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FÓRUM CONTÁBEIS

CONTABILIDADE

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como faço p/contabilizar estoque e consorcio ?

Natalicio Oliveira

Natalicio Oliveira

Prata DIVISÃO 2, Assistente Contabilidade
há 16 anos Domingo | 9 março 2008 | 20:22

ola bom dia ,

a minha duvida é a seguinte como eu contabilizo o estoque p/ apurar o cmv (custo de merc.vendida) veja com eu aprendi a contabilizar e faça uma analize , se esta correto :

qto a baixa DEBITO Lucros prej.Acum.(cta.resultado)
CREDITO Estoque (ativo)

Qto ao estoque inicial DEBITO estoque (ativo)
CREDITO Lucro Prej.Acum.(resultado)

eu poderia dizer que a diferença entre um e outro é o meu custo ?

Outra pergunta como eu contabilizo consorcio ?

Eu poderia contabilizar Assim
Debito Quotas de consorcio (ativo)
Credito caixa ou Banco
Só que em todos os consorcios tem aquelas taxas de administr.
essas taxas eu poderia lançar em desp com consorcios ?
e depois que o meu bem sair eu posso ativa-lo ?
qual o valor que eu lanço no ativo , para ativa-lo ?
sendo que o consorcio sofre reajuste anualmente ?

aguardo resposta
muito grato
natalicio

Claudio Rufino
Moderador

Claudio Rufino

Moderador , Contador(a)
há 16 anos Segunda-Feira | 10 março 2008 | 08:21

Natalicio Oliveira, bom dia.

A formula do CMV(custo das mercadorias vendidas) é a seguinte: CMV = Ei + C -EF. , você poderá inclusive visitar esse link clique aqui onde já foram feitas várias abordagens sobre o tema.

Sobre a sua segunda pergunta, vide comentário abaixo.

Aquisição De Bens Através De Consórcios - Tratamento Contábil

1. Classificação Dos Pagamentos Antecipados
Tratando-se de bem destinado ao Ativo Imobilizado, os pagamentos feitos ao consórcio antes do recebimento do bem, devem ser registrados numa conta transitória desse subgrupo.
Exemplo:
Considerando que a pessoa jurídica ingressou em um consórcio para aquisição de um veículo, nas seguintes condições:
a) Número de prestações: 36;
b) Prazo: 36 meses;
c) Valor das prestações: R$ 500,00;
d) Início: Setembro de l996.
Desta forma, os pagamentos das prestações e eventuais lances antes do recebimento do bem serão registrados da seguinte forma:
 D - Aquisição De Bens Através De Consórcio (Ai)
 C - Caixa Ou Bancos (Ac)
No período de setembro/96 a maio/97, ocorreram variações nos preços, o que resultou no ajuste das prestações. No nosso exemplo, em 31.05.97, a conta "Aquisição de Bens Através de Consórcio", apresentou um saldo de R$ 4.890,00, composto dos seguintes valores:
Setembro/96 R$ 500,00
Outubro/96 R$ 500,00
Novembro/96 R$ 500,00
Dezembro/96 R$ 550,00
Janeiro/97 R$ 550,00
Fevereiro/97 R$ 550,00
Março/97 R$ 580,00
Abril/97 R$ 580,00
Maio/97 R$ 580,00
Total R$ 4.890,00

2. Registro Por Ocasião Do Recebimento Do Bem
Admitindo-se que a empresa consorciada tenha sido contemplada mediante sorteio e entrega do bem, no dia 02/06/97, quando restavam pagar 27 prestações de R$ 580,00 cada uma, o valor do bem a ser ativado corresponderá à soma dos seguintes valores:
Prestações pagas até 30.05.97 R$ 4.890,00
Dívida assumida: 27 prestações de R$ 580,00. R$ 15.660,00
Total R$ 20.550,00
Assim sendo, por ocasião do recebimento do bem, serão efetuados os seguintes lançamentos:
D - Veículos (Ai) R$ 20.550,00
C - Aquisição De Bens Através De Consórcio (Ai) R$ 4.890,00
C - Quotas De Consórcio A Pagar (Pc) R$ 11.020,00
C - Quotas De Consórcio Apagar (Elp) R$ 4.640,00
Nota: Foram lançadas 19 prestações no Passivo Circulante
(19 x R$ 580,00 = R$ 11.020,00), e 8 prestações no Passivo
Exigível a Longo Prazo (8 x R$ 580,00 = R$ 4.640,00).

3. Atualização Monetária Da Dívida Registrada No Passivo
Devem ser reconhecidos, contabilmente, os reajustes do valor das prestações a pagar após o recebimento do bem, tendo como contrapartida a conta de resultado intitulada Variações Monetárias Passivas.
Supondo-se que no mês de junho/97, o valor da parcela passou a ser de R$ 615,00, teremos o seguinte acréscimo à dívida:
27 prestações x R$ 580,00 R$ 15.660,00
27 prestações x R$ 615,00 R$ 16.605,00
Acréscimo à dívida R$ 945,00
Nota:
a) Ajuste no Passivo Circulante:
19 prestações x R$ 615,00 R$ 11.685,00
Valor registrado R$ 11.020,00
Valor do ajuste R$ 665,00
b) Ajuste no Passivo Exigível a Longo Prazo:
8 prestações x R$ 615,00 R$ 4.920,00
Valor registrado R$ 4.640,00
Valor do ajuste R$ 280,00
Esse acréscimo à dívida contabiliza-se da seguinte forma:
D - Variações Monetárias Passivas (Cr) R$ 945,00
C - Quotas De Consórcio Apagar (Pc) R$ 665,00
C - Quotas De Consórcio A Pagar (Elp) R$ 280,00
4. Pagamento Das Prestações Restantes
Os pagamentos efetuados nos meses seguintes, pelo novo valor, serão contabilizados da seguinte forma:
D - Quotas De Consórcio A Pagar (Pc) R$ 615,00
C - Caixa/Bancos C/Movimento (Ac) R$ 615,00

