Trabalho e Previdência
LEI
COMPLEMENTAR 139, DE 10-11-2011
(DO-U DE 11-11-2011)
CONTRATO DE TRABALHO
Interrupção
Sancionada lei que permite substituição de empregado do MEI nos casos de afastamento
O
referido ato, cuja íntegra encontra-se divulgada no Fascículo 45/2011
do Colecionador de IR, altera dispositivos da Lei Complementar 123, de 14-12-2006
(Portal COAD), promovendo mudanças no Simples Nacional.
Dentre as alterações destacamos:
a partir de 2012, o limite de faturamento do MEI Microempreendedor
Individual passa de R$ 36.000,00 para R$ 60.000,00 por ano;
para os casos de afastamento legal do único empregado do MEI, será
permitida a contratação de outro empregado, inclusive por prazo determinado,
até que cessem as condições de afastamento;
quando na contratação de MEI para prestar serviços de
hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção
ou reparo de veículos estiverem presentes os elementos da relação
de emprego, a contratante fica sujeita a todas as obrigações dela
decorrentes, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias;
caberá ao CGSN Comitê Gestor do Simples Nacional a exigência
de certificação digital por parte do MEI para cumprimento de obrigações
principais e acessórias, inclusive para recolhimento do FGTS;
dispensa, a partir de 2012, a apresentação da Rais Relação
Anual de Informações Sociais pelo microempreendedor individual.
A seguir, transcrevemos alguns artigos da Lei Complementar 139/2011, relativos
à matéria divulgada neste Colecionador:
................................................................................................................................
Art. 1º Os arts. 4º, 9º, 16, 18-B, 18-C,
21, 24, 26, 29, 32, 33, 34 e 39 da Lei Complementar nº 123, de 14
de dezembro de 2006, passam a vigorar com as seguintes alterações:
.................................................................................................................................
Art. 18-B ................................................................................................................
Remissão COAD: Lei Complementar 123/2006
Art. 18-B A empresa contratante de serviços executados por intermédio do MEI mantém, em relação a esta contratação, a obrigatoriedade de recolhimento da contribuição a que se refere o inciso III do caput e o § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e o cumprimento das obrigações acessórias relativas à contratação de contribuinte individual.
Esclarecimento COAD: O inciso III do caput do artigo 22 da Lei 8.212/91 (Portal COAD) trata do recolhimento da contribuição previdenciária a cargo da empresa de 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços.
Já o § 1º do artigo 22 da Lei 8.212/91 determina que no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além da contribuição patronal de 20% sobre a remuneração dos contribuintes individuais que lhe prestem serviços, é devida a contribuição adicional de 2,5%, totalizando 22,5%.
§ 1º
Aplica-se o disposto no caput em relação ao MEI que
for contratado para prestar serviços de hidráulica, eletricidade,
pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos.
§ 2º O disposto no caput e no § 1º
não se aplica quando presentes os elementos da relação de emprego,
ficando a contratante sujeita a todas as obrigações dela decorrentes,
inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias." (NR)
Art. 18-C ................................................................................................................
Remissão COAD: Lei Complementar 123/2006
Art. 18-C Observado o disposto no art. 18-A, e seus parágrafos, desta Lei Complementar, poderá se enquadrar como MEI o empresário individual que possua um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário-mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.
Esclarecimento COAD: O artigo 18-A da Lei Complementar 123/2006 define MEI e dispõe sobre as condições para opção pelo Simei Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional.
§ 1º
Na hipótese referida no caput, o MEI:
I deverá reter e recolher a contribuição previdenciária
relativa ao segurado a seu serviço na forma da lei, observados prazo e
condições estabelecidos pelo CGSN;
II é obrigado a prestar informações relativas ao segurado
a seu serviço, na forma estabelecida pelo CGSN; e
III está sujeito ao recolhimento da contribuição de que
trata o inciso VI do caput do art. 13, calculada à alíquota
de 3% (três por cento) sobre o salário de contribuição previsto
no caput, na forma e prazos estabelecidos pelo CGSN.
