Trabalho e Previdência
        
        INSTRUÇÃO    NORMATIVA 99 SIT, DE 23-8-2012
   (DO-U DE 24-8-2012)
   – c/ Retificação no DO-U de 30-8-2012 –
Alterada pela Instrução Normativa 106 SIT, DE 23-4-2014 (DO-U DE 24-4-2014) 
Alterada pela Instrução Normativa 115 SIT, de 19-11-2014 (DO-U DE 20-11-2014)
    FISCALIZAÇÃO
   Normas 
Editadas novas normas de fiscalização do FGTS e das Contribuições Sociais da LC 110/2001
=> Neste ato podemos destacar:
– o AFT – Auditor Fiscal do Trabalho deve notificar o empregador, por meio de NAD – Notificação para Apresentação de Documentos, para apresentar livros e documentos necessários ao desenvolvimento da ação fiscal, inclusive a apresentação em mídia e formatos acessíveis à fiscalização;
– o AFT também pode adotar o procedimento de fiscalização indireta, onde serão notificados os empregadores com indício de débito constatado em consultas aos sistemas informatizados disponíveis à fiscalização do trabalho;
– constitui verba de natureza salarial, devendo ser recolhido o FGTS, o tempo de reserva, pago a razão de 30% da hora normal, pelo tempo que exceder a jornada normal de trabalho em que o motorista de transporte de cargas em longa distância estiver em repouso no veículo em movimento;
– não integra a remuneração para fins de recolhimento do FGTS, o tempo de espera, pago com base no salário-hora normal acrescido de 30%, correspondente as horas que excederem à jornada normal de trabalho do motorista de transporte rodoviário de cargas que ficar aguardando para carga ou descarga do veículo;
– nos casos de terceirização, ao constatar ser irregular o fornecimento de mão de obra, será atribuído ao tomador do serviço a responsabilidade pelo vínculo empregatício dos trabalhadores, devendo o AFT expedir notificação de débito de FGTS e Contribuição Social contra o tomador;
– as normas da Instrução Normativa 99 SIT/2012, que entra em vigor em 10-9-2012, aplicam-se às microempresas e empresas de pequeno porte naquilo em que não forem incompatíveis com as disposições legais especiais;
– fica revogada a Instrução Normativa 84 SIT, 13-7-2010 (Fascículos 28 e 29/2010).
    A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO, no exercício da competência    prevista nos incisos VI e XIII do art. 1º, do Anexo VI, da Portaria nº 483,    de 15 de setembro de 2004 e tendo em vista o disposto no art. 1º da Lei    nº 8.844, de 20 de janeiro de 1994, art. 23 da Lei nº 8.036,    de 11 de maio de 1990, art. 54 do Decreto nº 99.684, de 8 de novembro    de 1990, art. 3º da Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de    2001, no art. 6º do Decreto nº 3.914, de 11 de setembro de 2001,    no art. 31 da Lei nº 9.491, de 9 de setembro de 1997 e no art. 9º    do Decreto nº 2.430, de 17 de dezembro de 1997, RESOLVE: 
   Art. 1º – O Auditor Fiscal do Trabalho – AFT,    na fiscalização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço –    FGTS e das Contribuições Sociais – CS, deve observar o disposto    nesta instrução normativa. 
    CAPÍTULO I
   Da Fiscalização 
       Art.    2º – Cabe à Secretaria de Inspeção do Trabalho    – SIT definir os projetos nos quais deve ser obrigatória, em todas    as ações fiscais, a inclusão dos atributos relacionados à    verificação de regularidade dos recolhimentos do FGTS, das CS e da    formalização do vínculo de emprego nas ordens de serviço    – OS. 
   § 1º – O período mínimo a ser fiscalizado deve    ter como início e término, respectivamente, a primeira competência    não inspecionada e a penúltima competência exigível, definida    por ocasião do encerramento da ação fiscal, facultando-se ao    AFT atingir até a última. 
   § 2º – Se durante a ação fiscal o AFT constatar    indício de débito não notificado, a fiscalização deve    retroagir a outros períodos, para fins de levantamento de débito.    
   Art. 3º – O AFT deve notificar o empregador, por    meio de Notificação para Apresentação de Documentos –    NAD, para apresentar livros e documentos necessários ao desenvolvimento    da ação fiscal, inclusive a apresentação em mídia e    formatos acessíveis à fiscalização, arquivos digitais, em    meio magnético ou eletrônico, quando mantidos pelo empregador e quando    entender serem necessários ao exercício de suas atribuições    legais. 
   § 1º – O AFT deve observar o critério da dupla visita    para a lavratura de autos de infração, na forma do art. 627 da Consolidação    das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452,    de 1º de maio de 1943, do art. 6º, § 3º, da Lei nº 7.855,    de 24 de outubro de 1989, e do art. 55, § 1º, da Lei Complementar    nº 123, de 14 de dezembro de 2006, não se aplicando este critério    para a emissão das notificações de débito.      
Remissões COAD: Decreto-Lei 5.452/43 – CLT – Consolidação das Leis do Trabalho (Portal COAD)
“Art. 627 – A fim de promover a instrução dos responsáveis no cumprimento das leis de proteção do trabalho, a fiscalização deverá observar o critério de dupla visita nos seguintes casos:
a) quando ocorrer promulgação ou expedição de novas leis, regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que, com relação exclusivamente a esses atos, será feita apenas a instrução dos responsáveis;
b) em se realizando a primeira inspeção dos estabelecimentos ou dos locais de trabalho, recentemente inaugurados ou empreendidos.”
• Lei 7.855/89 (Portal COAD)
Art. 6º – O valor das multas não recolhidas no prazo previsto no § 3º do art. 636 da CLT será atualizado monetariamente pelo BTN Fiscal, acrescido de juros de mora de um por cento ao mês calendário, na forma da legislação aplicada aos tributos federais, até a data do seu efetivo pagamento.
..........................................................................................................................
§ 3º – Será observado o critério de dupla visita nas empresas com até dez empregados, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado, anotação de sua Carteira de Trabalho e Previdência Social e na ocorrência de fraude, resistência ou embaraço à fiscalização.
.......................................................................................................................... ”
• Lei Complementar 123/2006 (Portal COAD)
Art. 55 – A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental e de segurança, das microempresas e empresas de pequeno porte deverá ter natureza prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento.
§ 1º – Será observado o critério de dupla visita para lavratura de autos de infração, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização.
.......................................................................................................................... ”
    § 2º – Em caso de fiscalização de empregador que    adote controle único e centralizado de documentos sujeitos à inspeção    do trabalho, o AFT deve solicitar a comprovação da regularidade dos    recolhimentos do FGTS e CS por estabelecimento, nos termos dos artigos 18 a    24 desta instrução normativa. 
   § 3º – O controle único e centralizado de documentos    é aquele efetuado em apenas um estabelecimento da empresa, ressalvados    os documentos que, obrigatoriamente, devam permanecer em cada local de trabalho.    
   § 4º – O termo empregador refere-se também àquele    a quem a lei determinar a obrigação do recolhimento. 
   Art. 4º – O AFT pode examinar livros contábeis,    fiscais e outros documentos de suporte à escrituração das empresas,    assim como apreender documentos, arquivos digitais, materiais, livros e assemelhados,    para a verificação da existência de fraudes e irregularidades,    mediante termo lavrado de acordo com a Instrução Normativa nº 89,    de 2 de março de 2011. 
Esclarecimento COAD: A Instrução Normativa 89 SIT/2011 (Fascículo 10/2011) determina que os materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados podem ser apreendidos pelo AFT – Auditor-Fiscal do Trabalho, nas hipóteses em que o acesso ou a posse do empregador possa prejudicar a apuração das irregularidades ou o objeto seja indício de crime. O Auto de Apreensão e Guarda a ser lavrado pelo AFT deve ser emitido em 3 vias, sendo a 1ª via para dar início ao processo administrativo, a 2ª via para ser entregue ao autuado e a 3ª via para controle do AFT.
