O uso da Inteligência Artificial (IA), em inglês Artificial Intelligence (AI), é uma realidade nas mais diversas aplicações do conhecimento.
Como quase nenhuma área de conhecimento humano dispensa o uso de tecnologia da informação, a inteligência artificial está empregada mesmo quando seus usuários não percebem.
Muitos profissionais utilizam informações baseadas em processamento de algoritmos complexos e a cada momento mais semelhantes aos diálogos humanos.
Por exemplo, a maioria dos sistemas de localização Global Positioning System (GPS), Sistema de Posicionamento Global, utilizam inteligência artificial para orientar os motoristas. Os sistemas de recomendações de investimentos financeiros também. E uma série de outras aplicações úteis aos humanos.
Um dos serviços de IA mais conhecido na atualidade e disponível para testes gratuitos é o Chat GPT. A sócia majoritária é a empresa anglo-estadunidense-indiana, a Microsoft. Esta informação foi obtida com acesso à própria plataforma:
Print da tela de conversação com a ChatGPT em 06/02/2023 em conta não paga e browser Safari.
Para efeitos de testes e uso exclusivamente acadêmico, realizei uma pequena simulação. Usei perguntas simples do âmbito tributário que deveriam gerar respostas complexas.
A ChatGPT respondeu considerando o contexto prévio da “nossa conversa”. O tema que precedeu a interação abaixo foi uma bateria de perguntas sobre Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Para efeitos de exemplificação, partilho com leitores e leitoras o uso potencial desta plataforma de inteligência artificial:
Print da tela de conversação com a ChatGPT em 06/02/2023 em conta não paga e browser Safari.
Podemos observar que as respostas são completas e com sentenças semelhantes às respostas humanas. O uso de acentuação em português bem aplicado e frases coerentes.
Contudo, em termos de conteúdo, a inteligência artificial ChatGPT foi insuficiente. Note que em se tratando de pagamentos a beneficiário não identificado ela afirma que seria necessário enviar na EFD–REINF, sem mencionar o evento R-4040, CPF, endereço e nome do beneficiário.
Como está estabelecido no manual da EFD–REINF 2.2.1, o evento R–4040 deverá ser utilizado nos casos de não identificação do beneficiário. Previamente à conversa exibida acima eu já havia perguntado quais as condições estabelecidas no RIR/18 para a não identificação do beneficiário.
As respostas me indicavam que a ChatGPT fora treinada com informações sobre este tema, considerando que a identificação do beneficiário seria obrigatória. Mesmo quando perguntei sobre o artigo 730 e 316 – em perguntas distintas, a resposta indicava a exigência da identificação.
Para concluir este brevíssimo relato, cogito que o potencial desta plataforma realmente corresponde a sua fama. A plataforma é tão bem arquitetada que aceitou uma sugestão de leitura de um artigo no Portal Contábeis em que explico como se usa o evento R-4040 para informar pagamentos sem identificar o beneficiário.
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