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As variações entre o custo-padrão e o custo real da produção são apuradas mensalmente e estabelecidas também separadamente para esses três componentes:
• Variação de materiais – entre o custo padrão de materiais e o consumo real de materiais;
• Variação de mão-de-obra – entre o custo padrão de mão-de-obra e o custo real de mão-de-obra e encargos;
• Variação de custos indiretos de fabricação – entre o custo-padrão e o custo real desses gastos.
Os passos da sistemática de apuração do custo-padrão são:
• Determinação dos tempos-padrão de fabricação, por produto, por centro de custo;
• Determinação da quantidade-padrão e do valor dos materiais por produto;
• Orçamento de custos para o período, para mão de obra com encargos e para os custos indiretos de fabricação;
• Distribuição dos custos (mão de obra e CIF) aos centros de custo, tanto auxiliares como produtivos, mediante critérios racionais;
• Apropriação dos custos dos centros auxiliares para os centros produtivos;
• Estimativa de horas-homens de força de trabalho no período, por centro de custo produtivo;
• Determinação do custo-padrão por produto, mediante multiplicação dos tempos-padrões de cada produto, em cada centro de custo, pelas respectivas taxas, separadamente por componente, e soma dos custos assim calculados, de todos os centros.
O custo-padrão da produção global acabada é determinado pela multiplicação da quantidade efetivamente produzida pelo custo-padrão.
A produção em processo é valorizada pelo padrão segundo o estágio em que se encontra.
Para se determinar o custo real da produção e as variações dos três componentes, há necessidade de se apurar:
• Quantidades efetivamente produzidas
• Mão de obra e encargos
• Consumo real de materiais
• Gastos gerais de fabricação
2.3.3 – TIPOS DE CUSTO-PADRÃO
Custo-padrão ideal – supõe a utilização com a máxima eficiência dos recursos produtivos (MD, MOD e CIF) e não leva em consideração desperdícios normais de MD, diminuição no ritmo de trabalho dos funcionários e possíveis quebras nos equipamentos. Na prática, é difícil de ser atingido.
Custo-padrão corrente – leva em consideração um desempenho passível de ser alcançado, considerando perdas de materiais, queda na produtividade e problemas em equipamentos.
2.3.3 – DIMENSÕES DO CUSTO-PADRÃO
Para obtenção do custo-padrão em termos monetários, é feita a multiplicação do padrão físico (unidade, tempo) pelo padrão de custo (valor)
CUSTO PADRÃO = PADRÃO FÍSICO x PADRÃO DE CUSTO
As variações entre o custo-padrão e o custo histórico são obtidas da seguinte maneira:
• Variação do material direto = Variação no preço do material direto + variação na quantidade do material direto
• Variação da MOD = Variação na taxa de MOD + variação no tempo de MOD
• Variação do CIF = Variação no custo do CIF + Variação no volume do CIF
Exemplo:
O custo-padrão para uma unidade do produto “A” é o seguinte:
QUANT PREÇO CUSTO
MP 3 kg 4,00 12,00
MOD 4 h 5,00 20,00
Custo Indireto Variável 2 h/maq 4,00 8,00
CIF – R$ 112.500,00
Quantidade-padrão – 4.500 unidades
Dados reais do período
• Foram comprados 16.000 kg de matérias primas por R$ 72.000,00, que foram consumidas na produção de 4.000 unidades;
• Foram aplicadas 20.000 horas na produção dessas unidades e o custo da mão de obra com encargos foi de R$ 110.000,00
• Custo Indireto Variável: 12.000 h/maq., totalizando R$ 50.400,00
• CIF R$ 104.000,00
Custo real com as informações acima:
QUANT PREÇO CUSTO
MP 4 kg 4,50 18,00
MOD 5 h 5,50 27,50
Custo Indireto Variável 3 h/maq 4,20 12,60
CIF – R$ 104.000,00
Variação entre Padrão e Real
PADRÃO REAL VARIAÇÃO
MP 12,00 18,00 6,00
MOD 20,00 27,50 7,50
Custos Indiretos 33,00 38,60 5,60
TOTAL 65,00 84,10 19,10