Na Europa, em 1972, a francesa Singer, foi pioneira, publicando o primeiro Balanço Social da história. Em 1977, a França publicou a primeira Lei que obrigava a realização de Balanços Sociais periódicos para todas as empresas com mais de 700 funcionários. Posteriormente, este número caiu para 300 funcionários.
Em 1984, na Bahia, a estatal Nitrofértil publicou o primeiro documento do gênero no Brasil. As discussões ganharam força com o sociólogo Herbert de Souza, pois para ele "pessoa jurídica é uma entidade pública, ainda que de domínio privado", uma vez que a sociedade concorda, ou permite, que as empresas utilizem uma parcela significativa dos recursos naturais existentes. Então, a partir dos anos 90 algumas empresas passaram a levar a sério e divulgar seus Balanços Sociais.
As empresas brasileiras ainda estão se acostumando com a idéia de promover Balanços Sociais, porém já se entende que o BS passa a ter um caráter de estratégia financeira, sobrevivência empresarial e, até mesmo, de diferencial competitivo. E, apesar de ainda não ser uma exigência legal no Brasil e de não existirem normas que definam sua elaboração, a CVM tem solicitado às empresas de capital aberto que elaborem e publiquem seus Balanços Sociais.
O Instituto Ibase, divulga um modelo de BS que traz itens como: indicadores sociais internos e externos, que se referem à alimentação, saúde, educação, cultura, participação nos lucros; indicadores ambientais, onde a empresa pode elencar investimentos para minimizar efeitos poluentes; indicadores do corpo funcional, que traz dados sobre demissões, admissões, faixa etária, sexo, raça, cor; e, finalmente, dados sobre a responsabilidade social da empresa com relação a seus usuários internos e externos.
Tatiana Schardong Paim
Controladoria de Gestão - UFRGS
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