Legislação Comercial
RESOLUÇÃO
932 CFC, DE 21-3-2002
(DO-U DE 4-4-2002)
OUTROS ASSUNTOS FEDERAIS
CONTABILIDADE – Registro no CRC
Normas relativas à não concessão de Registro Profissional
em CRC aos portadores de certificados e diplomas de nível técnico
na área de Contabilidade que
concluírem o curso a partir do exercício de 2001.
O CONSELHO
FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício das suas atribuições
legais e regimentais,
Considerando que o Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, ao criar
os Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade, estabeleceu em seu artigo
2º que a eles compete a fiscalização do exercício
da profissão de Contabilista, que compreende os profissionais habilitados
como Contadores e Técnicos em Contabilidade;
Considerando que o ensino de Contabilidade em nível técnico, após
o advento da Lei nº 9.394, de 20-12-96 – Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB); o Decreto nº 2.208, de 17-4-97;
a Resolução CNE/CEB nº 4/99 e do Parecer CNE/CEB nº
16/99 ficou inserido na área profissional de gestão, com uma carga
horária mínima de 800 (oitocentas) horas, o que não atende
aos requisitos exigidos para a formação do Técnico em Contabilidade,
definido no artigo 2º, do Decreto-Lei nº 9.295/46, a fim de que ele
possa exercer adequadamente as suas atividades e usufruir as prerrogativas listadas
na legislação profissional;
Considerando que ao Conselho Federal de Contabilidade compete, nos termos do
artigo 12 do Decreto-Lei nº 9.295, disciplinar a concessão do Registro
Profissional em Conselho Regional de Contabilidade, o que significa a qualificação
profissional de que trata o inciso XIII do artigo 5º da Constituição
Federal;
Considerando que, de acordo com o Decreto nº 2.208/97, o curso de Técnico
em Contabilidade não mais existe e que os cursos na nova modalidade não
atendem à necessidade da formação exigida para o exercício
profissional;
Considerando que a concessão do Registro Profissional constitui-se ato
de responsabilidade pública, decorrente da competência legal atribuída
aos Conselhos Regionais de Contabilidade, RESOLVE:
Art. 1º – Estabelecer que os formados em cursos na área de
Contabilidade, em nível técnico, a partir do exercício
de 2001, não poderão integrar a categoria de Técnico em
Contabilidade por não atenderem aos requisitos para o exercício
das atribuições profissionais previstas no artigo 25 do Decreto-Lei
nº 9.295, de 27 de maio de 1946.
Art. 2º – Os concluintes dos cursos de Técnico em Contabilidade,
em nível de 2º grau, autorizados, com base no regime anterior ou
na Lei de Diretrizes e Bases – Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996 – que se formaram até o exercício de 2000, inclusive,
poderão obter o Registro Profissional em Conselho Regional de Contabilidade,
como Técnico em Contabilidade, desde que aprovados em Exame de Suficiência.
Art. 3º – O Conselho Regional de Contabilidade deverá protocolar
o pedido de inscrição para o Exame de Suficiência adotando
os seguintes procedimentos:
a) analisar a legalidade do diploma do curso Técnico em Contabilidade,
verificando se a entidade de ensino e o curso estão em situação
regular;
b) verificada qualquer irregularidade, o Conselho Regional de Contabilidade
deverá baixar o processo em diligência preliminar, sobrestando
o atendimento do pedido pelo prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do
recebimento do AR – Aviso de Recebimento;
c) se não houver manifestação no prazo estabelecido, o
processo deverá ser arquivado e o requerente notificado da decisão;
d) sendo atendida a diligência, o processo deverá ser distribuído
a um Conselheiro para relato e posterior decisão pelo Plenário
do Regional; e
e) se indeferido o pedido de inscrição no Exame de Suficiência,
o interessado, ao ser notificado da decisão, deverá ser informado
sobre o direito de apresentar recurso ao Conselho Federal de Contabilidade,
no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento do AR –
Aviso de Recebimento, que deverá ser protocolado no próprio Conselho
Regional de Contabilidade.
Art. 4º – Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação. (Alcedino Gomes Barbosa – Presidente do
Conselho)
ESCLARECIMENTO:
O artigo 25 do Decreto-Lei 9.295, de 27-5-46 (DO-U de 28-5-46), estabelece que
são considerados trabalhos técnicos de contabilidade:
a) organização e execução de serviços de
contabilidade em geral;
b) escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios,
bem como de todos os necessários no conjunto da organização
contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações;
c) perícias judiciais ou extra-judiciais, revisão de balanços
e de contas em geral, verificação de haveres, revisão permanente
ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extra-judiciais
de avarias grossas ou comuns, assistência aos Conselhos Fiscais das sociedades
anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica,
conferida por lei aos profissionais de contabilidade.
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