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Sucessão nas empresas de contabilidade

Os processos de sucessão nas empresas de qualquer segmento são grandes incógnitas. Uma preocupação que cada vez mais alcança escritórios e empresas de contabilidade.

10/10/2012 11:51

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Sucessão nas empresas de contabilidade

Durante 23ª edição do EESCON (Encontro das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo), que ocorreu entre quarta e sexta-feira dessa semana, um dos assuntos mais discutidos, sendo inclusive tema de palestra no evento, diz respeito à sucessão no comando das empresas contábeis. A ínfima participação de jovens profissionais da área, ou pelo menos entre os representantes da direção das empresas que participaram, jogou ainda mais dúvidas acerca do tema.

Não é de hoje que a preocupação com a sucessão nos escritórios contábeis norteia grande parte das discussões. Afinal, a área contábil como um todo ainda é essencialmente dominada por profissionais com anos de experiência, e a própria busca por profissionais por vezes é direcionada exclusivamente para currículos que já contem com bagagem na área.

Os jovens profissionais da área, recém-formados, optam basicamente por dois caminhos: as grandes empresas de auditoria ou a área contábil das multinacionais e empresas de grande porte. O empreendedorismo no setor contábil é pouco disseminado. Dado que pode ser facilmente verificado com uma observação: quantos escritórios de contabilidade atualmente são gerenciados por profissionais com menos de 30 anos?

Obviamente, em qualquer ramo a experiência é necessária. Mas até mais do que em outras áreas, a contabilidade geralmente reúne profissionais que desde cedo já atuam na área e começam a reunir a experiência necessária para abrir seu próprio negócio. Com poucas oportunidades de crescimento em escritórios contábeis, contudo, esses profissionais rapidamente são contratados por empresas de grande porte ou auditorias. Poucos optam por abrir sua própria empresa, mas, entre os que escolhem esse caminho, as dificuldades de trilhá-lo sozinho, sem ajuda de profissionais já no ramo há mais tempo, aumentam ainda mais.

A questão fica mais complexa quando se verifica que, entre os novos escritórios de contabilidade que surgem sob o comando de profissionais novatos, a disputa é acirrada, o que eventualmente faz com que os honorários sejam jogados lá embaixo a fim de se atrair novos clientes. O que prejudica tanto os serviços prestados aos clientes, quanto as finanças das empresas já estabelecidas no mercado, que precisam sustentar a estrutura que possuem.

Vale dizer que, cada vez mais, os cursos universitários jogam milhares de novos profissionais no mercado, sendo que poucos possuem os requisitos para gerenciar um escritório de contabilidade. Ao mesmo tempo, boa parte já está inserida desde jovem na nova realidade digital, possuindo habilidades e técnicas extremamente úteis se aplicadas em conjunto com a experiência dos profissionais já atuantes no ramo.

A bola foi levantada durante o EESCON: é necessário, ou mais, crucial, que os atuais diretores, sócios e donos das empresas contábeis comecem a pensar de maneira mais séria e profunda nos substitutos para seus cargos. Sejam eles familiares ou não. Afinal, ninguém é eterno. Por mais que a área contábil pareça reunir os grandes “sobreviventes” do mercado de trabalho.

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