Empreendedorismo inovador na área contábil e a zona de confo

Caros colegas, gostaria de propor um debate que iniciou em sala de aula e acabou virando tema de uma pesquisa.

Passamos por um momento de instabilidade politica e econômica no país. Sem dúvida, é o melhor momento para inovar, pois mais que uma ideia, isso é quase uma necessidade. Embora existam algumas adversidades, os fomentos à inovação estão aí. Para termos uma ideia, só na Finep, o crédito para inovação cresceu quase seis vezes em dois anos, passando de R$ 1,1 bilhão, em 2011, para R$ 6,3, em 2013. Porém é preciso saber inovar, ter um projeto bem sucedido para que os riscos da inovação sejam menores e que o governo veja que o incentivo não será em vão.

Assumo minha leigalidade sobre empreendedorismo e inovação. Gostaria de saber dos colegas, o que vocês acham que pode melhorar nossa percepção de oportunidades de inovação? Vivemos num mundo onde todos tem acesso a tudo, se tornou mais difícil estar um passo a frente. O mercado internacional é forte concorrente d mercado doméstico. Como lidar com esse concorrente, como inovar no meu negócio doméstico, tornando mais atrativo que o mercado internacional?

E ainda mais, referindo-se ao meio contábil: o que você considera zona de conforto na contabilidade e por quê? Considera importante a saída da zona de conforto? O que considera melhor ou equivalente para sair de tal zona de conforto, ou seja, inovar na contabilidade?

Será de grande valia a opinião de vocês. Espero que este tópico possa nos ajudar a pensar sobre inovação e empreendedorismo como um todo, mas também especificamente na nossa profissão.

Obrigada!

Também estou curioso sobre esse assunto.

Acredito que não existe inovação em zona de conforto, e acho que o primeiro passo para sair de lá é se perguntar o motivo de fazer as coisas que faz no dia a dia, ou ainda, como melhorar um processo para que as pessoas tenham mais tempo de fazer o que realmente importa.

Acho também que é errôneo pensar em "Mercado Internacional" e "Mercado Doméstico". Existe só um mercado e ele é global.
Um exemplo bem conhecido é o de Israel, que é um país de mercado pequeno e mesmo assim um grande centro inovação. Quando os empreendedores de lá são perguntados do porquê disso acontecer, todos dizem o mesmo: "pensamos globalmente".

Lembro que inovação não é só criar um produto novo ou um novo serviço que nunca ninguém tinha pensado antes. A Zappos é uma loja de sapatos online que fatura quase 2 bilhões de dólares por ano. Sua inovação foi basicamente criar uma cultura empresarial que coloca a felicidade do cliente em primeiro lugar.
Vale lembrar que não precisou de investimentos nem de incentivos do governo pra inovar na cultura empresarial.

No meio da contabilidade tenho pouca experiência e não participo do dia-a-dia de um contador há muito tempo, porém devem existir várias maneiras de inovar.

Particularmente estou envolvido em um projeto com professores de contábeis para mudar como os estudantes estão se preparando para o exame do CFC (mas não vou fazer propaganda aqui) e estamos sendo bem recebidos pela maioria das pessoas que apresentamos essa ideia. Isso mostra a carência de coisas novas que o pessoal nessa área sente desde os tempos de faculdade.

Por que estudar por PDFs? Por que se preparar para o exame em cursinhos preparatórios em sala de aula sendo que cada um tem seu próprio ritmo de estudos? Por que não estudar um pouco todo dia e gostar disso? E por que só estudar para a prova do CFC e não para o resto da vida?

Termino repetindo o que falei inicialmente. Essas perguntas são o primeiro passo para sair da zona de conforto e mudar a vida das pessoas.