Projetos para orquestra sem CNPJ

Boa tarde!

Faço parte de uma orquestra que é também projeto de extensão de uma universidade federal (dois dos músicos são professores da instituição e existem bolsas para alguns alunos, mas não sei exatamente qual o real vínculo entre a orquestra e a Unirio - a maioria dos músicos é de profissionais e de não-alunos ).

Estou querendo produzir projetos de concertos e espetáculos para a orquestra, que não possui entidade legal, e gostaria de saber se eu, como pessoa física, posso emitir RPAs em nome da orquestra e como poderia acontecer captação de recursos e financiamentos, ou se para isso seria necessário a criação de um CNPJ.

Gostaria de contactar um contador no RJ com enfoque em produção cultural para me auxiliar!


Gratíssima!


Júlia

Bom dia Junia.

Poder emitir os RPAs você pode, mas torna-se muito oneroso.

Seria interessante você abrir um CNPJ para tal.

att

Olá novamente! Muito obrigada pela resposta.

Acabou que estou de fato optando pela abertura de um CNPJ.
Queria saber mais sobre abrirmos uma Associação cultural (acho que o cnae é 9493-6/00).

Minha dúvida é: qual o custo mensal de uma associação, quando não há dinheiro entrando, seja por doação, ou por serviço?
É necessário um contador mensal ou apenas 1x por ano, pra prestação?

A principal ideia é, possuindo um CNPJ, poder inscrever projetos na lei rouanet, editais de ISS e ICMS, e poder cobrar cachê pelos nossos concertos. O cachê não iria para remuneração dos músicos - pra você ter ideia, nossos instrumentos são de época, as cordas dos violinos são de tripa e custam uma fortuna, então o cachê serviria para a manutenção da própria orquestra, e claro, custos administrativos e de produção dos projetos caso sejam aprovados.


Seria nossa melhor solução? Abrir uma associação sem fins lucrativos na área cultural?


Continuo querendo um contato de um contador no RJ que manje de projetos culturais! rsrs

Boa tarde Julia.

Os custos variam e vai depender muito de algumas decisões: vocês alugarão sede? divulgarão seu trabalho? gastarão com agua, luz e telefone?

A parte tributaria se você é uma entidade sem fins lucrativos em principio não pagara os tributos sobre o faturamento na esfera federal.

Mas há de se ressaltar que a isenção de INSS deve ser solicitada a parte e depende da atividade e a finalidade. Não quer dizer que ser sem fins lucrativos que já sairá com a isenção.

A isenção se deve ser pedida nas esferas municipal e estadual. Mas vale para o que eu citei acima.

Ah o contador.... se nosso trabalho se restringisse a atuar 1X por ano....... Minha amiga as obrigações de qualquer entidade, empresa, igreja ou o que valha são mensais. Lembrando que não é so preencher guias.

Agora qual a melhor forma de atuação é um caso que merece estudo para faze-lo.

att

Olá novamente!
Não, não teríamos sede, nem despesas como contas, ou funcionários. As únicas despesas seriam relacionadas aos projetos artísticos, que contariam com um serviço de contabilidade ligado ao projeto, e não à associação. por isso perguntei da despesa com contador....

Claro que, com os projetos acontecendo e havendo necessidade, seria ideal e super almejado contarmos com um contador mensal. Mas minha dúvida é se é uma exigência legal que uma associação tenha um contador mensal, ou não, já que corre o risco de só entrar 5 mil reais na conta da associação em um ano.... Entende a minha dúvida?

Obrigada!

Júlia,

Na verdade o profissional contábil é uma figura indispensável para a manutenção do negócio, seja com ou sem fins lucrativos. Existem obrigações a serem cumpridas para o fisco a todo tempo, além da escrituração contábil em si, que é obrigatória a todas as entidades.

Além da parte burocrática, a contabilidade de qualquer negócio serve para fornecimento de informação para a tomada de decisão. Os números ajudam, e são cruciais para saber a hora de tocar ou não determinado projeto, investir ou não na aquisição de algo, enfim, infinitas possibilidades.