DO AUDITOR

4.1.1 Gênero

 

Tabela 1 - Gênero

 

%

Masculino

Feminino

75

25

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

A Tabela 1 demonstra a predominância do sexo masculino entre os entrevistados, com 75% eles representam a grande maioria, ficando então a participação do sexo feminimo restrita a 25% do total.

4.1.2 Idade

 

Tabela 2 - Idade

 

%

Até 30 anos

De 31 a 35 anos

De 36 a 40 anos

De 41 a 45anos

Mais de 45 anos

75

0

25

0

0

Total

100

     

 Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

Em relação à faixa etária dos auditores internos demonstrada na Tabela 2, observa- se que 75% dos entrevistados têm até 30 anos de idade e 25% entre 36 e 40 anos. O que revela uma amostra formada em sua maioria por um grupo jovem.

4.1.3 Tempo de Experiência

Tabela 3 – Tempo de Experiência

 

%

Até 5 anos

De 6 a 10 anos

De 11 a 15 anos

Mais de 15 anos

100

0

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

Foi questionado o tempo de experiência dos participantes e, analisando a Tabela 3, é possível constatar que 100% dos entrevistados tem até 5 anos de experiência na área.

4.2 DADOS DA PESQUISA

4.2.1 Elaboração do Planejamento de Auditoria

Quando da elaboração do Planejamento de Auditoria é necessário considerar alguns pontos relevantes. Portanto, baseado nos pontos elencados pela resolução CFC n° 986/03, a pesquisa solicitava que os auditores respondessem com que freqüência os mesmos consideravam tais pontos ao planejar o trabalho de auditoria interna. Os resultados estão apresentados a seguir.

 

Tabela 4 – Política dos Instrumentos de Gestão

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

50

25

25

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

Conforme Tabela 4, 50% dos entrevistados sempre buscam conhecer de forma detalhada a política e os instrumentos de gestão de riscos da entidade para então planejar, enquanto 25% conhecem parcialmente e outros 25% raramente o consideram.

Tabela 5 – Atividades Operacionais

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

100

0

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

A Tabela 5 demonstra que 100% dos auditores pesquisados procuram conhecer detalhadamente as atividades operacionais, os sistemas contábeis e de controle interno e seu grau de confiabilidade com o intuito de planejarem o trabalho de auditoria.

 

Tabela 6 – Natureza, Oportunidade e Extensão dos Procedimentos

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

100

0

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

Os entrevistados foram questionados se ao planejar o trabalho de auditoria interna se preocupavam em conhecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem aplicados, de forma a alinhá-los com a política de gestão de riscos da entidade. Assim, 100% dos auditores internos participantes responderam que sempre consideram tais fatores.

Tabela 7 – Existência de Entidades Associadas

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

0

0

25

75

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 Ainda sobre planejamento, foi perguntado aos participantes se os mesmos tomavam conhecimento com relação à existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas no âmbito dos trabalhos da auditoria interna, antes de planejar o seu trabalho e verificou-se um dado preocupante, pois 25% responderam que consideram tal fator raramente e 75% responderam que nunca o consideram (Tabela 7).

 

Tabela 8 – Trabalho de Especialistas

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

0

50

50

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

No desenvolvimento do trabalho de auditoria interna às vezes faz-se necessário o uso do trabalho de especialistas, contudo, é importante que os auditores considerem este ponto na elaboração do planejamento do trabalho. A pesquisa buscou saber dos entrevistados se eles consideravam esse fator e através da Tabela 8 é possível observar que 50% dos auditores afirmaram que quase sempre e outros 50% disseram que raramente.

 

Tabela 9 – Providências Quanto a trabalhos anteriores

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

100

0

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

Tabela 10 – Riscos de Auditoria

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

100

0

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

Com referência as Tabelas 9 e 10 constata-se que os auditores não só consideram extremamente relevante o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados, mais também os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das transações e operações.

 

Tabela 11 – Orientações e Expectativas da Administração

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

75

25

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

Conforme demonstrado na Tabela 11, 75% dos auditores internos pesquisados afirmaram que sempre consideram as orientações e as expectativas externadas pela administração no planejamento do trabalho e os outros 25% alegaram que quase sempre.

 

Tabela 12 – Missão e Objetivos Estratégicos da Entidade

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

0

50

50

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

A Tabela 12 evidencia que 50% dos entrevistados quase sempre levam em consideração a missão e objetivos estratégicos da entidade na confecção do planejamento dos trabalhos de auditoria e 50% raramente o fazem.

4.2.2 Planejamento e Programas de Trabalho

 

Tabela 13 – Planejamento e Programas de Trabalho

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

0

75

25

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

A Tabela 13 demonstra que 75% dos participantes da pesquisa asseveram que quase sempre o planejamento e os programas de trabalho são formalmente estruturados de forma detalhada e 25% afirmaram raramente são. Tal constatação é alarmante, pois, o planejamento e programa de auditoria são ferramentas importantes para o trabalho do auditor e servem para guiar e controlar a execução do mesmo e sem serem documentados isso pode prejudicar a atividade do auditor.