Parágrafo único – Caso constate indícios de fraude, o AFT, sem prejuízo da ação fiscal, deve informá-los à chefia imediata, por meio de relatório.
    CAPÍTULO II
   Do FGTS e da Contribuição Social sobre a Remuneração Mensal    do Trabalhador 
Do Procedimento de Verificação do Recolhimento
Art.    5º – O AFT deve verificar o recolhimento do FGTS e da CS    incidentes sobre a remuneração paga ou devida aos trabalhadores, nos    seguintes percentuais, estabelecidos em lei: 
   I – FGTS, à alíquota de oito por cento; 
   II – Contribuição Social prevista no art. 2º da Lei Complementar    nº 110, de 2001, à alíquota de cinco décimos por cento.    
Esclarecimento COAD: O artigo 2º da Lei Complementar 110/2001 (Informativo 27/2001) dispõe sobre a contribuição social devida pelos empregadores, à alíquota de 0,5% sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada trabalhador.
       § 1º    – Na verificação do recolhimento do FGTS prevista no inciso I,    o AFT deve observar ainda os seguintes percentuais: 
   a) nos contratos de aprendizagem previstos no art. 428 da CLT, o percentual    de dois por cento; 
   b) no período de fevereiro de 1998 a janeiro de 2003, o percentual de dois    por cento a oito por cento nos contratos por prazo determinado instituídos    pela Lei nº 9.601, de 21 de janeiro de 1998.      
Esclarecimento COAD: A Lei 9.601/98 (Portal COAD) estabeleceu que as convenções e os acordos coletivos de trabalho podem instituir contrato de trabalho, por prazo determinado, em qualquer atividade desenvolvida pela empresa ou estabelecimento, para admissões que representem acréscimo no número de empregados.
§ 2º – É devido o depósito do FGTS, excluída a indenização compensatória, na conta vinculada do trabalhador, cujo contrato de trabalho seja declarado nulo, nos termos do art. 37, § 2º, da Constituição Federal, quando reconhecido o direito à percepção do salário.
Esclarecimento COAD: Constituição Federal de 1988 (Portal COAD)
Art. 37 – A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
..........................................................................................................................
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
..........................................................................................................................
§ 2º – A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
.......................................................................................................................... ”
       Art.    6º – A verificação a que se refere o art. 5º    deve ser realizada inclusive nas hipóteses em que o trabalhador se afaste    do serviço, por força de lei ou de acordo, mas continue percebendo    remuneração ou contando o tempo de afastamento como de serviço    efetivo, tais como:                                         
   I –    serviço militar obrigatório; 
   II – primeiros quinze dias de licença para tratamento de saúde,    exceto no caso de concessão de novo benefício decorrente da mesma    doença, dentro de sessenta dias contados da cessação do benefício    anterior, de acordo com o previsto no § 3º do art. 75 do Decreto    nº 3.048, de 6 de maio de 1999; 
   III – licença por acidente de trabalho; 
   IV – licença-maternidade; 
   V – licença-paternidade; 
   VI – gozo de férias; 
   VII – exercício de cargo de confiança; e 
   VIII – demais casos de ausências remuneradas. 
   Art. 7º – Para verificação da CS mensal,    deve ser considerado o período de janeiro de 2002 a dezembro de 2006, observando-se    ainda as hipóteses de isenção previstas no § 1º    do art. 2º da Lei Complementar nº 110, de 2001. 
Remissão COAD: Lei Complementar 110/2001
“Art. 2º – Fica instituída contribuição social devida pelos empregadores, à alíquota de cinco décimos por cento sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas as parcelas de que trata o art. 15 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990.
§ 1º – Ficam isentas da contribuição social instituída neste artigo:
I – as empresas inscritas no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES, desde que o faturamento anual não ultrapasse o limite de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais);
II – as pessoas físicas, em relação à remuneração de empregados domésticos; e
III – as pessoas físicas, em relação à remuneração de empregados rurais, desde que sua receita bruta anual não ultrapasse o limite de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais).”
§ 1º    – Para a apuração do benefício da isenção previsto    no inciso I do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 110,    de 2001, deve ser considerado o limite de um milhão e duzentos mil reais    de faturamento anual, independentemente da receita bruta exigida para inscrição    no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições    das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES. 
   § 2º – Descaracteriza a isenção qualquer documentação    que comprove faturamento superior ao limite estabelecido no § 1º    
Da Identificação da Base de Cálculo
Art.    8º – Consideram-se de natureza salarial, para fins do disposto    no art. 5º, as seguintes parcelas, além de outras identificadas pelo    caráter de contraprestação do trabalho: 
   I – o salário-base, inclusive as prestações in natura;    
   II – as horas extras; 
   III – os adicionais de insalubridade, periculosidade e do trabalho noturno;    
   IV – o adicional por tempo de serviço; 
   V – o adicional por transferência de localidade de trabalho; 
   VI – o salário-família, no que exceder o valor legal obrigatório;    
   VII – o abono ou gratificação de férias, desde que excedente    a vinte dias do salário, concedido em virtude de cláusula contratual,    de regulamento da empresa, ou de convenção ou acordo coletivo; 
   VIII – o valor de um terço do abono constitucional das férias;    
   IX – as comissões; 
   X – as diárias para viagem, pelo seu valor global, quando excederem    a cinquenta por cento da remuneração do empregado, desde que não    haja prestação de contas do montante gasto; 
   XI – as etapas, no caso dos marítimos; 
   XII – as gorjetas; 
   XIII – a gratificação de natal, seu valor proporcional e sua    parcela incidente sobre o aviso-prévio indenizado, inclusive na extinção    de contrato a prazo certo e de safra, e a gratificação periódica    contratual, pelo seu duodécimo; 
   XIV – as gratificações ajustadas, expressa ou tacitamente, tais    como de produtividade, de balanço, de função ou por exercício    de cargo de confiança; 
   XV – as retiradas de diretores não empregados, quando haja deliberação    da empresa, garantindo-lhes os direitos decorrentes do contrato de trabalho;    
   XVI – o valor a título de licença-prêmio; 
   XVII – o valor pelo repouso semanal remunerado; 
   XVIII – o valor pelos domingos e feriados civis e religiosos trabalhados,    bem como o valor relativo à dobra em razão de feriados trabalhados,    não compensados; 
   XIX – o valor a título de aviso-prévio, trabalhado ou indenizado;    
   XX – o valor a título de quebra de caixa. 
   XXI – o valor do tempo de reserva, nos termos do § 6º do    art. 235-E da CLT. 
Esclarecimento COAD: O § 6º do artigo 235-E da CLT estabelece que nos casos em que o empregador adotar revezamento de motoristas, em transporte rodoviário de cargas em longa distância, trabalhando em dupla no mesmo veículo, o tempo que exceder a jornada normal de trabalho em que o motorista estiver em repouso no veículo em movimento será considerado tempo de reserva e será remunerado na razão de 30% da hora normal.
       Parágrafo    único – As contribuições mencionadas no art. 5º também    incidirão sobre: 
   I – o valor contratual mensal da remuneração do empregado afastado    na forma do art. 6º desta IN, inclusive sobre a parte variável, calculada    segundo os critérios previstos na CLT e na legislação esparsa,    atualizada sempre que ocorrer aumento geral na empresa ou para a categoria;    
   II – o valor da remuneração paga pela entidade de classe ao empregado    licenciado para desempenho de mandato sindical, idêntico ao que perceberia    caso não licenciado, inclusive com as variações salariais ocorridas    durante o licenciamento, obrigatoriamente informadas pelo empregador à    respectiva entidade. 
   III – o salário contratual e o adicional de transferência devido    ao empregado contratado no Brasil transferido para prestar serviço no exterior;    
   IV – a remuneração percebida pelo empregado ao passar a exercer    cargo de diretoria, gerência ou outro cargo de confiança imediata    do empregador, salvo se a do cargo efetivo for maior; 
   V – remuneração paga a empregado estrangeiro, em atividade no    Brasil, independentemente do local em que for realizado o pagamento.        