5. Contabilização Conforme Pn Cst Nº 1/83
De acordo com o PN CST nº 1/83, as aquisições através de consórcios deverão ser contabilizadas da seguinte forma:
a) os desembolsos ocorridos antes do recebimento do bem devem ser classificados em conta do Ativo Imobilizado, ou a critério da pessoa jurídica, no Circulante ou Realizável a Longo Prazo;
b) por ocasião do recebimento do bem, este será registrado em conta específica e definitiva do ativo, pelo valor constante da nota fiscal pela qual foi faturado, tendo como contrapartida:
b.1) a conta do Ativo que registrou os pagamentos antecipados, pelo saldo dessa conta; e
b.2) a conta do Passivo que vai registrar o saldo devedor, pela diferença entre o valor da nota fiscal e o saldo da conta mencionada em "b.1";
c) o valor do saldo devedor, lançado no Passivo, deve ser ajustado pela diferença verificada no confronto com o valor efetivo das prestações vincendas, tendo, como contrapartida, a conta de Variações Monetárias Ativas ou Passivas (contas de resultado), conforme o caso;
d) as variações que vierem a ocorrer no saldo devedor no futuro, decorrentes de modificações no valor das prestações, serão registradas na conta do Passivo que registra a obrigação, em contrapartida à conta de Variações Monetárias Ativas ou Passivas (contas de resultado), conforme o caso.

6. Algumas Considerações Sobre O Pn Cst Nº 1/83
O Parecer Normativo CST nº 1/83 aborda alguns pontos na contabilização de bens adquiridos através de consórcio conflitantes com os princípios contábeis, notadamente o "princípio do custo como base de valor", cujo enunciado assim prescreve: "O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade, expresso em termos de moeda de poder aquisitivo constante".
Outro ponto não abordado no indigitado ato normativo diz respeito ao Fundo de Reserva, cujo valor, após o encerramento do grupo, é pago para o consorciado. A nosso ver, em atendimento à boa técnica contábil, os desembolsos efetuados pelo consorciado a esse título são classificados em rubrica do ativo realizável a longo prazo e, posteriormente, transferidos para o ativo circulante.

6.1 - Quanto à Classificação dos Pagamentos Antecipados
A boa técnica contábil determina que, tratando-se de valores aplicados na aquisição de bens destinados ao Ativo Imobilizado, devem, de imediato, ser classificados nesse subgrupo do Ativo Permanente. Desta forma, a classificação de tais valores no Ativo Circulante ou no Realizável a Longo Prazo, admitida pelo Parecer Normativo em questão, não é tecnicamente correta.

6.2 - Quanto ao Registro do Bem Pelo Valor da Nota Fiscal
O valor da nota fiscal somente deve ser considerado quando representar essa realidade, o que não ocorre no caso, porque não incorpora a taxa de administração do consórcio, que é uma parcela integrante do custo do bem. Assim, o registro do bem pelo valor da nota fiscal, estabelecido pelo PN CST nº 1/83, não é tecnicamente correto, porque o bem deve ser ativado pelo custo real de aquisição, em atendimento ao Princípio Contábil do Custo como Base de Valor.

6.3 - Quanto à Atualização Monetária da Dívida Registrada no Passivo
Em relação à atualização monetária da dívida registrada no passivo, não há divergência entre o disposto no PN CST nº1/83 e a posição da técnica contábil.

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LILIA MARIA VIEIRA TIGRE

Lilia Maria Vieira Tigre

Bronze DIVISÃO 2, Técnico Contabilidade
há 13 anos Quinta-Feira | 10 março 2011 | 17:24

Boa Tarde

A empresa a qual trabalho fez um consorcio de veiculo em 75 meses, apos 18 meses (pagos) foi contemplado dando um lance, porem ainda nao recebeu a carta,

eu estava fazendo os lancamentos
d= adiantamento de consorcio (a)
c=banco
obs: as parcelas sofrem variacao

Gostaria de saber como efetuo os lancamentos a partir da aquisicao da cartao
obs: o lance tbm fiz o lancamento
= adiantamento de consorcio (a)
c=banco

Jordan Ratuchniak

Jordan Ratuchniak

Bronze DIVISÃO 3, Analista Negócios
há 13 anos Segunda-Feira | 14 março 2011 | 15:47

Segue um passo a passo, veja se ajuda:


Exemplo Utilizado
Compra de um bem, valor: 80 mil reais em 100 parcelas de 1000,00

Lançamentos Mensais do Pagamento da quota (antes da contemplação) - Inclusive Lances
Ativo Imobilizado / Bens Móveis / Adiantamento Consórcios de Veículos: D 8000,00
Banco: C 1000,00

Na aquisição do Item (No exemplo, foram pagas 12 Parcelas até a contemplação)

Ativo Imobilizado / Veiculos: D 80000,00
Ativo Imobilizado / Bens Móveis / Adiantamento Consórcios de Veículos: C 12000,00
Passivo Consorcios a pagar: C 88000,00
Despesas Financeiras com Consórcios: D 20000,00

Lançamentos Mensais do Pagamento da quota (depois da contemplação)
Ativo Imobilizado / Veículos / Consórcios de Veículos: D 1000,00
Passivo Circulante / Fornecedores / Administradoras de Consórcio: C 1000,00

Variações de Valor (Lançar a diferença da parcela prevista com a real mensalmente)
C - Passivo Circulante / Fornecedores / Administradoras de Consórcio
D - Despesas Financeiras com Consórcios

Jordan Ratuchniak
Analista de Negócios em TI

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