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Medida Provisória 460/2009

04/04/2009 17:41:52

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MEDIDA PROVISÓRIA 460, DE 30-3-2009
(DO-U DE 31-3-2009)

ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS
RET – Regime Especial de Tributação

MP promove alterações no RET e no PIS e na COFINS e cria incentivo para informatização de cartórios de imóveis

=> A Neste Ato destacamos:
• alíquota do RET é reduzida para 6%;
• projetos de incorporação destinados à construção de unidades residenciais de valor comercial até R$ 60.000,00, no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), pagarão o RET à alíquota de 1% até 31-12-2013;
• também poderão optar pelo RET, até 31-12-2013, as empresas construtoras contratadas para construir imóveis residenciais de interesse social, com valor comercial até R$ 60.000,00, no âmbito do PMCMV. Estas empresas também pagarão o RET à alíquota de 1%;
• titulares cartórios de imóveis poderão deduzir da base de cálculo do Imposto de Renda mensal e anual, os investimentos e gastos com hardware e software efetuados até 31-12-2013;
• reduzida a zero, em relação aos fatos geradores ocorridos nos meses de abril a junho de 2009, a alíquota da COFINS incidente sobre as vendas, no mercado interno, de motos de até 150 cilindradas, efetuadas pelos fabricantes e importadores;
• aumentado o percentual e o coeficiente multiplicadores de apuração da base de cálculo do PIS e da COFINS devidos pelos fabricantes de cigarros;
• alterados os artigos 4º e 8º da Lei 10.931, de 2-8-2004 (Informativo 31/2004) e o artigo 62 da Lei 11.196, de 21-11-2005 (Informativo 47/2005).