    Art.    9º – Não integram a remuneração, para fins    do disposto no art. 5º: 
   I – participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa,    quando paga ou creditada de acordo com a Lei nº 10.101, de 19 de dezembro    de 2000; 
   II – abono correspondente à conversão de um terço das férias    em pecúnia e seu respectivo adicional constitucional; 
   III – abono ou gratificação de férias, concedido em virtude    de contrato de trabalho, de regulamento da empresa, de convenção ou    acordo coletivo de trabalho, cujo valor não exceda a vinte dias do salário;    
   IV – o valor correspondente ao pagamento da dobra da remuneração    de férias concedidas após o prazo legal; 
   V – importâncias recebidas a título de férias indenizadas    e o respectivo adicional constitucional; 
   VI – indenização por tempo de serviço anterior a 5 de outubro    de 1988, de empregado não optante pelo FGTS; 
   VII – indenização relativa à dispensa de empregado no período    de trinta dias que antecede sua data-base, de acordo com o disposto no art.    9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984; 
   VIII – indenização por despedida sem justa causa do empregado    nos contratos com termo estipulado de que trata o art. 479 da CLT, bem    como na indenização prevista na alínea “f” do art.    12 da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974; 
Remissões COAD: Decreto-Lei 5.452/43 – CLT
“Art. 479 – Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
.......................................................................................................................... ”
• Lei 6.019/74 (Portal COAD)
Art. 12 – Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:
..........................................................................................................................
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido;
.......................................................................................................................... ”
IX – indenização do tempo de serviço do safrista, quando do término normal do contrato de que trata o art. 14 da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973;
Remissão COAD: Lei 5.889/73 (Portal COAD)
“Art. 14 – Expirado normalmente o contrato, a empresa pagará ao safrista, a título de indenização do tempo de serviço, importância correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
Parágrafo único – Considera-se contrato de safra o que tenha sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária.”
X    – indenização recebida a título de incentivo à demissão;    
   XI – indenização de quarenta por cento sobre o montante de todos    os depósitos de FGTS realizados na conta vinculada do trabalhador. 
   XII – indenização relativa à licença-prêmio; 
   XIII – ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em    decorrência de mudança de localidade de trabalho do empregado, na    forma do art. 470 da CLT; 
   XIV – ajuda de custo, em caso de transferência permanente, e o adicional    mensal, em caso de transferência provisória, recebidos pelo aeronauta    nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973; 
   XV – diárias para viagem, desde que não excedam a cinquenta por    cento da remuneração mensal percebida pelo empregado; 
   XVI – valor da bolsa de aprendizagem, garantida ao adolescente até    quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069,    de 13 de julho de 1990, vigente até 15 de dezembro de 1998, em face da    promulgação da Emenda Constitucional nº 20; 
   XVII – valor da bolsa ou outra forma de contraprestação, quando    paga ao estagiário nos termos da Lei nº 11.788, de 25 de setembro    de 2008; 
   XVIII – cotas do salário-família e demais benefícios pagos    pela Previdência Social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade    e o auxílio doença decorrente de acidente do trabalho; 
   XIX – parcela in natura recebida de acordo com o Programa de Alimentação    do Trabalhador – PAT, instituído pela Lei nº 6.321, de 14    de abril de 1976; 
   XX – vale-transporte, nos termos e limites legais, bem como transporte    fornecido pelo empregador para deslocamento ao trabalho e retorno, em percurso    servido ou não por transporte público; 
   XXI – valor da multa paga ao trabalhador em decorrência do atraso    na quitação das parcelas rescisórias; 
   XXII – importâncias recebidas a título de ganhos eventuais e    abonos expressamente desvinculados do salário por força de lei; 
   XXIII – abono do Programa de Integração Social – PIS e do    Programa de Assistência ao Servidor Público – Pasep; 
   XXIV – valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação    fornecidos pelo empregador ao empregado contratado para trabalhar em localidade    distante de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força    da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção    estabelecidas pelo MTE; 
   XXV – importância paga ao empregado a título de complementação    ao valor do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo    à totalidade dos empregados da empresa; 
   XXVI – parcelas destinadas à assistência ao empregado da agroindústria    canavieira, de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de    dezembro de 1965; 
Esclarecimento COAD: O artigo 36 da Lei 4.870/65 (Portal COAD) determina que os produtores de cana, açúcar e álcool são obrigados a aplicar, em benefício dos trabalhadores industriais e agrícolas das usinas, destilarias e fornecedores, em serviços de assistências médica, hospitalar, farmacêutica e social, importância correspondente no mínimo, de 1% sobre o valor oficial da tonelada de cana entregue, a qualquer título, às usinas, destilarias anexas ou autônomas, pelos fornecedores ou lavradores da referida matéria, bem como obriga as usinas a descontar e recolher, até o dia 15 do mês seguinte, essa taxa de 1%, depositando seu produto em conta vinculada, em estabelecimento indicado pelo órgão específico da classe dos fornecedores e à ordem do mesmo.
XXVII    – valor das contribuições efetivamente pagas pelo empregador    a título de previdência privada; 
   XXVIII – valor relativo a assistência médica, hospitalar e odontológica,    prestada diretamente pelo empregador ou mediante seguro-saúde;
   XXIX    – valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios    fornecidos ao empregado e utilizados no local de trabalho para prestação    dos serviços; 
   XXX – ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado,    quando devidamente comprovadas; 
   XXXI – valor relativo à concessão de educação, em estabelecimento    de ensino do empregador ou de terceiros, compreendendo valores relativos a matrícula,    mensalidade, anuidade, livros e material didático; 
   XXXII – valores recebidos em decorrência da cessão de direitos    autorais; 
   XXXIII – auxílio-creche pago em conformidade com a legislação    trabalhista, para ressarcimento de despesas devidamente comprovadas com crianças    de até 6 (seis) anos de idade; 
   XXXIV – auxílio-babá, limitado ao salário-mínimo, pago    em conformidade com a legislação trabalhista e condicionado a comprovação    do registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS,    para ressarcimento de despesas de remuneração e contribuição    previdenciária de empregado que cuide de crianças de até 6 (seis)    anos de idade; 
   XXXV – valor das contribuições efetivamente pagas pelo empregador    a título de prêmio de seguro de vida e de acidentes pessoais; e 
   XXXVI – o valor do tempo de espera, nos termos do § 9º do    art. 235-C da CLT. 
Remissão COAD: Decreto-Lei 5.452/43 – CLT
Art. 235-C – A jornada diária de trabalho do motorista profissional será a estabelecida na Constituição Federal ou mediante instrumentos de acordos ou convenção coletiva de trabalho.
..........................................................................................................................
§ 9º – As horas relativas ao período do tempo de espera serão indenizadas com base no salário-hora normal acrescido de 30% (trinta por cento).
Da Forma e Prazo do Recolhimento
Art.    10 – Na verificação a que se refere o art. 5º,    o AFT deve observar se o recolhimento foi efetuado até o dia sete do mês    subsequente ao da competência devida, em conta vinculada do empregado,    por meio de guia ou procedimento específico estabelecido pela Caixa Econômica    Federal – CAIXA. 
   § 1º – Quando o vencimento do prazo mencionado no caput    ocorrer em dia não útil, o recolhimento deve ser efetuado no dia útil    imediatamente anterior. 
   § 2º – Considera-se competência devida dos recolhimentos    previstos no artigo 5º: 
   I – o mês e o ano a que se refere a remuneração; 
   II – o período de gozo das férias, observada a proporcionalidade    do número de dias em cada mês; 
   III – o mês e o ano em que é paga ou devida cada parcela da gratificação    natalina, como também o mês e o ano da complementação da    gratificação, para efeito de recolhimento complementar. 
