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A importância dos Comitês Estratégicos para o planejamento Organizacional

13/01/2006 00:00

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A importância dos Comitês Estratégicos para o planejamento Organizacional

Existem impedimentos estruturais para que o desenvolvimento de uma estratégia organizacional efetiva, a começar por um relacionamento disfuncional entre a direção e gerência pode resultar em desvantagens. Observamos que muitas vezes os membros do conselho apontam como culpados os Chief Executive Offices que:

  • Estabelecem uma agenda sobrecarregada para discussões estratégicas, prejudicando o envolvimento dos diretores nos assuntos críticos;

  • O envolvimento excessivo com uma estratégia excluindo se outras possibilidades, não dando abertura a opinião dos diretores, que por conseqüência, que acabam descomprometidos com o caminho escolhido;

  • Com receio dos erros do passado decidem por uma estratégia pouco arriscada resultando na estagnação da corporação.

Por outro lado, diretores contribuem para o insucesso, quando hesitam em desenvolver uma estratégia desafiadora e agressiva. Muitas vezes, por não estarem suficientemente preparados para tal, pois temem estarem sozinhos ou serem substituídos.
Então qual a formula para o sucesso?
A solução está na existência de relacionamentos efetivos entre a direção e gerência, ou seja, quando a relação possui clara distinção entre as funções da diretoria e gerência, a primeira provendo idéias estratégicas, porém evitando estar no processo decisivo. Validando ou não o que é formulado pela gerencia sempre dentro dos fundamentos da boa governança corporativa, e não criando eles mesmos a estratégia.
Um comitê estratégico seria grande parte da resposta. Esses comitês devem exercer funções no desenvolvimento de uma estratégia corporativa, devendo ser considerado:

  • A revisão de todo o processo de desenvolvimento da estratégia para assegurar que ela é suficientemente robusta para considerá-la no ranking de opções podendo avaliá-la apropriadamente;

  • O exame de planos e processos de implementação da estratégia;

  • O monitoramento da estratégia através de indicadores acordados e provendo orientação tática e operacional;

Esses conselhos devem possuir conhecimento, julgamento, habilidade analítica do processo de planejamento estratégico focando em questões críticas como as emergentes preferências do consumidor, riscos e oportunidades tecnológicas, qualidade, necessidades da cadeia de suprimentos, comércio eletrônico e outros canais, novos produtos e oportunidades de mercado. Para isso devem reunir-se periodicamente com foco na estratégia considerando os princípios éticos.
Para poder avaliar e revisar as estratégias, os comitês estratégicos necessitam de grande quantidade de informações. Devem criticar e analisar as informações que dão suporte à estratégia. Devem estar precavidos principalmente para estratégias ditas como "sem riscos".
Apesar do esforço dos executivos em fornecer ao comitê todas as informações relevantes, diretores experientes devem considerar o que não está ali, qualquer informação que ajude a eles a avaliarem adequadamente a estratégia. Se eles não conseguem informações ao tempo que desejam este é um sinal preocupante. A corporação deve atentar para a necessidade de mudanças estratégicas.
Essas mudanças podem ser:

  • Incremental - ocorre geralmente ao longo do alinhamento operacional, reduzindo custos alinhando processos focando no mercado e no produto.

  • Substancial - envolve reposicionamento, ou novos mercados/produtos, olhando para fatores competitivos, melhores práticas na mesma ou na concorrência, e olhando para os pontos fortes e fracos da empresa.

  • Transformacional - é aquela que modifica a indústria, que vai além do que é praticado mudando as condições competitivas da indústria, criando novas oportunidades de mercado, muitas vezes desenvolvendo um negócio completamente inovador.

Um comitê estratégico deve buscar quais são as principais variáveis que modelam o cenário, incluindo a globalização, comércio eletrônico, tecnologias e inovações além de buscar novas regras do jogo competitivo, onde vantagem competitiva tem vida curta.

Douglas B Rodrigues
MBA - Contador, Administrador de Empresas, Coordenador do MBA em Auditoria e Controladoria - Universidade Castelo Branco, Professor Palestrante da UGF - Universidade Gama Filho e IBMEC - Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais e Especialista em Gestão de Riscos Corporativos e Auditoria de Processos.

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