Trabalho e Previdência
RESOLUÇÃO
592 CODEFAT, DE 11-2-2009
(DO-U DE 13-2-2009)
SEGURO-DESEMPREGO
Concessão
Seguro-Desemprego terá acréscimo de 2 parcelas para trabalhadores dos setores com alto índice de demissões
=> A Neste Ato podemos destacar:
– A ampliação do pagamento do seguro-desemprego terá como base levantamento estatístico realizado através do CAGED;
– O critério utilizado tomará como base subsetores de atividades econômicas, como o da extração mineral; indústria metalúrgica; mecânica; material elétrico e comunicação; transporte; madeira e mobiliário; de papel, papelão e editoração; borracha, fumo e couros; química e farmacêutica; têxtil e de vestuário; calçados; produtos alimentícios e bebidas; de utilidade pública; construção civil; comércio varejista e atacadista; o das instituições financeiras; ensino; agricultura;
– O período de referência para comparações de comportamentos da evolução do emprego será de 2003 a 2009;
– Verificada a necessidade de prorrogação do benefício, o MTE submeterá aos Conselheiros as propostas para exame e deliberação.
O CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR (CODEFAT), no uso
das atribuições que lhe confere o inciso V, do artigo 19 da Lei nº 7.998,
de 11 de janeiro de 1990, e tendo em vista o que estabelece o § 4º
do artigo 2º da Lei nº 8.900, de 30 de junho de 1994, RESOLVE:
Art. 1º – Aprovar os critérios técnicos
que orientarão o prolongamento por até mais 2 (dois) meses a concessão
do Seguro-Desemprego aos trabalhadores dispensados por empregadores dos setores
identificados pelo MTE, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED), observadas as condições previstas no artigo 2º da Lei
nº 8.900/94.
Art. 2º – Para fins de identificação dos
beneficiários do seguro-desemprego, de que trata o artigo 1º, serão
utilizados os critérios a seguir elencados, tendo por referência os
subsetores de atividades econômicas dispostos no § 3º deste
artigo.
I – Serão realizadas comparações de comportamentos da evolução
do emprego formal celetista de cada Unidade da Federação nos diversos
subsetores, no horizonte de janeiro de 2003 até o mês de análise
(ta), a saber:
a) saldo de geração de emprego do mês de análise em cada
ano, do período de 2003 a 2009, para verificar se o saldo de ta
é o menor entre os saldos do mesmo mês em todos os anos do referido
período;
b) a mesma comparação de que trata a alínea “a” será
feita com os saldos do acumulado do ano de referência até o mês
ta, para todos os anos entre 2003 a 2009;
c) comportamento similar será feito mediante comparação dos saldos
dos últimos doze meses para todos os anos entre 2003 a 2009;
d) comparação das somas dos saldos de ta e ta –
1, também em todos os anos, para verificar se a soma dos dois meses
mais recentes é menor do que a soma dos meses correspondentes em cada ano
anterior;
e) a mesma comparação utilizada na alínea “d”, considerando
a soma dos saldos dos últimos três meses (ta, ta –
1 e ta – 2);
II – Serão realizadas estimativas, com a utilização da metodologia
clássica de previsão de séries temporais, dos valores esperados,
em cada um dos últimos doze meses, e será estabelecido um limite mínimo
para a diferença entre o valor estimado e o valor realizado, para fins
de identificação dos subsetores cuja variação seja igual
ou inferior a esse limite, em cada um dos últimos três meses.
§ 1º – Com base em todas essas comparações, será
emitido um relatório, para cada Unidade da Federação, com os
subsetores que apresentarem as piores performances, considerando todos os critérios
elencados acima.
§ 2º – As Unidades da Federação versus
subsetores que constarem do relatório de que trata o § 1º
serão monitorados nos três meses subseqüentes, para efeito de
pagamento das parcelas adicionais, se confirmado o quadro desfavorável
do emprego.
§ 3º – Os Subsetores de Atividades Econômicas de que
trata o caput do artigo 2º são os seguintes:
a) Extrativa Mineral;
b) Indústria de Produtos Minerais não Metálicos;
c) Indústria Metalúrgica;
d) Indústria Mecânica;
e) Indústria Material Elétrico e Comunicação;
f) Indústria Material de Transporte;
g) Indústria Madeira e Mobiliário;
h) Indústria Papel, Papelão, Editoração;
i) Indústria Borracha, Fumo, Couros;
j) Indústria Química, Produtos Farmacêuticos Veterinários;
k) Indústria Têxtil, Vestuário;
l) Indústria de Calçados;
m) Indústria de Produtos Alimentícios e Bebidas;
n) Serviços Industriais de Utilidade Pública;
o) Construção Civil;
p) Comércio Varejista;
q) Comércio Atacadista;
r) Instituições Financeiras;
s) Serviços de Comércio de Administração de Imóveis
e Técnicos-Profissionais;
t) Serviços de Transportes e Comunicações;
u) Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação e
Manutenção;
v) Serviços Médicos e Odontológicos;
w) Ensino;
x) Administração Pública;
y) Agricultura, Silvicultura, Suinocultura, Piscicultura e outros similares.
Art. 3º – Identificada a necessidade de prolongamento do prazo de
concessão, o MTE submeterá aos Conselheiros as propostas específicas
para exame e deliberação.
Parágrafo único – A proposta de que trata o caput deste
artigo poderá conter eventuais ajustes nos critérios de que trata
esta Resolução, para atender necessidades de adequações
e aprimoramentos observadas ao longo do período de monitoramento, decorrentes
da evolução conjuntural do mercado de trabalho e da disponibilidade
orçamentária.
Art. 4º – Fica a Secretaria Executiva do CODEFAT incumbida de dar
conhecimento às Centrais Sindicais e às Patronais das concessões
realizadas na forma estabelecida por esta Resolução.
Art. 5º – Esta Resolução entra em vigor
a partir da data de sua publicação. (Luiz Fernando de Souza Emediato
– Presidente do Conselho)
ESCLARECIMENTO:
O artigo 2º da Lei 8.900, de 30-6-94 (Portal COAD), dispõe sobre a apuração do período máximo de parcelas do seguro-desemprego, observada a relação entre o número de parcelas mensais do benefício e o tempo de serviço do trabalhador nos 36 meses que antecedem a data de dispensa que deu origem ao requerimento.
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