   Art. 11 – O AFT deve observar que na vigência de    legislação anterior, o recolhimento do FGTS estava sujeito aos seguintes    prazos: 
   I – até o último dia do mês subsequente ao vencido, no período    de 1º de janeiro de 1967 a 20 de junho de 1989, de acordo com a Lei nº 5.107,    de 13 de setembro de 1966; 
   II – até o último dia do expediente bancário do primeiro    decêndio de cada mês, referente ao mês anterior, no período    de 21 de junho de 1989 a 12 de outubro de 1989, nos termos da Lei nº 7.794,    de 10 de julho de 1989; 
   III – até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido,    no período de 13 de outubro de 1989 a 13 de maio de 1990, conforme previsto    na Lei nº 7.839, de 12 de outubro de 1989, considerado o sábado    como dia útil para efeito de contagem, a partir da vigência da Instrução    Normativa nº 01, de 07 de novembro de 1989. 
    CAPÍTULO III
   Do FGTS e da Contribuição Social na Rescisão ou Extinção    do Contrato de Trabalho 
Da Verificação de Recolhimento e da Identificação da Base de Cálculo
Art.    12 – No caso de despedida sem justa causa, rescisão indireta    do contrato de trabalho, rescisão antecipada de contrato a termo por iniciativa    do empregador, inclusive do contrato de trabalho temporário, o AFT deve    verificar o recolhimento do FGTS e da CS incidentes sobre o montante de todos    os depósitos devidos ao FGTS na vigência do contrato de trabalho,    atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros remuneratórios,    não se deduzindo, para este fim, os saques ocorridos: 
   I – FGTS, à alíquota de quarenta por cento; 
   II – Contribuição Social prevista no art. 1º da Lei Complementar    nº 110, de 2001, à alíquota de dez por cento. 
Remissão COAD: Lei Complementar 110/2001
“Art. 1º – Fica instituída contribuição social devida pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa, à alíquota de dez por cento sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), durante a vigência do contrato de trabalho, acrescido das remunerações aplicáveis às contas vinculadas.
Parágrafo único – Ficam isentos da contribuição social instituída neste artigo os empregadores domésticos.”
       § 1º    – O percentual de que trata o inciso I será de vinte por cento na    ocorrência de despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecidas    pela Justiça do Trabalho. 
   § 2º – Os empregadores domésticos estão isentos    da contribuição de que trata o inciso II. 
   § 3º – O disposto no inciso I não se aplica aos contratos    celebrados de acordo com a Lei nº 9.601, de 1998, exceto se convencionado    pelas partes. 
   § 4º – Ocorrendo despedida sem justa causa, ainda que indireta,    com culpa recíproca, por força maior, extinção normal ou    antecipada do contrato de trabalho a termo, inclusive a do trabalhador temporário    e daquele contratado na forma da Lei nº 9.601, de 1998, o AFT deve    verificar o recolhimento do FGTS e da CS, mencionado no art. 5º, referente    ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior. 
   Art. 13 – Integram a base de cálculo das contribuições    mencionadas no art. 12 os valores dos recolhimentos relativos ao mês da    rescisão e ao imediatamente anterior, bem como o complemento da atualização    monetária devido na data da rescisão contratual, previsto no art.    4º da Lei Complementar nº 110, de 2001.      
Remissão COAD: Lei Complementar 110/2001
“Art. 4º – Fica a Caixa Econômica Federal autorizada a creditar nas contas vinculadas do FGTS, a expensas do próprio Fundo, o complemento de atualização monetária resultante da aplicação, cumulativa, dos percentuais de dezesseis inteiros e sessenta e quatro centésimos por cento e de quarenta e quatro inteiros e oito décimos por cento, sobre os saldos das contas mantidas, respectivamente, no período de 1º de dezembro de 1988 a 28 de fevereiro de 1989 e durante o mês de abril de 1990, desde que:
I – o titular da conta vinculada firme o Termo de Adesão de que trata esta Lei Complementar;
II – até o sexagésimo terceiro mês a partir da data de publicação desta Lei Complementar, estejam em vigor as contribuições sociais de que tratam os arts. 1º e 2º; e
III – a partir do sexagésimo quarto mês da publicação desta Lei Complementar, permaneça em vigor a contribuição social de que trata o art. 1º.
.......................................................................................................................... ”
Da Forma e Prazo de Recolhimento
Art.      14 – Na verificação do valor devido na rescisão      contratual, o AFT deve observar se o depósito foi efetuado em conta vinculada      do trabalhador, por meio de guia ou procedimento específico estabelecido      pela CAIXA, nos seguintes prazos: 
     I – até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato      ou do efetivo desligamento do empregado dispensado sem justa causa e com aviso-prévio      trabalhado; 
     II – até o décimo dia corrido, a contar do dia imediatamente      posterior ao do efetivo desligamento do empregado dispensado sem justa causa,      com indenização, ausência ou dispensa de cumprimento do aviso-prévio,      ou em caso de rescisão antecipada de contrato de trabalho por prazo determinado,      inclusive do trabalho temporário. 
     § 1º – O recolhimento incidente sobre a remuneração      do mês anterior e do mês da rescisão do contrato deve ser efetuado      na forma do art. 10, caso o prazo ali previsto seja anterior aos consignados      neste artigo. 
     § 2º – O prazo para o recolhimento previsto no inciso      II não será aplicado na rescisão antecipada de contrato de      trabalho por prazo determinado, que ocorrer nos dez dias que antecederem ao      término regular do contrato, hipótese em que deve ser observado      o prazo previsto no inciso I.  
Da Sistemática para Distribuição de Valor Rescisório Recolhido a Menor
Art.    15 – Ao verificar que o valor recolhido é menor que a soma    das parcelas declaradas na guia de recolhimento rescisório, o AFT deve    adotar a sistemática de distribuição de valores de acordo com    a seguinte ordem de prioridade: 
   I – percentual devido a título de contribuição para o FGTS    relativo à: 
   a) multa rescisória; 
   b) percentual incidente sobre o aviso-prévio indenizado; 
   c) percentual incidente sobre a remuneração do mês da rescisão;    e 
   d) percentual incidente sobre a remuneração do mês anterior ao    da rescisão; 
   II – juros e atualização monetária – JAM devidos na    conta vinculada do empregado, relativos aos percentuais incidentes sobre as    parcelas seguintes, em ordem de prioridade: 
   a) remuneração do mês anterior ao da rescisão; 
   b) remuneração do mês da rescisão; 
   c) aviso-prévio indenizado; e 
   d) multa rescisória. 
   III – alíquota de cinco décimos por cento devida a título    de Contribuição Social Mensal – CSM, observando-se a ordem de    prioridade do inciso II, exceto alínea “d”; 
   IV – alíquota de dez por cento, devida na rescisão, a título    de Contribuição Social Rescisória – CSR; 
   V – parcela resultante da diferença entre os acréscimos legais    e o JAM, observando-se a ordem de prioridade do inciso II; 
   VI – parcela relativa aos acréscimos legais referentes à contribuição    mencionada no inciso III, observando-se a ordem de prioridade do inciso II,    exceto alínea “d”; 
   VII – parcela relativa aos acréscimos legais referentes à contribuição    mencionada no inciso IV. 
   Parágrafo único – Para efeito do disposto neste artigo, considera-se:    
   I – JAM: a soma dos valores devidos pela aplicação dos juros    remuneratórios da conta vinculada do empregado com atualização    pela taxa referencial – TR, na forma da lei; 
   II – acréscimos legais: a soma da atualização pela TR com    os juros de mora e multa de mora, na forma da lei. 
   Art. 16 – Após a aplicação do disposto    no art. 15, o AFT, a fim de apurar o débito, deve confrontar os valores    distribuídos com os valores devidos pelo empregador. 
