
Carlos André de Oliveira
Bronze DIVISÃO 2 , EconomistaSenhores, gostaria de sanar uma dúvida pela qual penso haver uma eventual contradição entre dispositivos do CPC 01 (R1).
Nos itens 10, 11 e 15, o pronunciamento requer que a entidade proceda ao teste de ativos ainda não disponíveis ao uso, caso seja evidenciado na fase de construção (obras em andamento) alguma mudança significativa nas variáveis consideradas nos estudos de viabilidade Técnica e Econômica dos projetos de investimento (considerando aspectos elencados no item 12).
Ocorre que estes ativos, ainda inacabados, não proporcionam geração de caixa. Cito como exemplo os valores registrados em obras em andamento referentes à construção de uma gasoduto por uma concessionária distribuidora de gás natural, sendo essa obra, após concluída, transferida para o ativo intangível da companhia. Então, à luz dos itens 44, 45 e 49, os fluxos de caixa futuros decorrentes desse ativo, ainda não disponibilizado ao uso, não poderão ser utilizados na estimativa do valor recuperável de uma unidade geradora de caixa a qual pertença o ativo, devido a sua condição atual.
Assim, minha dúvida é: como atender o que dispõe os itens 10, 11 e 15, se os ativos em questão só puderem ter seu valor recuperável por meio da estimativa do valor em uso, nos termos do item 20, haja vista que projeções de entrada e saída de caixa não poderão compor as estimativas de fluxos para o cálculo do valor presente líquido para conhecer o valor recuperável, conforme dispõem os itens 44, 45 e 49?