Francisco Chagas
Iniciante DIVISÃO 2 , Administrador(a)Pessoal,
Costumo contabilizar o recebimento de créditos em moeda estrangeira no momento em que o banco nos comunica sobre a disponibilidade do recurso. Ou seja, no dia que o recurso chega ao Brasil. Nesse momento contabiliza-se com base no câmbio oficial da seguinte forma:
D – AC Disponibilidade em Moeda Estrangeira
C – AC Cliente Exterior
D/C – RES Variação Cambial Ativa/Passiva
Posteriormente quando da efetiva realização do disponível, que pode ser em momento futuro, ou seja, no momento em que o recurso for de fato disponibilizado em reais através de contrato de câmbio, contabiliza-se da seguinte forma:
D – AC Bancos C/ Movimento
C – AC Disponibilidade em Moeda Estrangeira
D/C – RES Variação Cambial Ativa/Passiva
Ou seja, teremos duas variações cambiais: A primeira pela baixa do título e a segunda pelo resgate efetivo do disponível. No segundo caso assemelha-se a uma aplicação financeira.
CONTROVÉRSIAS:
Alguns profissionais só contabilizam a baixa do título quando realizam a segunda operação, deixando seu ativo superavaliado, pois irá apresentar créditos já liquidados. Isso acontece com frequência, inclusive num momento como esse onde a moeda americana encontra-se bastante valorizada e o exportador costuma especular.
Por exemplo: um recebimento que deveria ser baixado num mês, pode só vir a ser baixado 90 dias depois, deixando em aberto a posição de contas a receber (cliente continua devendo) e, por conseguinte, gerando falsa posição contábil em relação aos recebíveis.
Gostaria que os nobres colegas tecessem opinião sobre a questão, pois não consigo enxergar lógica na posição dos profissionais que, num momento como esse (dólar em alta), só contabilizam quando da realização em reais do crédito disponibilizado.