A Inteligência Artificial (IA) Generativa está redefinindo os fundamentos do desenvolvimento de software e impulsionando uma nova era de produtividade. É o que revela o estudo “AI-Driven Development: the new era of code”, da Softtek, empresa global de soluções digitais e TI. Segundo o levantamento, a adoção de IA Generativa pode gerar ganhos de até 60% em produtividade e contribuir com um valor entre US$ 2,6 trilhões e US$ 4,4 trilhões por ano para a economia global — grande parte desse impacto é proveniente da engenharia de software.
A pesquisa indica que essa revolução tecnológica marca uma transição de um modelo de desenvolvimento centrado na execução humana para uma abordagem de Engenharia Aumentada (Augmented Engineering), na qual o conhecimento do desenvolvedor é potencializado pelas capacidades analíticas e preditivas da IA.
O novo paradigma do desenvolvimento
A IA Generativa está transformando o papel do desenvolvedor e as práticas de gestão de projetos. Ferramentas inteligentes já são capazes de gerar código de forma autônoma, sugerir blocos inteiros de programação e desenhar casos de teste com intervenção mínima. Longe de substituir o profissional, a tecnologia o libera de tarefas repetitivas e de baixo valor, permitindo foco em desafios mais estratégicos, como design de algoritmos e otimização de desempenho.
Nos projetos que contaram com Provas de Conceito (PoC) baseadas em IA, a Softtek observou redução de até 40% nos custos e aceleração entre 40% e 60% na tomada de decisões técnicas. Ao automatizar processos, a IA reduz significativamente o tempo de lançamento de novas funcionalidades, garantindo vantagem competitiva às organizações.
A área de testes, historicamente um gargalo no ciclo de desenvolvimento, também vem sendo transformada. Sistemas de IA já conseguem gerar e executar casos de teste adaptativos, identificando anomalias com mais precisão e velocidade. Essa automação amplia a qualidade do software em todas as fases do processo.
De acordo com o estudo, até 2028, 75% dos desenvolvedores corporativos utilizarão assistentes de codificação baseados em IA, ante menos de 10% em 2023 — um salto que evidencia a velocidade dessa transformação.
Riscos e responsabilidades na adoção da IA
O levantamento também alerta que resistir à mudança pode custar caro. Empresas que mantêm modelos tradicionais tendem a acumular dívida técnica, perder eficiência, talentos e relevância de mercado.
Por outro lado, a adoção sem governança adequada traz riscos significativos. A confiança excessiva nas ferramentas pode gerar vulnerabilidades operacionais e comprometer o desenvolvimento de competências entre profissionais mais jovens. Além disso, como os sistemas de IA aprendem com dados históricos, há o risco de reprodução de vieses e de “alucinações” — quando o sistema gera informações incorretas, mas aparentemente plausíveis.
Diante disso, o estudo reforça a necessidade de uma governança responsável, capaz de garantir transparência, evitar distorções e manter o controle humano sobre os processos automatizados.
O futuro da engenharia de software
Para a Softtek, o sucesso na nova era digital depende da construção de uma arquitetura tecnológica e organizacional que favoreça a colaboração entre humanos e máquinas.
“O verdadeiro potencial da engenharia aumentada está em uma abordagem abrangente, onde a inteligência artificial atua como co-colaboradora cognitiva em todas as etapas do ciclo de vida do software. As organizações que não agirem agora pagarão um preço em produtividade, relevância, talento e eficiência que será cada vez mais difícil de justificar aos seus stakeholders”, afirma Adriano Candido, Vice-Presidente de Negócios em segmentos estratégicos da Softtek.
Fonte: Vianews












