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Depreciação X subvenção

ricardo castro

Ricardo Castro

Iniciante DIVISÃO 1 , Administrador(a) Empresas
há 8 semanas Terça-Feira | 25 fevereiro 2025 | 17:20

Pessoal, boa tarde!

Estou avaliando a exatidão do calculo de depreciação da instituição em que eu trabalho, uma organização social, sem fins lucrativos, que administra bens publicos.
Constatei em minha analise que a depreciação acumulada de parte dos ativos está incorreta, aproximadamente R$ 300k. (embora a taxa de depreciação esteja correta, o valor dos itens foi cadastrado incorretamente no sistema contabil , provocando o efeito sobre a depreciação)

A área contabil afirmou que o efeito desse erro é "neutralizado" por conta do efeito que a subvenção possui registrada no nosso balanço (passivo).

eu não sou contador e a explicação me pareceu um pouco evasiva. Isso faz sentido?

de fato não existe efeito direto deste registro incorreto da depreciação?

MARCIO

Marcio

Prata DIVISÃO 3 , Contador(a)
há 6 semanas Domingo | 9 março 2025 | 14:29

No âmbito das organizações do terceiro setor que administram bens públicos por meio de subvenções, é comum que parte do imobilizado seja adquirida com recursos oriundos de convênios ou aportes governamentais, registrando-se contrapartida no passivo (subvenção). Nesse cenário, a depreciação costuma reduzir não apenas o valor contábil do ativo, mas também a subvenção correlata, o que, em tese, compensaria os efeitos na demonstração do resultado. Porém, isso não significa que eventuais erros de valorização e cálculo de depreciação sejam simplesmente “neutralizados” sem consequências.
O valor contábil do ativo e a depreciação acumulada indiretas podem afetar a fidedignidade das projeções contábeis, além de impactar indicadores e análises patrimoniais. Ainda que haja certa compensação com a subvenção registrada no passivo, a correção do valor do imobilizado (conforme CPC 27 – Ativo Imobilizado e normas correlatas) é necessária para refletir especificamente a realidade econômica, sob pena de possíveis divergências em auditorias e avaliações por órgãos de controle.
Diante disso, a melhor prática é proceder ao ajuste contábil, correndo-se o risco de, ao deixar o acidente, transmitir uma imagem patrimonial equivocada. Dessa forma, mesmo que “aparentemente” não gere impacto imediato no resultado, o reconhecimento correto do valor do ativo e da depreciação acumulada é fundamental para garantir a transparência, a coerência com as normas contábeis e a conformidade com os princípios da legalidade e boa gestão de recursos públicos.

Marcio L. Diniz
61-98513-4992

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