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Política: votando ou militando, temos que participar

Não podemos fazer de conta que política é assunto somente dos políticos. Temos que fazer a nossa parte, no mínimo, votando conscientemente.

02/04/2012 08:08

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Política: votando ou militando, temos que participar

Quem gosta de política? O que mais ouvimos por aí são pessoas dizendo que não gostam de política e, principalmente, dos políticos; que todo político é igual; que política é sinônimo de corrupção, etc.

Muitas pessoas simplesmente lavam as mãos, se abstendo de votar, anulando o voto ou votando em qualquer “tiririca-da-vida”, só para ver o circo pegar fogo.

Mas o fato é que precisamos de pessoas dispostas a encarar essa árdua tarefa, que é tentar fazer política neste país. Pode não parecer, mas existem políticos honestos e competentes, e, assim como em qualquer outra profissão, existem os desonestos e incompetentes. A diferença é que por se tratar de cargo público, os políticos estão mais expostos ao julgamento da sociedade.

Também existem pessoas querendo trabalhar na política honestamente, mas muitas delas nem sequer cogitam a possibilidade de candidatar-se a cargos públicos com receio de ser apedrejadas em praça pública.

Você certamente já ouviu alguém dizer que na época da ditadura não existia tanta corrupção, mas se esquece de que naquela época não tínhamos a liberdade de imprensa que temos hoje. Ou seja, por conta da liberdade de expressão e das constantes denúncias de casos de desvio de dinheiro público, ficamos com a falsa impressão de que isso não existia antes. O que não é verdade.

É claro que com o crescimento do país e da sua estrutura administrava, proporcionalmente, houve um aumento do número de casos, como também nos valores envolvidos.

Por outro lado, nunca houve tantas punições quanto hoje. Você poderá dizer que, às vezes, as punições não são tão rigorosas quanto deveriam ser, mas o simples fato de haver uma apuração e a consequente condenação por qualquer ato ilícito já é uma vitória da democracia.

Não podemos esquecer que a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, também foi avanço significativo para a criação de uma cultura de uso responsável dos recursos públicos, dando um basta na falta de controle e transparência de administradores mal-intencionados.

A Lei Complementar 135/2010, conhecida como Ficha Limpa, originada de um projeto de lei de iniciativa popular que reuniu cerca de 1,3 milhões de assinaturas, tornando inelegível por oito anos um candidato que tiver o mandato cassado, renunciar para evitar a cassação ou for condenado por decisão de órgão colegiado de segunda instância, mostra a força da sociedade quando ela se organiza em busca do bem comum.

Para o bem ou para o mal, os políticos que aí estão, são o reflexo da nossa sociedade. É muito fácil e cômodo ficar só reclamando que ninguém faz nada para melhorar este país. Não precisamos nos filiar a partidos políticos para fazer a nossa parte. Procure se informar dos acontecimentos políticos em sua cidade ou região, pois é ali que nascem os políticos que poderão estar a frente do nosso país daqui a alguns anos.

Enfim, precisamos dos políticos, por isso, devemos votar conscientemente. E isso somente é possível, se nós encararmos a política com o olhar da cidadania.

 

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