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de Lei:
Art. 1º – Os arts. 4º e 8º da Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 4º – Para cada incorporação submetida ao regime especial de tributação, a incorporadora ficará sujeita ao pagamento equivalente a seis por cento da receita mensal recebida, o qual corresponderá ao pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuições:
.................................................................................................................................    
§ 6º – Até 31 de dezembro de 2013, para os projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social, cuja construção tenha sido iniciada a partir de 31 de março de 2009, o percentual correspondente ao pagamento unificado dos tributos de que trata o caput será equivalente a um por cento da receita mensal recebida.
§ 7º – Para efeito do disposto no § 6º consideram-se projetos de incorporação de imóveis de interesse social os destinados à construção de unidades residenciais de valor comercial de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), de que trata a Medida Provisória nº 459, de 25 de março de 2009.
§ 8º – As condições para utilização do benefício de que trata o § 6º serão definidas em regulamento." (NR)
“Art. 8º – Para fins de repartição de receita tributária e do disposto no § 2º do art. 4º, o percentual de seis por cento de que trata o caput do art. 4º será considerado:
I – 2,57% (dois inteiros e cinqüenta e sete centésimos por cento) como COFINS;
II – 0,56% (cinqüenta e seis centésimos por cento) como Contribuição para o PIS/PASEP;
III – 1,89% (um inteiro e oitenta e nove centésimos por cento) como IRPJ; e
IV – 0,98% (noventa e oito centésimos por cento) como CSLL.
Parágrafo único – O percentual de um por cento de que trata o § 6º do art. 4º será considerado para os fins do caput:
I – 0,44% (quarenta e quatro centésimos por cento) como COFINS;
II – 0,09% (nove centésimos por cento) como Contribuição para o PIS/PASEP;
III – 0,31% (trinta e um centésimos por cento) como IRPJ; e
IV – 0,16% (dezesseis centésimos por cento) como CSLL." (NR)
Art. 2º – Até 31 de dezembro de 2013, a empresa construtora contratada para construir unidades habitacionais de valor comercial de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), de que trata a Medida Provisória nº 459, de 2009, fica autorizada, em caráter opcional, a efetuar o pagamento unificado de tributos equivalente a um por cento da receita mensal auferida pelo contrato de construção.
§ 1º – O pagamento mensal unificado de que trata o caput corresponderá aos seguintes tributos:
I – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ);
II – Contribuição para o PIS/PASEP;
III – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); e
IV – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
§ 2º – O pagamento dos impostos e contribuições na forma do disposto no caput será considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela construtora.
§ 3º – As receitas, custos e despesas próprios da construção sujeita a tributação na forma deste artigo não deverão ser computados na apuração das bases de cálculo dos impostos e contribuições de que trata o § 1º, devidos pela construtora em virtude de suas outras atividades empresariais.
§ 4º – Para fins de repartição de receita tributária, o percentual de um por cento de que trata o caput será considerado:
I – 0,44% (quarenta e quatro centésimos por cento) como COFINS;
II – 0,09% (nove centésimos por cento) como Contribuição para o PIS/PASEP;
III – 0,31% (trinta e um centésimos por cento) como IRPJ; e
IV – 0,16% (dezesseis centésimos por cento) como CSLL.
§ 5º – O disposto neste artigo somente se aplica às construções iniciadas a partir da publicação desta Medida Provisória.
§ 6º – O pagamento unificado de tributos efetuado na forma do caput deverá ser feito até o décimo dia do mês subseqüente àquele em que houver sido auferida a receita.
Art. 3º – Até o exercício de 2014, ano-calendário de 2013, para fins de implementação do registro eletrônico de imóveis previsto na Medida Provisória nº 459, de 2009, os investimentos e demais gastos efetuados com informatização, que compreende a aquisição de hardware , aquisição e desenvolvimento de software e a instalação de redes pelos titulares de serviços de registro de imóveis a que se refere o inciso IV do art. 5º da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, poderão ser deduzidos da base de cálculo mensal e da anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física.
§ 1º – Os investimentos e gastos efetuados deverão estar devidamente escriturados no livro Caixa e comprovados com documentação idônea, que será mantida em poder do titular do serviço de registro de imóveis de que trata o caput, à disposição da fiscalização, enquanto não ocorrer a decadência ou a prescrição.
§ 2º – Na hipótese de alienação dos bens de que trata o caput, o valor da alienação deverá integrar o rendimento bruto da atividade.
§ 3º – O excesso de deduções apurado no mês pode ser compensado nos meses seguintes, até dezembro, não podendo ser transposto para o ano seguinte.
Art. 4º – Fica reduzida a zero a alíquota da COFINS incidente sobre a receita bruta da venda, no mercado interno, de motocicletas de cilindrada inferior ou igual a 150 cm3, efetuada por importadores e fabricantes, classificadas nos códigos 8711.10.00, 8711.20.10 e 8711.20.20 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).
§ 1º – O disposto no caput não se aplica às receitas auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária.
§ 2º – O disposto neste artigo aplica-se aos fatos geradores ocorridos nos meses de abril a junho de 2009.
Art. 5º – O art. 62 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 62 – O percentual e o coeficiente multiplicadores a que se referem o art. 3º da Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991, e o art. 5º da Lei nº 9.715, de 25 de novembro de 1998, passam a ser de 291,69% (duzentos e noventa e um inteiros e sessenta e nove centésimos por cento) e 3,42 (três inteiros e quarenta e dois centésimos), respectivamente.” (NR)
Art. 6º – O art. 32 da Lei nº 11.652, de 7 de abril de 2008, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 32 – ...................................................................................................................    
.................................................................................................................................    
§ 7º – À Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e recolhimento da contribuição prevista neste artigo, cabendo-lhe promover as demais atividades necessárias à sua administração.
§ 8º – A retribuição à ANATEL pelos serviços referidos no § 7º será de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) do montante arrecadado.
§ 9º – O percentual e a forma de repasse, à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), dos recursos arrecadados com a contribuição deste artigo serão definidos em regulamento, respeitados o mínimo estabelecido no inciso III do art. 11 desta Lei e o disposto no § 8º deste artigo.
§ 10 – Enquanto não editado o decreto a que se refere o § 9º, deverá a ANATEL repassar integralmente à EBC toda a arrecadação da contribuição deste artigo, observado o disposto no § 8º deste artigo.
§ 11 – Excepcionalmente, no ano de 2009, a contribuição anual prevista no § 2º poderá ser paga até o dia 31 de maio de 2009, nos valores constantes do Anexo desta Lei." (NR)
Art. 7º – Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos:
I – a partir do primeiro dia do quarto mês subseqüente à publicação, com relação ao art. 5º;
II – a partir da data de sua publicação, em relação aos demais dispositivos. (José Alencar Gomes da Silva – Guido Mantega)

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