Esclarecimento COAD: O inciso VI do caput do artigo 13 da Lei Complementar 123/2006 refere-se à Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da empresa, inclusive bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas.
§ 2º
Para os casos de afastamento legal do único empregado do MEI, será
permitida a contratação de outro empregado, inclusive por prazo determinado,
até que cessem as condições do afastamento, na forma estabelecida
pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
§ 3º O CGSN poderá determinar, com relação
ao MEI, a forma, a periodicidade e o prazo:
I de entrega à Secretaria da Receita Federal do Brasil de uma única
declaração com dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo
e valores dos tributos previstos nos arts. 18-A e 18-C, da contribuição
para a Seguridade Social descontada do empregado e do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS), e outras informações de interesse do Ministério
do Trabalho e Emprego, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Conselho
Curador do FGTS, observado o disposto no § 7º do art. 26;
II do recolhimento dos tributos previstos nos arts. 18-A e 18-C, bem
como do FGTS e da contribuição para a Seguridade Social descontada
do empregado.
§ 4º A entrega da declaração única de que
trata o inciso I do § 3º substituirá, na forma regulamentada
pelo CGSN, a obrigatoriedade de entrega de todas as informações, formulários
e declarações a que estão sujeitas às demais empresas ou
equiparados que contratam empregados, inclusive as relativas ao recolhimento
do FGTS, à Relação Anual de Informações Sociais (Rais)
e ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
§ 5º Na hipótese de recolhimento do FGTS na forma
do inciso II do § 3º, deve-se assegurar a transferência
dos recursos e dos elementos identificadores do recolhimento ao gestor desse
fundo para crédito na conta vinculada do trabalhador." (NR)
.................................................................................................................................
Art. 26 ..................................................................................................................
Remissão COAD: Lei Complementar 123/2006
Art. 26 As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas a:
I emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções expedidas pelo Comitê Gestor;
.................................................................................................................................
§ 7º Cabe ao CGSN dispor sobre a exigência da certificação
digital para o cumprimento de obrigações principais e acessórias
por parte da microempresa, inclusive o MEI, ou empresa de pequeno porte optante
pelo Simples Nacional, inclusive para o recolhimento do FGTS." (NR)
.................................................................................................................................
Art. 2º Os arts. 1º, 3º, 17, 18, 18-A,
19, 20, 25, 30, 31, 41 e 68 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro
de 2006, passam a vigorar com as seguintes alterações:
.................................................................................................................................
Art. 18-A ..............................................................................................................
§ 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se
MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta,
no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil
reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar
pela sistemática prevista neste artigo.
Remissão COAD: Lei 10.406/2002 (Portal COAD)
Art. 966 Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
§ 2º
No caso de início de atividades, o limite de que trata o § 1º
será de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) multiplicados pelo número
de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo
ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês
inteiro.
§ 3º ........................................................................................................................
Remissão COAD: Lei Complementar 123/2006
Art. 18-A ........................................................................................................
§ 3º Na vigência da opção pela sistemática de recolhimento prevista no caput deste artigo:
.................................................................................................................................
VI sem prejuízo do disposto nos §§ 1º a 3º
do art. 13, o MEI terá isenção dos tributos referidos nos incisos
I a VI do caput daquele artigo, ressalvado o disposto no art. 18-C.
Remissão COAD: Lei Complementar 123/2006
Art. 13 O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:
I Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica IRPJ;
II Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;
III Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL;
IV Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;
V Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;
VI Contribuição Patronal Previdenciária CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar;
..........................................................................................................................
§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
I Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários IOF;
II Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros II;
III Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados IE;
IV Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ITR;
V Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável;
VI Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente;
.........................................................................................................................
VIII Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS;
IX Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador;
X Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual;
XI Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas;
XII Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens e serviços;
XIII ICMS devido:
........................................................................................................................
XIV ISS devido:
..........................................................................................................................
