O empreendedor precisa ser um pouco “MacGyver” para sobreviver e ter sucesso nos negócios. Na série americana de aventura que foi exibida entre os anos de 1985 e 1992, o recurso principal do personagem, MacGyver, era uma variedade de soluções improvisadas, para escapar da captura, do desastre ou para geralmente derrotar os inimigos. Elas resultavam da aplicação prática do conhecimento científico e uso de itens comuns (sempre havendo a coincidência de ter à disposição materiais úteis) - junto com seu canivete suíço.
Apesar de muitas pessoas não acreditarem nas façanhas científicas do personagem, todas elas são possíveis e a sua capacidade de utilizar as coisas mais simples para solucionar os problemas mais complexos o tornou um mito global.
Quando falo que o empreendedor precisa ser um pouco “MacGyver”, não me refiro ao ato de improviso em si, mas sim na criatividade, inteligência e na capacidade de adaptação a um ambiente extremamente hostil para trabalhar, pois além de enfrentar a concorrência de outras empresas, ainda tem que se preocupar com os efeitos maléficos da burocracia brasileira.
A dura realidade das pequenas empresas, que geralmente não dispõem de recursos financeiros suficientes, exige uma participação muito mais criativa por parte dos empreendedores que estão à frente desses negócios. E é nessa hora que os empreendedores “MacGyvers” se destacam no meio da multidão.
No início de qualquer negócio, com pouco capital de giro, o empreendedor precisa encontrar maneiras simples para otimizar seus limitados recursos, sem que isso comprometa a qualidade do produto ou serviço oferecido; precisa encontrar argumentos convincentes para negociar com fornecedores, parceiros e clientes.
Diante disso, a capacidade de encontrar soluções simples para resolver problemas complexos é, sem dúvida alguma, um dos maiores diferenciais dos empreendedores de sucesso, que não desanimam com os problemas do dia a dia que surgem em qualquer tipo de negócio.
Só que para conseguir enxergar essas alternativas temos que estar com a mente aberta e focados em nosso objetivo. Muitas vezes não conseguimos visualizar a solução de um problema porque não estamos devidamente concentrados em sua busca ou nem ao menos conseguimos identificar a sua causa, o que é pior.
Muitas vezes, por não acreditar que algo pode ser feito de maneira diferente, muitas pessoas ficam paralisadas quando se deparam com algum problema “insolúvel”. E essa paralisia momentânea pode ser fatal quando a empresa ainda está muito vulnerável, geralmente no início das atividades.
Para finalizar, não quero dizer que o empreendedor precisa ser um gênio criativo para ter sucesso nos negócios, mas sim, que ele seja um eterno questionador e insaciável na busca de ideias criativas que possam otimizar e simplificar os processos de sua empresa.
