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GESTÃO FINANCEIRA

Interpretação dos gastos: o primeiro passo para a gestão financeira

Um gestor financeiro não precisar ser bom em cálculos, pois o mais importante é interpretar as informações.

16/11/2022 18:00

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Interpretação dos gastos: o primeiro passo para a gestão financeira

Interpretação dos gastos: o primeiro passo para a gestão financeira Foto: Mikhail Nilov/Pexels

Para que uma empresa tenha uma gestão financeira eficiente, mais importante do que os números, é o que eles representam. Analisar, por exemplo, que as vendas aumentaram em 10% em determinado período, não demonstra o efetivo impacto na lucratividade da empresa. Há casos em que a margem de lucro é afetada negativamente, pois mais custos e despesas foram necessários para proporcionar aumento no faturamento.

O ponto principal para extrair informações confiáveis a partir dos números da empresa, é separar e interpretar corretamente os tipos de gastos do período em análise. Toda empresa possui três grupos de gastos: Investimentos, Custos e Despesas. Tratar tais gastos como sinônimos ou desconsiderá-los, levará o empresário a tomar decisões equivocadas.

Os investimentos são gastos cuja expectativa é de gerar benefícios futuros para a empresa, pois, geralmente, têm vida útil longa. São exemplos de investimentos, a compra de máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, utilizados nas atividades operacionais. A compra de uma máquina, por exemplo, não deve ser informada na demonstração de resultado do período em que foi adquirida, justamente pelo fato dos benefícios que a máquina proporcionará para empresa se estenderão para além do período em que foi adquirida.

Os custos são gastos necessários para deixar um produto ou serviço em condições de venda. Diante disso, tudo o que for necessário para que a empresa tenha o produto em estoque para ser vendido, ou para que um serviço possa ser prestado, deve ser classificado como custo. Importante ressaltar que a máquina adquirida e classificada como investimento, conforme citado anteriormente, sofre desgaste, à medida em que é utilizada. Esse desgaste, chamado depreciação, deve ser classificado como custo do período. Além disso, é preciso ter cautela com a expressão “cortar custos”, pois, corte de custos pode reduzir também a capacidade de produção e vendas da empresa.

Já as despesas são espécies de gastos oriundos das vendas, como impostos, taxas de entregas e comissões, além de gastos para as atividades administrativas da empresa, como energia elétrica, internet e aluguel.

Outro ponto a destacar para que as informações sejam interpretadas corretamente, é o período em que os gastos devem ser considerados nas demonstrações financeiras. Não é o pagamento que determina o momento em que um gasto ocorre, ou seja, o desembolso financeiro, não é fator determinante para o impacto no resultado da empresa. Um exemplo dessa situação, é o 13º salário dos empregados, que embora geralmente seja pago em novembro e dezembro, deve ser computado como gasto, na demonstração de resultados, em todos os meses do ano.

Um gestor financeiro não precisar ser bom em cálculos, pois o mais importante é interpretar as informações. Para isso, contar sempre com a ajuda de um contador tonará o processo mais fácil e seguro.

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