Classificação Ativo Imobilizado

Bom dia a todos, gostaria de saber, qual a classificação mais adequada dentro do ativo imobilizado, referente aos "carrinhos de compra" de um supermercado.

Att.

Móveis e utensílios

Móveis e utensílios.

Obrigado a todos.

Boa noite, participantes do Fórum contábeis


Eu vejo esta situação de forma bem diferente porque o supermercado é um ramo de negócios que reúne muitos setores, como panificadora, açougue, secos e molhados, hortifrutigranjeiros, etc., e classificar quase tudo como "móveis e utensílios" tende a causar prejuízos às informações que serão geradas.

Neste contexto, como móveis e utensílios podem existir tanto na departamento de recepção de mercadorias quanto no escritório administrativo, encaro a designação de "móveis e utensílios" como uma conta de no máximo quarto grau porque se controlarmos os bens do ativo imobilizado somente em contas genéricas, provavelmente a confiabilidade nos dados estará comprometida. Particularmente eu utilizaria uma conta cujo nome seria "Carrinhos de Compras tipo XX" mesmo, lembrando que há carrinhos com vários tamanhos/andares, da mesma forma que há cestas de metal, cestas plásticas ou cestas com rodinhas.

Portanto, recomendo nosso amigo Leandro Jose da Fonseca entrar em contato com o profissional tecnicamente responsável pela escrituração contábil para propor um ajuste e/ou replanejamento do plano de contas da empresa visando a departamentalização de contas porque se carrinhos de compra forem classificados como "móveis e utensílios", o mesmo caminho seguirão mesas, cadeiras e armários de qualquer departamento, até mesmo os checkouts da frente de caixas.

Caro Ricardo C. Gimenez,

Concordo em grande parte com você. Só acho que essa avaliação é mais um caso a caso.
Pode-se usar várias classificações detalhadas, como "Carrinhos de Compra tipo X", mas isso torna o plano de contas imenso e o balanço igualmente. Acho válido trabalhar com separação, por exemplo, de "Móveis e Equipamentos" e "Móveis e Equipamentos Administração", mas não com o uso de uma conta para cada bem.
Para esse tipo de controle existem as fichas de controle do ativo.
O balanço deve permitir uma avaliação da situação econômica e financeira da empresa, não se tornar um imenso relatório com cada tipo de bem que compõe a empresa, para auxiliar a tomada de decisão de proprietários e pretensos investidores. Ora saber o valor em carrinhos de compra que fazem parte do passivo da empresa não atende a essa função.
Acho que o máximo de detalhamento que deve existir no plano de contas seria o que podemos chamar de departamental... No caso que citou dos departamentos de um Supermercado, por exemplo, podemos ter: "Móveis e Equipamentos Padaria", "Móveis e Equipamentos Açougue", "Móveis e Equipamentos Horti-Frut", "Móveis e Equipamentos" (esta última para classificar bens que servem a todos os setores, como os carrinhos e cestas de compra), Etc.
O controle de bens do ativo deve ser feito a parte do balanço, inclusive com geração de código para cada bem com o respectivo etiquetamento do mesmo.

Lembrando sempre que, apesar dos preceitos básicos, e desde que atenda as normas de contabilidade, uma empresa pode desenvolver o plano de contas da forma que julgar melhor para sua atividade.

Marllon Freitas, boa noite


Você tem plena razão ao afirmar que "cada caso é um caso".

Considerando que a dúvida não foi bem detalhada e as duas respostas foram relativamente genéricas, meu intento foi apresentar mais detalhes ao autor da postagem para a solução do dilema.

Enfim, a rubrica que mencionei foi apenas sugestiva.


Recomendações

Além de ser caso a caso, o Leandro não perguntou em qual conta classificar, quando ele fala: "(...)qual a classificação mais adequada dentro do ativo imobilizado(...)" eu entendo que ele quer saber o grupo de contas. E neste caso, a informação não seria prejudicada, tendo em vista que ele iria criar a conta dentro do subgrupo sugerido.

Bom dia,Senhores!


Apenas a título de colaboração com o tópico,considerando que todas as repostas estão corretas e embasadas por argumentos,vou fazer apenas um rápido comentário:

A extensão do Plano de Contas é limitada ou ilimitada de acordo com as necessidades de cada empresa.E uma loja de Supermercados (fui funcionário de uma das maiores e mais tradicionais redes de São Paulo) ,comporta e abriga uma variedade muita grande de tipos de comércio.Assim,o Plano de Contas deve comportar a identificação dos maquinários,equipamentos,móveis e utensílios que estejam alocadas em cada unidade da rede,em cada loja de departamentos.
Assim,os bens poderiam constar do Plano de Contas,no caso da forma mais sintética,Móveis e Utensilios,por Loja.
Assim:Movéis e Utensílios -Adm-Matriz
Móveis e Utensilios-Loja Matriz
Móveis e Utensílios- Loja I
Móveis e Utensílios -Loja II...
No caso específico dos carrinhos condutores de compras pelos clientes,eu diferenciaria a conta usando a nomenclatura Acessórios
Ficaria :Acessórios- Loja Matriz
Acessórios -Loja I
Acessórios - LOJA II

Normalmente as lojas de Supermercados,são tratadas dentro de um grupo como unidades isoladas.Ou seja,elas sobrevivem pela sua rentabilidade,sua capacidade de retorno para a Matriz.Ou seja,seus resultados são tratados isoladamente,para depois serem consolidados dentro do grupo.Loja deficitária não sobrevive em nenhum grupo de Supermercado,de rede gigante ou de rede mais modesta.Isso porque,o Gerente da Loja,tem apenas uma visão comercial do comercial do negócio.Ele precisa muito do seu contador ou administrador para atingir suas metas administrativas.As comerciais ele domina,mas,as administrativas normalmente lhe fogem à análise,porque ele só consegue ver metas de faturamento.Alonguei-me um pouco,mas,achei que era preciso para argumentar com mais segurança.

Cumprimentos a todos

Prezado Ricardo C. Gimenez,

Achei excelente as questões que você levantou. Principalmente pelo debate incitado. Acredito que agora sim o colega Leandro Jose da Fonseca teve uma resposta setisfatória.