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MERCADO DE TRABALHO

Um em cada quatro profissionais no Brasil diz que sua empresa não o prepara bem para usar IA, aponta pesquisa da Michael Page.

Pesquisa mostra descompasso entre a evolução da tecnologia e a capacitação dos funcionários.

11/06/2025 20:30

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Profissionais brasileiros mostram baixo preparo para usar IA no trabalho

Um em cada quatro profissionais no Brasil diz que sua empresa não o prepara bem para usar IA, aponta pesquisa da Michael Page.

A chegada de tecnologias transformadoras como a inteligência artificial tem desafiado empresas a repensarem seus modelos de capacitação e gestão. Embora a adoção da IA avance, ainda há um descompasso entre a velocidade dessa evolução e a preparação dos profissionais para lidar com ela de forma estratégica. Além disso, surgem novas camadas de complexidade: a pressão por garantir o uso ético dessas ferramentas, o cumprimento das regulamentações em constante evolução e a necessidade de proteger dados sensíveis. É o que revela o estudo global Talent Trends 2025, da Michael Page, uma das maiores consultorias de recrutamento executivo do mundo.

De acordo com o levantamento, um em cada quatro profissionais brasileiros (25%) afirma que sua empresa não está promovendo o preparo necessário para o uso adequado de ferramentas de IA. Esse número é ainda mais expressivo na América Latina (34%) e no mundo (32%). Outros 35% se sentem pouco preparados. Já os que se consideram preparados somam 27%, enquanto apenas 8% afirmam estar extremamente preparados. 5% não souberam responder.

"A inteligência artificial há muito tempo já se tornou parte do cotidiano de muitos profissionais. E o mais interessante desta evolução é que eles não estão usando a IA apenas para automatizar tarefas repetitivas, mas seguem explorando seu potencial para liberar criatividade, solucionar desafios complexos e acelerar a tomada de decisão. As empresas que abraçaram essa transformação já colhem frutos em eficiência e vantagem competitiva.

Em um mercado onde a fluência em IA se torna uma nova linguagem de sucesso, atrair e reter talentos preparados para esse cenário exige mais do que oferecer tecnologia de ponta. É preciso deixar claro o que guia essa jornada: quais são as políticas, limites e valores que moldam o uso da IA dentro da organização. É o que diferencia quem lidera essa mudança de quem apenas a observa acontecer.

Não basta usar IA. É preciso saber por que, como e com que responsabilidade se está usando. As organizações que conseguirem comunicar isso com clareza sairão na frente, antes mesmo que a próxima onda de transformação comece”, explica Lucas Oggiam, diretor-executivo da Michael Page.

Os profissionais brasileiros também afirmaram que utilizam inteligência artificial no trabalho. Segundo o levantamento, 53% dos respondentes utilizam a tecnologia em suas funções, índice superior ao verificado na pesquisa do ano passado, quando o percentual foi de 37%. O dado deste ano também supera a média do uso na América Latina (46%) e no mundo (45%).

Os dados fazem parte do Talent Trends 2025, um dos levantamentos mais abrangentes sobre o mercado de trabalho global, conduzido entre novembro e dezembro de 2024, em 36 países. A pesquisa ouviu aproximadamente 50 mil profissionais que atuam em empresas de diversos portes e segmentos. O objetivo do estudo é entender os pontos de convergência e divergência entre o que os profissionais esperam (como salários competitivos, flexibilidade e propósito) e o que as empresas buscam em um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico.

A pesquisa também procurou saber se ferramentas de IA generativas traziam algum ganho aos funcionários. Do total de respondentes, 80% afirmam que as ferramentas de GenAI ajudaram a melhorar a qualidade no trabalho. O índice é superior ao verificado tanto na América Latina (71%) como no mundo (73%).

“Quando as empresas oferecem diretrizes claras sobre como utilizar a GenAI — seja para geração de conteúdo, análise de dados ou suporte à tomada de decisão — os profissionais respondem com mais confiança e produtividade. O papel da liderança, nesse contexto, é construir essa ponte entre inovação e cultura organizacional”, conclui Oggiam, da Michael Page.

Fonte: Conteúdo Comunicação

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