    CAPÍTULO IV
   Do Levantamento de Débito 
Art.    17 – Ao constatar irregularidade, o AFT deve proceder ao levantamento    do débito, individualizado por empregado, e emitir a notificação    respectiva para que o empregador recolha a importância devida. 
   Parágrafo único – Os sistemas informatizados à disposição    da fiscalização do trabalho devem ser utilizados para a verificação    da regularidade dos recolhimentos de FGTS e CS. 
Do Procedimento em Empresas com Estabelecimentos Filiais
Art.    18 – Nas empresas com mais de um estabelecimento, localizados    em diferentes Unidades da Federação – UF, o levantamento do débito    do FGTS e das CS, relativo a todos os estabelecimentos, deve ser efetuado preferencialmente    pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE com competência    sobre a localidade da matriz da empresa. 
   Art. 19 – Ao constatar a existência de débito    em estabelecimento filial ou equivalente, localizado fora da UF da matriz, o    AFT deve comunicá-la à chefia imediata e solicitar à SRTE competente,    ou seja, em cuja circunscrição esteja localizada a matriz, por meio    do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho – SFIT, autorização    para o levantamento do débito na forma do art.18. 
   § 1º – As chefias imediatas das SRTE envolvidas devem informar    aos coordenadores dos projetos do FGTS a existência de débito, para    fins de inclusão no planejamento da fiscalização. 
   § 2º – O levantamento efetuado na forma centralizada deve    conter demonstrativo do débito discriminado por estabelecimento. 
   § 3º – Recebida a solicitação referida no caput,    a SRTE competente deve autorizar ou negar a solicitação no prazo de    dez dias, a contar da informação no SFIT. 
   § 4º – Negada a solicitação, a SRTE competente    deve iniciar a ação fiscal em dez dias, a contar da informação    no SFIT. 
   § 5º – Autorizado o levantamento do débito, a SRTE    solicitante deve iniciar a ação fiscal no prazo máximo de dez    dias. 
   § 6º – No caso de omissão da SRTE competente, a SRTE    solicitante deve iniciar a ação fiscal no prazo do § 5º.    
   Art. 20 – Para o levantamento do débito, a chefia    competente, ou quem esta designar, deve programar a ação fiscal considerando    a complexidade da apuração, tais como, o porte do empregador, a distribuição    geográfica dos estabelecimentos envolvidos, além de outros fatores    que entender como relevantes, podendo para tanto designar mais de um AFT. 
   Art. 21 – Independentemente da solicitação prevista    no art. 19, o AFT deve emitir notificação de débito quando    este for originado de remuneração paga a empregados sem registro,    parcelas não declaradas, ou decorrentes de irregularidades específicas    do estabelecimento fiscalizado.
   Art.    22 –    Caso a fiscalização não se inicie nos prazos estabelecidos no    art. 19 e não havendo outra solicitação em andamento, a SIT deve    indicar a SRTE que procederá ao levantamento centralizado, podendo, inclusive,    designar AFT de outras unidades. 
   Art. 23 – No levantamento de débito para empresa    com todos os estabelecimentos localizados na mesma UF aplicam-se, no que couber,    as disposições dos artigos 18 a 21, devendo a solicitação    ser dirigida ao chefe de fiscalização da SRTE. 
   Art. 24 – A ação fiscal para o levantamento    do débito na forma do art. 18 não impede a lavratura de autos de infração    por infrações constatadas em quaisquer dos estabelecimentos fiscalizados.     
Do Procedimento em Tomadores de Serviço
Art.    25 – Ao constatar ser irregular o fornecimento de mão de    obra, atribuindo-se ao tomador do serviço a responsabilidade pelo vínculo    empregatício dos trabalhadores, o AFT deve expedir a notificação    de débito de FGTS e CS contra o tomador. 
   Parágrafo único – Os depósitos de FGTS e CS eventualmente    realizados pelo prestador de serviços, decorrentes dos contratos de trabalho    a que se refere o caput, devem ser abatidos do débito apurado. 
Do Procedimento em Grupos Econômicos
Art. 26 – Caso o AFT constate que o empregador, objeto da ação fiscal, é devedor de FGTS e/ou CS e integra grupo econômico nos termos do § 2º do art. 2º da CLT, os depósitos eventualmente realizados por outros empregadores integrantes deste grupo, relativos ao mesmo contrato de trabalho, devem ser abatidos do débito apurado, quando pertinentes.
Esclarecimento COAD: O § 2º do art. 2º da CLT dispõe que sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
       § 1º    – Se, em razão do procedimento descrito no caput, for constatada    a existência de débito de FGTS e/ou CS em empregador integrante do    grupo econômico situado em outra unidade da federação, ou em    outra circunscrição na mesma unidade, o AFT deve informar tal fato    à sua chefia imediata, para comunicação à unidade regional    do MTE competente e a devida apuração. 
   § 2º – O relatório circunstanciado deve conter fundamentação    quanto à caracterização da existência do grupo econômico,    bem como dele deve constar a qualificação dos demais integrantes do    grupo.      
Do Procedimento em Órgãos Públicos
    Art. 27 – O AFT deve verificar o recolhimento das contribuições    mencionadas nos artigos 5º e 12 relativamente aos servidores de entes da    Administração Pública, cujo regime de trabalho seja regidos pela    CLT, notificando-os na forma do art. 3º. 
   § 1º – Quando for constatada a inexistência de documentos    e de quaisquer registros que possibilitem o levantamento, o débito deve    ser arbitrado com base em dados contidos na dotação específica    do orçamento do órgão ou na forma prevista nos arts. 30 e 31.    
   § 2º – Caso o ente público se negue a apresentar os    documentos solicitados, o AFT deve informar à chefia imediata, para fins    de comunicação ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público    Federal, ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público    do Trabalho, sem prejuízo da lavratura dos respectivos autos de infração.    
Do Procedimento Frente a Confissões de Dívida na Caixa Econômica Federal
Art.    28 – Nas ações fiscais em que se constatar a existência    de confissão de dívida junto à CAIXA, o AFT deve emitir, no Sistema    AUDITOR, o Relatório de Auditoria de Débito Confessado –    RAC, independentemente da existência de parcelamento concedido. 
   § 1º – O AFT deve consultar a existência de confissão    de dívida ainda não auditada, no período a que se refere o art.    2º, inclusive junto aos sistemas informatizados disponíveis à    fiscalização do trabalho. 
   § 2º – O RAC contemplará a identificação    do empregador, a situação verificada e demais observações    relativas à auditoria. 
   § 3º – O RAC não exime o AFT da emissão de notificação    de débito, na forma do art. 17, ainda que o débito tenha sido corretamente    confessado e que haja parcelamento formalizado. 
   § 4º – Na notificação deve ser incluído o    débito existente no momento de sua emissão, confessado ou não.    
   § 5º – A confissão de débito apresentada pelo    empregador perante a Caixa Econômica Federal – CAIXA, durante o andamento    da ação fiscal, não prejudica a emissão da notificação    de débito. 
   Art. 29 – Para fins do disposto no art. 28, a fiscalização    do trabalho deve utilizar os dados enviados pela CAIXA, em arquivo digital,    relativos às confissões de débito por ela recebidas, acompanhadas    das informações necessárias à auditagem do débito,    de acordo com o disposto no parágrafo único do art. 1º da Lei    nº 8.844, de 1994. 
Remissão COAD: Lei 8.844/94 (Portal COAD)
“Art. 1º – Compete ao Ministério do Trabalho a fiscalização e a apuração das contribuições ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), bem assim a aplicação das multas e demais encargos devidos.
Parágrafo único – A Caixa Econômica Federal (CEF) e a rede arrecadadora prestarão ao Ministério do Trabalho as informações necessárias ao desempenho dessas atribuições.”
Dos Procedimentos Especiais
Art.    30 – Havendo documentação que, embora incompleta, propicie    a identificação de empregados em situação irregular, proceder-se-á    ao levantamento por recomposição de folha de pagamento, utilizando-se    dados declarados em sistemas informatizados. 