§ 2º Observada a legislação aplicável, a incidência do imposto de renda na fonte, na hipótese do inciso V do § 1º deste artigo, será definitiva.
§ 3º As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo.
.................................................................................................................................
§ 4º-A Observadas as demais condições deste
artigo, poderá optar pela sistemática de recolhimento prevista no
caput o empresário individual que exerça atividade de comercialização
e processamento de produtos de natureza extrativista.
§ 4º-B O CGSN determinará as atividades autorizadas
a optar pela sistemática de recolhimento de que trata este artigo, de forma
a evitar a fragilização das relações de trabalho, bem como
sobre a incidência do ICMS e do ISS.
.................................................................................................................................
§ 13 O MEI está dispensado, ressalvado o disposto no art.
18-C desta Lei Complementar, de:
I atender o disposto no inciso IV do caput do art. 32 da Lei nº 8.212,
de 24 de julho de 1991;
Remissão COAD: Lei 8.212/91
Art. 32 A empresa é também obrigada a:
..........................................................................................................................
IV declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS;
II
apresentar a Relação Anual de Informações Sociais
(Rais); e
III declarar ausência de fato gerador para a Caixa Econômica
Federal para emissão da Certidão de Regularidade Fiscal perante o
FGTS.
.................................................................................................................................
§ 15 A inadimplência do recolhimento do valor previsto
na alínea a do inciso V do § 3º tem como consequência
a não contagem da competência em atraso para fins de carência
para obtenção dos benefícios previdenciários respectivos.
Esclarecimento COAD: A alínea a do inciso V do § 3º do artigo 18-A da Lei Complementar 123/2006 refere-se à contribuição previdenciária relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual.
§ 16
O CGSN estabelecerá, para o MEI, critérios, procedimentos,
prazos e efeitos diferenciados para desenquadramento da sistemática de
que trata este artigo, cobrança, inscrição em dívida ativa
e exclusão do Simples Nacional.
§ 17 A alteração de dados no CNPJ informada pelo
empresário à Secretaria da Receita Federal do Brasil equivalerá
à comunicação obrigatória de desenquadramento da sistemática
de recolhimento de que trata este artigo, nas seguintes hipóteses:
I alteração para natureza jurídica distinta de empresário
individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 (Código Civil);
II inclusão de atividade econômica não autorizada pelo
CGSN;
III abertura de filial." (NR)
.................................................................................................................................
Art. 68 Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação
do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 (Código Civil), o empresário individual caracterizado como
microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual
até o limite previsto no § 1º do art. 18-A. (NR)
Esclarecimentos COAD: Os artigos 970 e 1.179 da Lei 10.406/2002 dispõem, respectivamente, o seguinte:
a) a lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes;
b) dispensa o pequeno empresário, mencionado na letra a, de seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar, anualmente, o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Já o § 1º do artigo 18-A da Lei Complementar 123/ 2006, na redação dada pela Lei Complementar 139/ 2011, determina que o limite de receita bruta para o microempreendedor individual optante pelo Simples Nacional é de até R$ 60.000,00, no ano-calendário anterior.
.................................................................................................................................
Art. 5º O Poder Executivo fará publicar no
Diário Oficial da União, no mês de janeiro de 2012, a íntegra
da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, com as alterações
resultantes das Leis Complementares nos 127, de 14 de agosto de 2007,
128, de 19 de dezembro de 2008, 133, de 28 de dezembro de 2009, e as resultantes
desta Lei Complementar.
.................................................................................................................................
Art. 7º Esta Lei Complementar entra em vigor na
data de sua publicação, exceto quanto aos arts. 2º a 4º,
os quais produzirão efeitos a partir de 1º de janeiro de 2012.
O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.
Utilizamos cookies para ajudar a melhorar a sua experiência de utilização. Ao utilizar o website, você confirma que aceita a sua utilização. Conheça a nossa política de utilização de cookies
1999 - 2025 Contábeis ® - Todos os direitos reservados. Política de privacidade