Foto: Anna Nekrashevich/Pexels Quando eu era estudante, há muitos anos, lembro-me com bastante clareza de que havia uma preocupação exagerada de estudantes da minha época com o “fechamento” do balanço. Aquilo produzia a falsa ideia de que a contabilidade tinha que ser uma demonstração exata dos atos e fatos contábeis que deviam ser refletidos na contabilidade das empresas de maneira em geral.
Passados vários anos, com a experiência e vivência que tenho, constatei que aquele era um método pouco esclarecedor que alguns professores utilizavam para exigir empenho de seus alunos e alunas. Em algumas situações, sei que muitos daqueles professores jamais fizeram um balanço de uma empresa. Eles eram docentes, e tinham pouca experiência prática na elaboração de balanços de empresas e de outras instituições. Não havia nada de errado naquilo, haja vista que muitos docentes tinham dedicação exclusiva e não podiam ter outras atividades além de ensinar.
Atualmente, sabemos que a contabilidade não é uma atividade que reflete com exatidão tudo que acontece em uma empresa, principalmente naquelas de grande porte. Tanto que o curso de ciências contábeis não está classificado no grupo de ciências exatas. Há quem o reconheça como ciências sociais ou então ciências humanas, menos exatas. Física, Ciência da Computação, Engenharia Civil, Matemática etc., são ciências exatas.
Assim, fica a observação. Não espere da contabilidade exatidão em seus registros contábeis. São muitos fatores que justificam essa afirmação, mas posso citar um bastante conhecido: depreciação de bens. Será que eles são depreciados de maneira adequada ou seguem apenas as exigências da legislação tributária e societária?
Fica a interrogação.