   Art. 31 – Não sendo possível a recomposição    da folha de pagamento, o levantamento do débito será efetuado por    arbitramento, optando-se pelo critério mais favorável ao empregado,    dentre os quais: 
   a) a remuneração paga ao empregado em meses anteriores ou posteriores;
   b)    a remuneração paga a outros empregados da mesma empresa que exerçam    ou exerciam função equivalente ou semelhante; 
   c) o piso salarial da categoria profissional; 
   d) o salário profissional; 
   e) o piso salarial previsto na Lei Complementar nº 103, de 14 de julho    de 2000; 
   f) o salário-mínimo nacional. 
   Art. 32 – Considera-se não quitado o FGTS pago diretamente    ao empregado, à exceção dos pagamentos efetuados até 15    de fevereiro de 1998, relativos ao mês da rescisão, ao imediatamente    anterior e à indenização compensatória. 
   Art. 33 – No período de vigência da Unidade    Real de Valor – URV, de março de 1994 a junho de 1994, o valor    apurado deverá ser convertido em Cruzeiro Real, com base na URV do dia    cinco do mês subsequente ao da competência, se recolhido no prazo,    ou na URV do dia sete do mês subsequente, se recolhido fora do prazo, conforme    determina o parágrafo único do art. 32 da Lei nº 8.880,    de 27 de maio de 1994. 
   Art. 34 – Caso o empregador não esteja inscrito no    Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ, a identificação    se fará pelo Cadastro de Pessoas Físicas – CPF, cabendo, em ambos    os casos, informar o Cadastro Específico do INSS – CEI, caso existente.    
   Art. 35 – A individualização do valor devido    ou recolhido de FGTS na conta vinculada do empregado consiste obrigação    do empregador. 
   Art. 36 – A apresentação de Certificado de Regularidade    do FGTS – CRF pelo empregador não inibe o levantamento e a emissão    da notificação de débito. 
   Parágrafo único – Ao constatar débito relativo ao período    abrangido pelo CRF, o AFT deve comunicar o fato à chefia imediata, que    deve dar ciência do fato à CAIXA. 
    CAPÍTULO V
   Da Notificação de Débito do Fundo de Garantia e da Contribuição    Social 
Art.    37 – O AFT deve emitir Notificação de Débito do    Fundo de Garantia e da Contribuição Social – NDFC, quando for    constatado débito por falta de recolhimento ou recolhimento a menor das    contribuições mencionadas nos artigos 5º e 12. 
   Parágrafo único – O valor do débito deve ser atualizado    pela TR até a data da emissão da NDFC e representado na moeda atual,    com especificação dos valores históricos devidos, segundo os    padrões monetários à época vigentes. 
   Art. 38 – Integram a NDFC os seguintes relatórios:    
   I – Relatório inicial que discrimina o débito total notificado,    correspondente à totalização dos débitos de recolhimento    mensal e rescisório; 
   II – Débito Mensal do FGTS por Competência; 
   III – Débito Mensal do FGTS por Empregado; 
   IV – Débito Mensal de Contribuição Social; 
   V – Débito Rescisório por Data de Vencimento; 
   VI – Débito Rescisório por Empregado; 
   VII – Recomposição do Saldo Rescisório; 
   VIII – Guias de Recolhimento Analisadas; 
   IX – Relação de Empregados; e 
   X – Relatório Circunstanciado. 
   § 1º – Na inexistência de dados para sua composição,    alguns relatórios relacionados no caput podem ser suprimidos. 
   § 2º – O Relatório Circunstanciado deve conter as seguintes    informações, além de outras que propiciem a reconstituição    do débito a qualquer tempo: 
   I – indicação do período auditado, devendo incluir todas    as competências verificadas; 
   II – indicação de débito: original ou débito complementar    aos valores anteriormente notificados; 
   III – indicação da forma do levantamento de débito: centralizado    ou não, nos termos do art. 18 e seguintes; 
   IV – relação dos estabelecimentos envolvidos na auditoria, a    saber: matriz e todas as filiais, tomadores de serviço, CEI vinculado,    inclusive aqueles em que não se constatou débito; 
   V – manifestação expressa do AFT a respeito da caracterização    de sucessão trabalhista ou de grupo econômico, e dos motivos que o    levaram a concluir por uma ou outra situação; 
   VI – relação dos documentos examinados, das fontes de consulta    a sistemas informatizados, inclusive manifestação expressa do AFT    a respeito da obtenção de informações do empregador por    meio magnético ou digital; 
   VII – descrição dos procedimentos utilizados para o levantamento    do débito e demais ocorrências, tais como recomposição e    arbitramento de bases de incidência; 
   VIII – identificação dos corresponsáveis existentes na data    da emissão da NDFC, com nome, endereço completo e número do CPF,    incluindo os demais responsáveis do período abrangido pela notificação,    devendo neste campo ser citadas as pessoas jurídicas componentes do grupo    econômico constatado, se for o caso; 
   IX – indicação, com número e capitulação, dos    autos de infração correlatos com o débito notificado, incluindo    os lavrados por afronta ao art. 630 da CLT; e 
   X – relato de que o empregador exerce suas atividades em endereço    diverso do que consta do cadastro oficial, que não seja o local de prestação    de serviços a tomadores. 
   § 3º – Quanto aos débitos do FGTS, decorrentes da rescisão    contratual de empregados afastados até 15 de fevereiro de 1998: 
   I – os relativos ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior,    quando vencidos antes do prazo de pagamento das verbas rescisórias, deverão    ser notificados; e 
   II – os relativos à multa rescisória, ao mês da rescisão    e ao imediatamente anterior, quando vencidos no prazo da rescisão, não    serão objeto de notificação. 
Dos Procedimentos Gerais
Art.    39 – Para o levantamento do débito, o AFT deve lançar    no sistema AUDITOR todos os recolhimentos quitados pelo empregador, estejam    eles individualizados ou não. 
   § 1º – A liquidez dos valores notificados será definida    na data de apuração indicada pelo AFT que lavrou a notificação.    
   § 2º – O interstício entre a data da apuração,    definida pelo AFT que lavrou a notificação, e a data da emissão    da notificação não pode ser superior a 15 quinze dias. 
   § 3º – Não serão considerados, para fins de abatimento    no débito, os recolhimentos efetuados sem a necessária individualização.    
   Art. 40 – O débito de FGTS ou das CS apurado na forma    dos arts. 5º e 12, resultante da incidência sobre parcela de remuneração    que não conste em folha de pagamento, ou não declarada como base de    cálculo, deve ensejar a emissão de notificação de débito    em separado. 
   Art. 41 – A notificação de débito, bem    como os anexos que porventura a acompanham, devem conter a comprovação    do recebimento pelo empregador ou seu preposto, com identificação    legível.
   Art.    42    – Os documentos que serviram de base para o levantamento do débito    do FGTS e das CS devem ser datados e rubricados pelo AFT, salvo os oficiais    e aqueles em que, pela sua forma, tal providência não seja possível.    
   Parágrafo único – As guias de recolhimento do FGTS e das CS devem    ser relacionadas na notificação de débito, dispensando-se o procedimento    previsto no caput. 
   Art. 43 – O levantamento de débito do FGTS e das    CS pode ser feito, a critério do AFT, no local que oferecer melhores condições    para a execução da ação fiscal. 
   Art. 44 – A notificação de débito deve    ser expedida em três vias, com a seguinte destinação: 
   I – primeira via: instauração do processo; 
   II – segunda via: empregador; e 
   III – terceira via: AFT. 
   § 1º – A primeira via deve ser protocolizada na unidade    de exercício do AFT dentro de quarenta e oito horas contadas da data da    entrega ao empregador, salvo nos casos de fiscalização fora de sua    unidade de exercício, hipótese em que deve ser protocolizada quando    o AFT a ela retornar. 
