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Holding Familiar e Proteção Patrimonial

Como fazer um planejamento para perpetuar o patrimônio familiar

23/04/2012 08:13

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Holding Familiar e Proteção Patrimonial

A cena é mais comum do que parece: somente após o falecimento do patriarca da família é que os herdeiros se dão conta do tamanho do problema que têm pela frente. Muitas vezes, sem dinheiro para fazer o inventário (processo pelo qual o patrimônio do falecido é passado aos herdeiros), os herdeiros são obrigados a se desfazer de bens ou até mesmo contrair dívidas que somente poderão ser quitadas no final do processo, que, em muitos casos, pode se estender por décadas.

São vários os motivos que levam as pessoas a relegar e discutir esse assunto com a família antecipadamente, além do tabu, pois a simples iniciação de uma conversa pode transparecer que algum filho está pensando na morte do pai. Mas acredito que o principal motivo é a falta de conhecimento sobre o assunto.

Muitas pessoas não acreditam que o patrimônio (imóveis, ações e participações, e os imobilizados da família) estará mais seguro em nome de uma empresa e relutam em tomar esse tipo de decisão.

Outras pessoas acham que o valor a ser gasto para abrir e manter uma Holding é muito alto, o que não é verdade, pois com o devido planejamento, pode-se reduzir bastante o custo final, se comparado a um processo de inventário, como também garantir uma transição bem mais tranquila entre os herdeiros.

Resumindo, tem gente que não quer se “incomodar” com o assunto e pensa mais ou menos assim: “eu construí o patrimônio e os herdeiros que se virem para fazer a transferência quando eu morrer”. Por conta desse tipo de pensamento, muitas famílias acabam perdendo boa parte do patrimônio, fazendo simplesmente o processo de partilha, quando, se houvesse um planejamento adequado, poderiam garantir a sua permanência sob o controle familiar por muito mais tempo.

Segundo definição encontrada no excelente livro: De Herdeiro para Herdeiro, editora Gente, de Cássio Beldi, Henrique Nigro, Paulo Kinoshita e Pedro Zanni. “A Holding pode ser definida como uma organização que controla uma ou mais sociedades. É composta por diversos proprietários, e pode reunir inúmeros herdeiros do fundador, com distintas participações societárias”. “São funções da Holding, ainda, o estabelecimento de regras para casos como falecimento de um sócio; previsão de divisão de poderes e determinadas funções dos grupos familiares, dentre outras”.

Portanto, o papel da Holding familiar não é apenas garantir a preservação dos bens, mas, principalmente, a gestão dos investimentos da família, e aí entram também a participação em outras sociedades, assunto (sucessão empresarial) que abordarei mais detalhadamente em outro artigo.

Por ora, gostaria de simplesmente trazer esse assunto à reflexão daqueles que ainda não pensaram em como garantir a perpetuação e transição tranquila do patrimônio familiar, que foi conquistado com muito trabalho e dedicação.

E pode ter certeza, é mais simples do que você pensa; o custo, infinitamente menor, e os benefícios para a família são incalculáveis. Consulte um contador de sua confiança e faça uma análise da sua situação.

Autor: Isaac Rincaweski

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