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Linguagem Neutra

Confira como a Linguagem Neutra tem impactado as Organizações brasileiras

Você provavelmente já ouviu falar sobre linguagem neutra ou não binária, e possivelmente se deparou com diversas pessoas cheias de opiniões, sejam a favor ou contra. Mas afinal, o que é linguagem neutra?

18/01/2022 17:30:01

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Confira como a Linguagem Neutra tem impactado as Organizações brasileiras

Confira como a Linguagem Neutra tem impactado as Organizações brasileiras Pexels

Você provavelmente já ouviu falar sobre linguagem neutra ou não binária, e possivelmente se deparou com diversas pessoas cheias de opiniões, sejam a favor ou contra. Mas afinal, o que é linguagem neutra? E por quais motivos incomoda tanto os movimentos conservadores?

Linguagem neutra ou não binária é a forma de incluir socialmente pessoas que não se identificam com marcador binário masculino e feminino.

A discussão acerca da linguagem neutra é quase sempre calorosa e repleta de “opiniões”. Conservadores defensores do padrão binário insistem que não há necessidade de incluir um marcador neutro em nosso idioma.

Mas deixo aqui uma reflexão para você caro leitor, leitora e leitore:

- Essas “opiniões” são elaboradas com base na realidade de tod@s, ou na visão de mundo particular da bolha conservadora? É possível alcançarmos justiça social pensando somente em nossos interesses, sem refletir como nossas ações e decisões afetam aqueles que nos cercam?

O segredo aqui é simples, e uma palavra resume: EMPATIA!

Ter empatia é desenvolver a capacidade psicológica para sentir aproximadamente o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.

Não sabe como se referir a uma pessoa não binária? Não se preocupe, tenho uma sugestão que não falha, simplesmente pergunte: “Como posso me referir a você?”

Assim você além de estar se referindo respeitosamente a uma pessoa não binária, exercerá empatia, pode parecer complexo, mas garanto, praticando você pega o jeito.

A dificuldade de nos adaptarmos a esses novos marcadores é compreensível, uma vez que fomos educados por todo um sistema binário:

- Azul é para meninos;

- Rosa é para meninas;

- Mulheres precisam ser boas esposas;

- Homens precisam ser os mantenedores das famílias.

- Etc.

Quantos chás de bebê você já viu para descobrir se será menino ou menina?

E é nesse ponto que ocorre a confusão entre: sexo, gênero e identidade gênero, então vamos a explicação simplificada:

Sexo

O sexo diz respeito às características biológicas que diferenciam homens e mulheres. O sexo é usualmente determinado pelas genitálias.

Gênero

O gênero é uma construção social atribuída ao sexo.

Vejamos um exemplo que nos permita entender melhor essa distinção:

Muitas vezes escutamos frases como “cuidar da casa é coisa de mulher”. O que está por trás de frases desse tipo é justamente a questão de gênero: se o que caracteriza “ser mulher” são simplesmente características biológicas e anatômicas, não haveria razão para alguém atribuir uma atividade especificamente às mulheres. Afinal, qual genitália uma pessoa tem não faria diferença na hora de limpar a casa. Isso demonstra que há algum sentido a mais atribuído a “ser mulher”, algo que vá além do sexo biológico. Esse “algo além” é, justamente, o gênero.

Identidade de gênero

Como o próprio nome indica, identidade de gênero diz respeito ao gênero com o qual uma pessoa se identifica. É independente do sexo (ou seja, das características biológicas), está relacionada a identificação de uma pessoa com o gênero masculino ou feminino.

Algumas pessoas se identificam com um gênero diferente do que é imposto a elas em função de seu sexo biológico. Essa identificação é o que se chama de identidade de gênero.

Impacto nas Organizações

As organizações já perceberam esses movimentos, e já começaram a aderir a inclusão da linguagem neutra, afinal, pessoas não binárias também consomem, tomam serviços e existem.

É possível perceber essas mudanças em formulários, contratos, mídias sociais que organizações têm disponibilizado para o público em geral.

Por fim, o que deverá prevalecer é o respeito e a empatia. Se você não se identifica como não binário, é só não atender a esse marcador, ninguém está questionando a binaridade, apenas reivindicando que marcadores inclusivos passem a ser praticados.

E aí, já conversou com seus colaboradores sobre a adoção de práticas inclusivas? Lembre-se diversidade e inclusão é sobre somar acolhimento e multiplicar resultados.

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