   § 2º – O AFT deve entregar a notificação de débito    ao empregador ou ao seu preposto, assim entendido como aquele que atendeu a    fiscalização, prestando informações ou apresentando documentos,    mediante recibo no campo próprio, com identificação legível    do recebedor. 
   § 3º – A notificação pode ser expedida em arquivo    digital e entregue ao notificado mediante Termo de Recebimento gerado obrigatoriamente    pelo sistema AUDITOR. 
   § 4º – O Termo de Recebimento deve conter a identificação    do notificado, as características do arquivo digital, o local, a data do    recebimento, as assinaturas do AFT notificante e do empregador notificado ou    seu preposto e as informações que possibilitam o download do    arquivo digital pela internet. 
   § 5º – O Termo de Recebimento, formalizado nos termos do    § 4º, comprova que o empregador foi notificado, para todos os    efeitos legais, e deve ser protocolizado juntamente com a notificação,    a qual pode constar do processo administrativo em mídia não regravável.    
   § 6º – O Termo de Recebimento e o relatório inicial    da notificação, necessariamente impressos, devem acompanhar cada via    da notificação sempre que esta for expedida em arquivo digital. 
   § 7º – Havendo recusa no recebimento da notificação    de débito ou qualquer motivo que impeça os procedimentos previstos    nos §§ 1º a 6º, a segunda via deve ser entregue, com    a devida justificativa, juntamente com a primeira, ao setor responsável,    para remessa postal.  
Do Termo de Retificação
Art.    45 – Para inclusão, exclusão ou alteração    de dados ou valores na notificação de débito, deve ser emitido    Termo de Retificação pelo AFT que emitiu a notificação.    
   § 1º – O Termo de Retificação deve ser emitido    até o momento da remessa do processo para análise, ou quando o processo    for encaminhado ao AFT para esse fim, o que pode ocorrer em qualquer fase do    processo, mediante requerimento fundamentado. 
   § 2º – O débito retificado deve ser atualizado até    a data da emissão da notificação que lhe deu origem, sendo vedada    a dedução de depósitos do FGTS e/ou CS quando efetuados após    essa data, bem como a inclusão de competências fora do período    auditado. 
   § 3º – Do Termo de Retificação deve constar a    informação de reabertura do prazo legal para defesa do notificado,    salvo se emitido em razão de encaminhamento da unidade competente pela    tramitação do processo e não resultar em majoração    do débito total notificado, inserção de novas competências    e/ou empregados envolvidos, hipóteses em que o trâmite do processo    retomará a partir da fase em que se encontrava. 
   § 4º – O Termo de Retificação deve ser expedido    em três vias, com a seguinte destinação: 
   I – primeira via: juntada ao respectivo processo de notificação    de débito, não originando novo processo administrativo; 
   II – segunda via: empregador, podendo ser entregue ao setor competente    para remessa via postal; 
   III – terceira via: AFT. 
   § 5º – O Termo de Retificação deve ser emitido    quando a correção: 
   I – alterar a identificação ou qualificação dos corresponsáveis    e estabelecimentos envolvidos; ou 
   II – alterar dados ou valores que impliquem na modificação do    débito. 
   § 6º – As correções que não envolvam as situações    referidas no § 6º devem constar de documento juntado ao processo,    prescindindo da emissão do Termo de Retificação. 
   § 7º – O Termo de Retificação pode ser expedido    em arquivo digital, aplicando-se as regras do art. 44. 
   Art. 46 – A chefia imediata deve designar outro AFT para    emissão do Termo de Retificação, se ocorrer a impossibilidade    ou impedimento de emissão pelo AFT que emitiu a notificação,    decorrentes dos seguintes motivos: 
   I – aposentadoria; 
   II – falecimento; 
   III – exoneração; 
   IV – remoção; 
   V – afastamento legal superior a 90 (noventa) dias; 
   VI – outras situações devidamente justificadas. 
   Art. 47 – O Termo de Retificação referente à    notificação de débito mensal ou rescisório, emitida antes    da vigência desta Instrução Normativa, deve ser elaborado nos    moldes da notificação de origem e não pode ser utilizada a forma    digital. 
Do Termo de Alteração do Débito
Art.    48 – Deve ser emitido Termo de Alteração do Débito – TAD    pelo AFT analista para correção de valores lançados com evidente    equívoco na notificação de débito, ou para alteração    de valores que decorrer de interpretação sobre a incidência do    FGTS ou da Contribuição Social em relação à base de    cálculo utilizada pelo AFT que emitiu a notificação, resultando    em proposta de procedência parcial. 
   § 1º – Quando, a critério do AFT analista, os elementos    constantes dos autos forem insuficientes para a emissão do TAD, o processo    deve ser remetido ao AFT que emitiu a notificação para que este preste    as informações solicitadas pelo AFT analista. 
   § 2º – A constatação de recolhimentos efetuados    até a data de apuração e que não foram considerados pelo    AFT que emitiu a notificação ensejará a remessa do processo para    emissão de Termo de Retificação, após o que o trâmite    do processo retornará à fase em que se encontrava. 
   § 3º – Na ocorrência simultânea das hipóteses    previstas no caput e no § 2º, o Termo de Retificação    precederá à emissão do TAD. 
   § 4º – A emissão do TAD não renovará o prazo    para defesa nem pode majorar o débito total notificado, sendo vedada a    inserção de novas competências e/ou empregados envolvidos, hipóteses    em que se procederá na forma do art. 45.
   § 5º    – O débito alterado será atualizado até a data da emissão    da notificação que lhe deu origem, sendo vedada a dedução    de depósitos do FGTS e/ou CS, quando efetuados após a data da apuração    do débito. 
   § 6º – O TAD acompanhará necessariamente o relatório    de análise que fundamentará a decisão, devendo ser juntado ao    respectivo processo de notificação de débito. 
   § 7º – Quando restarem comprovados equívocos que não    envolvam valores, a alteração constará apenas do relatório    de análise, não ensejando a emissão de TAD. 
   § 8º – O TAD pode ser expedido em arquivo digital, hipótese    em que o analista deve disponibilizar as vias para o processo e para remessa    ao empregador, aplicando-se, no que couber, as regras do art. 44. 
   Art. 49 – Não se aplica o disposto no art.48 na ocorrência    de erro quanto à identificação do empregador notificado, devendo    a notificação de débito ser arquivada por nulidade. 
   Parágrafo único – Considera-se erro quanto à pessoa do notificado    a indicação, na notificação, do nome da pessoa física    ou jurídica e número de inscrição, CPF ou CNPJ, diversos    dos do empregador fiscalizado. 
   Art. 50 – Aplica-se ao TAD o disposto no art. 47.   
Do Procedimento para Apuração de Mora do FGTS
Art. 51 – O AFT deve apresentar à sua chefia o relatório circunstanciado de que trata o art. 5º da Portaria nº 1.061, de 1º de novembro de 1996, para dar cumprimento ao disposto no Decreto-lei nº 368, de 19 de dezembro de 1968, e no art. 22, § 1º, da Lei nº 8.036, de 1990 sempre que constatar débito de FGTS, por período:
Esclarecimento COAD: O Decreto-Lei 368/68 (Portal COAD), dispõe sobre os efeitos de débitos salariais do empregador com seus empregados.
Remissão COAD: Lei 8.036/90 (Portal COAD)
“Art. 22 – O empregador que não realizar os depósitos previstos nesta Lei, no prazo fixado no art. 15, responderá pela incidência da Taxa Referencial – TR sobre a importância correspondente.
§ 1º – Sobre o valor dos depósitos, acrescido da TR, incidirão, ainda, juros de mora de 0,5% a.m. (cinco décimos por cento ao mês) ou fração e multa, sujeitando-se, também, às obrigações e sanções previstas no Decreto-Lei nº 368, de 19 de dezembro de 1968.”
Esclarecimento COAD: O artigo 15 da Lei 8.036/90, determina que todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador.
