Cara Ana Júlia e demais colegas...
Indagação aparentemente simples, mas bastante intrigante essa sua.
Digo isso porque normalmente ao contabilizarmos, há a prática empírica de que os lançamentos devem começar pelos débitos para em seguida efetuar lançamentos dos créditos.
Mas por quê?
Vale algumas ponderações:
a - O nosso plano de contas começa pelas contas devedoras (com exceções das contas redutoras), depois vêm as credoras;
b - Lembremos do famoso razonete, também dividido em D e C, também nessa seqüência;
c - As quatro fórmulas de escrituração aprovadas no I Congresso Brasileiro de contabilidade, realizado em 1924, baseadas no método das partidas dobradas diz que:
1ª fórmula: um débito para cada débito
2º fórmula: um débito e vários créditos
3ª fórmula: vários débitos e um crédito
4ª fórmula: vários débitos e vários créditos.
E para entender melhor essa questão por você mencionada, devemos então falar do Frei Luca Pacioli, considerado o pai da contabilidade, cujas partidas dobradas, foram pelo mesmo descritas inicialmente no longínquo ano de 1494. Sobre a questão, expôs a terminologia adaptada:
.
"Per " , mediante o qual se reconhece o devedor;
"A " , pelo qual se reconhece o credor.
Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática essa adotada nas escriturações contábeis até os dias de hoje.
Então, é por conta do Frei Luca Pacioli que nas escriturações contábeis, os lançamentos a débito devem vir primeiro.
Att
Hugo.