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CONTABILIDADE

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extrato bancário

Fabiana Gomes

Fabiana Gomes

Bronze DIVISÃO 4 , Assistente Contabilidade
há 15 anos Quinta-Feira | 18 junho 2009 | 14:21

Pessoal quando no extrato bancário tem Pgto de Agua e não tenho em mãos a guia do pagamento desta agua (não sei se é da empresa, nem sei se é de outro lugar) como que eu faço na contabilização deste


eu penso que seja suprimento de caixa, mas talvez possa ser despesa diversa


qual é o certo?

Ricardo C. Gimenez
Moderador

Ricardo C. Gimenez

Moderador , Assessor(a) Contabilidade
há 15 anos Quinta-Feira | 18 junho 2009 | 14:44

Boa tarde, Fabiana


O certo é você examinar o comprovante de despesas com água e esgoto; após analisar o documento você terá conclusões acertadas.

Boa sorte

Prof. Ricardo
Professor público de matemática
Contador
Marceneiro de fim de semana
Karin

Karin

Prata DIVISÃO 1 , Auxiliar Contabilidade
há 15 anos Quinta-Feira | 18 junho 2009 | 15:45

Fabiana, o correto é ter o documento em mãos...mas sabemos como é complicado obter informações...infelizmente não temos bola de cristal para adivinhar o que nossos clientes estão pagando, o jeito é lançar em conta de agua mesmo, ou da um jeito com isso ai....rsrs fazer o que!

Ricardo C. Gimenez
Moderador

Ricardo C. Gimenez

Moderador , Assessor(a) Contabilidade
há 15 anos Quinta-Feira | 18 junho 2009 | 19:13

Boa noite, Fabiana


Quando eu evidenciei a imprescindível necessidade de se analisar o documento em epígrafe não foi por questão de capricho particular, e sim, por conta do profissionalismo.

Neste contexto, todo contabilista legalmente habilitado deve ter responsabilidade profissional e obrigatoriamente observar e invariavelmente seguir as normas legais para o exercício da profissão, de acordo com a doutrina científica exarada do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) e todas as demais disposições legais.

Para que você tenha uma noção básica do grau de responsabilidade que esta profissão exige, adiante transcrevo algumas passagens que importam ao nosso debate:

NBC-T-2.1 - Das Formalidades da Escrituração Contábil

2.1.1 - A Entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, através de processo manual, mecanizado ou eletrônico.

2.1.2 - A escrituração será executada:
...
e) com base em documentos de origem externa ou interna ou,na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos
...
2.1.3 - A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas de Contabilista legalmente habilitado
...
(grifos que não constam no original)
Fonte: Res. CFC 563/1983 (NBC-T 2.1)

NBC-T-2.2 - Da Documentação Contábil

2.2.1 - A Documentação Contábil compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, que apóiam ou compõem a escrituração contábil.

2.2.1.1 - Documento contábil, estrito-senso,é aquele que comprova os atos e fatos que originam lançamento(s) na escrituração contábil da Entidade.

2.2.2 - A Documentação Contábil é hábil, quando revestida das características intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas, na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos "usos e costumes".
(grifos meus)
Fonte: Res. CFC597/85

Nota:
Entende-se como "caracterísiticas (...) essenciais" em documentos a identificação do beneficiário de um negócio, a outra parte, e a essência da transação para ser preservado o Princípio Fundamental de Contabilidade da Entidade:

DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA

Art. 1º - Constituem Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) os enunciados por esta Resolução.

§ 1º - A observância dos Princípios Fudamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
...
Art. 3º - São Princípios Fundamentais de Contabilidade:
...
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE

Art. 4º - O Princípio da ENTIDADE, reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aquele dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
(grifos meus)
Fonte: Res. CFC 750/93

Portanto, reafirmo a necessidade de "saber o quê está sendo contabilizado" sob a grave pena de estar maculando o currículo profissional do profissional responsável por sua orientação, de acordo com o meu grifo na NBC-T 2.1.3.

Frente ao exposto, cara Fabiana, o primeiro passo é apresentar este fato ao seu superior imediato solicitando-lhe providências porquê é extremamente necessário solicitar detalhes mais sólidos ao responsável pela empresa, pois é impossível alguém permitir o desconto de encargos em sua própria conta corrente sem conhecer a natureza disto.

Agora direciono minha opinião a Karin:

A título de bom senso não é nem profissional e muito menos legalmente permitido "lançar a esmo, debitando aqui e creditando acolá" simplesmente para "fazer bater" o extrato com a contabilidade como se fosse um número de mágica.

infelizmente não temos bola de cristal para adivinhar o que nossos clientes estão pagando, o jeito é lançar em conta de agua mesmo, ou da um jeito com isso ai....rsrs fazer o que
(grifos meus)
Visto que a contabilidade é uma profissião extremamente séria e atualmente é bem valorizada e isto depende diretamente de firme observação às determinações que expus logo acima. Concordo que não possuímos "bola de cristal", porém creio que um simples telefonema ou um fac-símile deste "raro documento" que nem o próprio administrador da entidade supostamente "não sabe" já resolveria a situação.

Saudações

Nota 2:
Trechos extraídos do site do CRC/SP

Prof. Ricardo
Professor público de matemática
Contador
Marceneiro de fim de semana
Karin

Karin

Prata DIVISÃO 1 , Auxiliar Contabilidade
há 15 anos Sexta-Feira | 19 junho 2009 | 07:50

Ricardo,

É óbvio, que se tivesse condições, eu lançaria na conta correta e faria a coisa corretamente, mas acho então que vc não está acostumado com esse tipo de cliente, quando vc tiver uma bucha dessas vc vai mudar de opinião.
E alem disso, ela disse que o proprietário não sabe informar, então qual é sua sugestão, ja que o proprietário nao sabe informar??