       I –    igual ou superior a três meses, independentemente da comprovação    de retiradas pelos sócios; 
   II – inferior a três meses, quando comprovada retirada pelos sócios.    
   Parágrafo único – O procedimento de apuração de mora    do FGTS deve ser instaurado quando a ação fiscal decorrer de denúncia    de empregado ou de entidade sindical da respectiva categoria profissional.      
    CAPÍTULO VI
   Da Lavratura dos Autos de Infração 
Art.    52 – As infrações às obrigações relativas    ao recolhimento do FGTS e das CS ensejam a lavratura de autos de infração    distintos. 
   Art. 53 – Os autos de infração lavrados pelo    não recolhimento das CS, ou seu recolhimento após o vencimento do    prazo sem os acréscimos legais, deverão ser capitulados como a seguir:    
   I – rescisória: art. 1º da Lei Complementar nº 110,    de 2001; 
   II – mensal: art. 2º da Lei Complementar nº 110, de 2001.    
   Parágrafo único – Os autos de infração lavrados nos    termos do caput devem conter, no histórico, o valor atualizado do    débito das CS notificadas e o número da respectiva notificação    de débito. 
    CAPÍTULO VII
   Da Fiscalização Indireta 
Art.    54 – Sem prejuízo da fiscalização direta, pode    ser adotado o procedimento de fiscalização indireta, visando à    verificação dos recolhimentos do FGTS e das CS. 
   Art. 55 – Na fiscalização indireta, serão    notificados os empregadores com indício de débito constatado em consultas    aos sistemas informatizados disponíveis à fiscalização do    trabalho, e podem ser alcançados os empregadores que tenham sido objeto    prévio de denúncia cuja apuração não importe necessariamente    em inspeção no local de trabalho, dando prioridade à verificação    do FGTS e das CS. 
   Art. 56 – Para a fiscalização indireta, o empregador    deve ser notificado, por meio de Notificação para Apresentação    de Documentos – NAD, a comparecer à SRTE ou em suas unidades descentralizadas.    
   § 1º – A NAD, emitida pelo setor competente, deve ser encaminhada    via postal, com Aviso de Recebimento – AR, e conter, necessariamente: 
   I – a identificação do empregador; 
   II – a data, hora e local para comparecimento; 
   III – os documentos necessários à verificação de regularidade    do FGTS, mensal e rescisório; 
   IV – a indicação do período a ser fiscalizado. 
   § 2º – Considera-se notificado o empregador cuja correspondência    tenha sido recebida no seu endereço, conforme comprovante dos correios.    
   Art. 57 – O atendimento dos empregadores notificados deve    ser realizado por AFT, designado pela chefia imediata por meio de Ordem de Serviço    – OS, da qual constarão data e hora agendadas, observando-se um intervalo    mínimo de trinta minutos. 
   § 1º – A critério do AFT, outros atendimentos poderão    ser agendados para continuidade da fiscalização. 
   § 2º – A chefia competente deve disponibilizar ao AFT uma    via da NAD, juntamente com o AR, este quando possível, e o relatório    de indício de débito, exceto se for entregue ao AFT a relação    de empresas a serem fiscalizadas, com antecedência mínima de dez dias.    
   Art. 58 – Comparecendo o empregador e não ocorrendo    a regularização dos valores devidos, o AFT deve efetuar o levantamento    do débito e lavrar os correspondentes autos de infração, podendo    ser designadas novas datas para conclusão da fiscalização e entrega    dos documentos fiscais, nos termos do § 1º do art. 57. 
   Art. 59 – Caso o empregador, regularmente notificado,    não compareça no dia e hora determinados, o AFT deve lavrar auto de    infração capitulado no art. 630, §§ 3º ou 4º,    da CLT, e adotar procedimento visando à apuração dos débitos    e a emissão de correspondente notificação, se for o caso, conforme    planejamento da fiscalização. 
Remissão COAD: CLT
“Art. 630 – Nenhum agente da inspeção poderá exercer as atribuições do seu cargo sem exibir a carteira de identidade fiscal, devidamente autenticada, fornecida pela autoridade competente.
..........................................................................................................................
§ 3º – O agente da inspeção terá livre acesso a todas dependências dos estabelecimentos sujeitos ao regime da legislação, sendo as empresas, por seus dirigentes ou prepostos, obrigados a prestar-lhes os esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atribuições legais e a exibir-lhes, quando exigidos, quaisquer documentos que digam respeito ao fiel cumprimento das normas de proteção ao trabalho.
§ 4º – Os documentos sujeitos à inspeção deverão permanecer, sob as penas da lei nos locais de trabalho, somente se admitindo, por exceção, a critério da autoridade competente, sejam os mesmos apresentados em dia hora previamente fixados pelo agente da inspeção.
.......................................................................................................................... ”
Parágrafo    único – Na hipótese de devolução da NAD, o setor competente    pode novamente notificar o empregador ou encaminhar o procedimento para a fiscalização    direta. 
   Art. 60 – Considera-se fiscalização indireta,    ainda, a decorrente de comunicação emitida para que a empresa efetue    a regularização de indício de débito apurado pelos sistemas    informatizados disponíveis, sem necessidade de haver o comparecimento da    empresa às unidades descentralizadas do MTE. 
   Parágrafo único – Confirmado o recebimento da comunicação,    nos termos do § 2º do art. 56, e não sendo constatada a    regularização até o prazo estipulado, deve ser adotado procedimento    visando à apuração dos débitos e à emissão de    correspondente notificação, se for o caso, conforme planejamento da    fiscalização. 
    CAPÍTULO VIII
   Do Procedimento Administrativo 
Art.    61 – Os documentos apresentados em fase de defesa ou recurso devem    ser apreciados pela autoridade competente apenas no momento da decisão,    independentemente do número de vezes que o notificado se manifestar no    processo. 
   Parágrafo único – A quitação ou individualização    operada a partir da data da apuração do débito, prevista no art.    39, inclusive, pode ser considerada pela CAIXA, cabendo ao MTE apreciar aquela    ocorrida em data anterior. 
   Art. 62 – Os recolhimentos que impliquem quitação    integral do débito e a confissão ou o parcelamento que abranjam integralmente    a notificação, ocorridos após a data de apuração da    notificação, confirmam sua procedência, operando o encerramento    do contencioso administrativo. 
   Art. 63 – Previamente ao envio dos autos para análise,    em etapa de saneamento, bem como nas outras fases do procedimento administrativo,    o AFT que emitiu a notificação pode-se determinar diligências    complementares a fim de prestar informações ou corrigir a notificação    de débito, mediante Termo de Retificação. 
   § 1º – Na etapa de saneamento prévio à análise,    a unidade de multas e recursos deve verificar, dentre outros aspectos formais,    o atendimento da composição estrutural da notificação de    débito, prevista no art. 38, não dispensando a futura análise    dessa verificação. 
   Art. 64 – O planejamento da fiscalização deve priorizar o andamento    das fiscalizações e dos processos administrativos de empregadores    em fase de falência, liquidação judicial ou extrajudicial. 
   Art. 65 – Encerrada a tramitação administrativa no âmbito    do MTE, o processo deve ser remetido para cobrança do débito, podendo    ser reapreciado somente em caso de nulidade, erro material ou apresentação    de provas de quitação operada em data anterior à da apuração    do débito, prevista no art. 39. 
    CAPÍTULO IX
   Das Disposições Finais 
Art.    66 – Os casos omissos serão resolvidos pela Secretária    de Inspeção do Trabalho, mediante provocação de qualquer    Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE. 
   Art. 67 – As disposições desta instrução    aplicam-se às microempresas e empresas de pequeno porte naquilo em que    não forem incompatíveis com as disposições legais especiais.    
   Art. 68 – Fica revogada a Instrução Normativa    nº 84, de 13 de julho de 2010. 
   Art. 69 – Esta Instrução Normativa entra em    vigor em 10 de setembro de 2012. (Vera Lucia Ribeiro de Albuquerque) 
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