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TECNOLOGIA

Uso de Inteligência Artificial deve ser guiado por responsabilidade e ética, alerta especialista

Memorando de entendimento visa segurança e capacitação em Inteligência Artificial

06/06/2025 17:30

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Brasil e China firmam acordo de cooperação em IA

Uso de Inteligência Artificial deve ser guiado por responsabilidade e ética, alerta especialista

O Brasil assinou com a China um memorando de entendimento que reforça a cooperação bilateral na área de Inteligência Artificial (IA). A iniciativa abre espaço para o diálogo e ações conjuntas entre os dois países, com foco no enfrentamento dos riscos relacionados à segurança da IA e na capacitação de profissionais com conhecimentos técnicos especializados.

O acordo também prevê a colaboração no treinamento de grandes modelos de linguagem e sistemas multimodais, além de estimular intercâmbios técnicos e acadêmicos entre universidades, centros de pesquisa e empresas brasileiras e chinesas.

De acordo com Márcio Elías Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a cooperação segue as diretrizes do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial e conta com uma previsão de investimentos da ordem de R$ 23 bilhões.

A validade inicial do acordo é de três anos, com possibilidade de renovação automática. A expectativa é que a parceria contribua para acelerar a digitalização da indústria brasileira e impulsione a adoção de tecnologias avançadas em diversos setores.

Além da indústria, a aplicação da IA também deve provocar impactos relevantes na formulação e implementação de políticas públicas.

Fabiano Carvalho, especialista em transformação digital e CEO da Ikhon, explica os principais critérios que devem orientar o uso responsável da inteligência artificial e de dados na gestão pública.

Com o avanço do uso de IA em serviços públicos, quais critérios devem nortear a adoção dessas tecnologias para garantir que decisões automatizadas não aprofundem desigualdades ou reproduzam vieses?

A adoção de inteligência artificial (IA) no setor público proporciona benefícios que ajudam as organizações a trabalhar com mais qualidade e eficiência. Mas, é importante que o desenvolvimento desses softwares seja guiado por princípios éticos e legais que assegurem a equidade, a transparência e a responsabilidade, de forma que a adoção dessa tecnologia não adote padrões que sejam prejudiciais aos cidadãos.

Os sistemas de IA precisam seguir parâmetros que permitam às pessoas entender como as decisões são tomadas, garantir um cuidado reforçado com a privacidade de dados e serem supervisionados de forma contínua, a fim de se implementar melhorias e impedir que a IA adote vieses que possam aprofundar desigualdades.

Em projetos que envolvem a coleta e o uso de dados de cidadãos, que boas práticas de transparência e prestação de contas devem ser exigidas — tanto das empresas quanto dos órgãos públicos?

Tanto as organizações públicas como as privadas precisam criar políticas de privacidade que deixem claro informações como quais dados serão coletados e de qual forma eles serão usados, além de exigir que os usuários realizem ações que identifiquem e aceitem consentir com a captura e o tratamento.

Além disso, são necessárias ações contínuas para garantir que a empresa adote as melhores práticas: desde auditorias e treinamentos até relatórios de impacto para divulgar as medidas adotadas para fortalecer as práticas internas de proteção de dados.

A Lei Geral de Proteção de Dados trouxe diretrizes importantes, mas muitas instituições públicas ainda enfrentam dificuldades para adequação. O que falta para tornar a proteção de dados uma prática concreta no dia a dia da administração pública?

A implementação de diretrizes esbarra em problemas como a falta de capacitação dos servidores e a dificuldade em obter orçamento tanto para cursos quanto para a implementação de procedimentos de proteção de dados que podem ser adotados por órgãos públicos.

Para superar esses obstáculos, é crucial o investimento em modernização tecnológica, capacitação de pessoal e estabelecer políticas claras de proteção de dados, promovendo uma cultura organizacional voltada para a privacidade e a segurança da informação.

Fonte: IT Comunicação Integrada

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