Fabiana Gomes

Fabiana Gomes

Bronze DIVISÃO 4 , Assistente Contabilidade
há 15 anos Sexta-Feira | 19 junho 2009 | 15:34

Muito Obrigada Ricardo por vc me atentar aos principios, mas na contabilidade o auxilio do proprietário da empresa é priomordial para uma contabilidade exemplar, as vezes muitos sao desatentos e por mais que o contador se esforce em deixar claro as informações por mais que tentamos ser fieis aos principios existem informações que apesar de nao termos documentos em mãos podemos soluciona-las ( não podemos obrigar nossos clientes a se lembrar do fato ocorrido podemos apenas lembra-lo da importancia e necessidade de guardar todas as documentações, que infelizmente muitas vezes deixa por despercebido)

Eu entendo a sua argumentação obrigada por me auxiliar..infelizmente muitos proprietarios nao conhece a importancia da contabilidade...mas estamos sempre informando, mostrando os problemas que podem acarretar, das dificuldades que o contador possui.

CONTADOR SOFRE...rsrs

Editado por Fabiana Gomes em 19 de junho de 2009 às 15:36:11

Ricardo C. Gimenez
Moderador

Ricardo C. Gimenez

Moderador , Assessor(a) Contabilidade
há 15 anos Sexta-Feira | 19 junho 2009 | 16:31

Boa tarde, Karin


É óbvio, que se tivesse condições, eu lançaria na conta correta e faria a coisa corretamente

Visto que "condições" nem sempre são fatos que recebemos de agentes externos, facilmente é possível validar uma expressão de domínio popular:

"Oportunidades não se esperam, e sim, são criadas"

É com base neste raciocínio que se diferenciam as pessoas que trabalham em função do crescimento profissional (e crescem) das pessoas que trabalham em função do salário (e não crescem).

mas acho então que vc não está acostumado com esse tipo de cliente, quando vc tiver uma bucha dessas vc vai mudar de opinião

Saiba, cara Karin, que quando você nasceu eu já trabalhava em escritórios há pelo menos 3 anos. Deste modo conclui-se que não trabalhei com "clientes deste tipo", e sim, com clientes piores que estes.

Portanto, não há "buchas" ou "clientes complicados", e sim profissioanais qualificados frente a escritórios bem estruturados que saibam bem assessorar sua clientela no intuito de otimizar seus trabalhos visando perfeita consonância com as disposições legais e também doutrinárias do exercício profissinal.

Minha sugestão é simples: trabalhar certo e cobrar isto também de meu superior, pois mais vale o meu valor profissional do que o ordenado que recebo mensalmente.

Logo, não mudo de opinião porque a contabilidade é voltada ao patrimônio da entidade e não ao bel-prazer e desmandos de seu proprietário.

Saudações

Prof. Ricardo
Professor público de matemática
Contador
Marceneiro de fim de semana
Karin

Karin

Prata DIVISÃO 1 , Auxiliar Contabilidade
há 15 anos Sexta-Feira | 19 junho 2009 | 16:58

Ainda não me desse a conta que deverá ser lançada a tal despesa referida.

E por favor, isso é um fórum para discutirmos sobre contabilidade, ouvir opiniões e juntos chegarmos ao correto, não leve para o lado pessoal, se eu trabalho por meu salário no fim do mes ou não é problema meu. Alias, se for por isso trabalhe de graça então.

Abraços.

Ricardo C. Gimenez
Moderador

Ricardo C. Gimenez

Moderador , Assessor(a) Contabilidade
há 15 anos Sexta-Feira | 19 junho 2009 | 17:55

Boa tarde, Karin


Considerando que este Fórum é destinado a debates públicos, convenhamos que quem está levando para o lado pessoal é você (basta analisar seus dizeres agressivos).

Ainda não me desse a conta que deverá ser lançada a tal despesa referida.

Esta "conta" já está implícita em minha inha opinião já foi registrada logo acima, ou seja, só é possível contabilizar corretamente algo quando o contabilista souber do que se trata. (e preferencialmente com base em documentos hábeis legalmente aceitos)

Em termos profissionais convém dizer que enquanto o cliente alegar "não saber" do que se trata nunca será possível simplesmente lançar o valor em uma conta qualquer.

Aí entra a capacidade de solução de problemas do profissional: Se por telefone ou fax não for possível resolver, a única saída será então instruí-lo detalhadamente pedindo satisfações , por escrito e mediante protocolo para resguardar-se de possíveis "efeitos colaterais" futuros, pois legalmente um contabilista é co-responsável ao(s) proprietário(s) da empresa quanto aos registros contábeis. Se isto não for de minha competência, então apresento os termos ao meu chefe ou ao meu patrão.

Falando em opiniões, conforme suas palavras, enquanto a minha opinião é fundamentada em determinações legais e doutrinárias, a sua é no clássico "jeitinho" (e sem fundamentação).

se eu trabalho por meu salário no fim do mes ou não é problema meu. Alias, se for por isso trabalhe de graça então

Visto que o Fórum é público, falei de modo generalizado, e em nenhum momento falei sobre sua pessoa. Não compreendo a razão de você ter se utilizado de palavras tão ásperas desta maneira.

Na certeza de ter contribuído positivamente com seu enriquecimento profissional, registro saudações.


Bom trabalho

PS:
Na condição de Moderador, e em nome do Fórum Contábeis, solicito que você avalie e meça bem suas próprias palavras ao retorquir postagens que forem contrárias à sua opinião, pois somente desta maneira um debate pode ser próspero, e suas palavras ultimamente empregadas passam um péssimo aspecto ao debate.
Grato pela compreensão e colaboração.

Prof. Ricardo
Professor público de matemática
Contador
Marceneiro de fim de semana

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