4.2.3 Elaboração dos Programas de Trabalho

 

Tabela 14 – Elaboração dos Programas de Trabalho

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

100

0

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

Através dos resultados expostos na Tabela 14 é possível concluir que todos os auditores internos consultados afirmaram que os programas de trabalho são sempre elaborados de forma estruturada de modo a servir para guiar e controlar a execução do seu trabalho.

4.2.4 Revisão dos Programas de Trabalho

 

Tabela 15 – Revisão dos Programas de Trabalho

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

25

50

25

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

            Já com relação à revisão dos programas de trabalho, 50% disseram que quase sempre estes programas são atualizados e revisados quando necessários; 25% responderam que sempre ocorre tal fato e 25% que raramente o fazem.

4.2.5 Testes de Observância e Substantivos

 

Tabela 16 – Testes de Observância

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

100

0

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

Tabela 17 – Testes Substantivos

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

100

0

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

Como observado nas Tabelas 16 e 17, todos os auditores questionados concordaram que tanto os testes de observância quanto os testes substantivos servem como alicerce para a obtenção de subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade.

4.2.6 Extensão dos Testes de Auditoria

 

Tabela 18 – Extensão dos Testes de Auditoria

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

0

0

50

50

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados, podem ser empregadas técnicas de amostragem, porém, segundo 50% dos entrevistados raramente ou nunca utilizam esses tipos de técnicas, respectivamente (Tabela 18).4.2.7 Conhecimento em Tecnologia da Informação

 Tabela 19 – Conhecimento em Tecnologia da Informação

 

%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

100

0

0

0

Total

100

     

Fonte: Elaboração Própria, 2009.

 

De acordo com a Tabela 19, 100% dos entrevistados informaram que sempre existe um profissional com conhecimento suficiente sobre a tecnologia da informação e os sistemas de informação utilizados, de forma a implementar os próprios procedimentos ou, se for o caso, orientar, supervisionar e revisar os trabalhos de especialistas.

5 CONCLUSÃO

Pelo conteúdo até aqui expresso, fica clara e consistente a percepção da importância atividade da auditoria interna. Deve ser seguida toda uma metodologia, cujo foco seja a de agregar valor a organização, estabelecendo o aperfeiçoamento dos processos instituídos por esta.

A presente pesquisa objetivou evidenciar a percepção dos auditores internos, de um Shopping Center do município de Caruaru–PE quanto à aderência ao conteúdo da Resolução CFC Nº 986/03 no que diz respeito à execução do trabalho de auditoria interna.

A análise dos resultados possibilitou chegar às seguintes observações:

  • Ø De todos os 9 fatores julgados como relevantes na execução dos trabalhos dos auditores com ênfase ao planejamento, a grande maioria dos entrevistados (de 75 a 100%) concordaram em 5 sentenças, conforme as tabelas 5, 6, 9, 10 e 11;
  • Ø Por outro lado, identificam-se dois dados preocupantes que caracterizam uma deficiência no sistema de auditoria interna, onde 75% dos auditores não consideram o fator quanto à existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da auditoria interna e 50% destes entrevistados, raramente ou nunca utilizaram técnicas de amostragem seja estatística ou não;
  • Ø 75% quase sempre planejam e programam seus trabalhos de forma detalhada;
  • Ø 100% afirmaram que os programas de trabalho devem servir como guia para a execução do trabalho de auditoria interna;
  • Ø Todos afirmaram utilizar os testes substantivos e de observância.

Face ao exposto, conclui-se que a maioria dos auditores pesquisados faz uso da Resolução CFC Nº 986/03 para planejar e controlar suas ações, reconhecendo assim a sua relevância na execução do trabalho de auditoria interna.

REFERÊNCIAS

 ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

 ALVES, A. J. . O planejamento de pesquisas qualitativas em Educação. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 77, 1991. Disponível em: < www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR540368_8017.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2009.

 ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

 ATTIE, Willian. Auditoria interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução nº 986, de 21 de novembro de 2003. Aprova a NBC T 12 – Da Auditoria Interna. Disponível em: < http://www.cfc.org.br>. Acesso em: 07 dez. 2009.

 D’ÁVILA, Marcos Zähler; OLIVEIRA, Marcelo Aparecido Martins. Conceitos e Técnicas de Controles Internos de Organizações. São Paulo: Nobel, 2002.

 FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

 LISBOA, Ibraim. Manual de Auditoria Interna – Conceitos e práticas para implementar a auditoria interna. Curitiba: Maph, 2009. Disponível em: < http://www.maph.com.br/product_info.php?cPath=22&products_id=151>. Acesso em 11 dez. 2009.

 OLIVEIRA, Luís Martins de. et al. Curso Básico de Auditoria. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

 RÔLLO, Marilene Finatto. Os sistemas de controle interno na administração pública. Revista do CRCRS. Porto Alegre, n. 5, dez. 2007. Disponível em: < http://www.crcrs.org.br/revistaeletronica/artigos/05_marilene.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2009.

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