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Minas Gerais

Fazenda dispõe sobre o aproveitamento de crédito do ICMS

Instrução Normativa SUTRI 4/2013

13/11/2013 11:51:23

INSTRUÇÃO NORMATIVA 4 SUTRI, DE 12-11-2013
(DO-MG DE 13-11-2013)

CRÉDITO - Aproveitamento

Fazenda dispõe sobre o aproveitamento de crédito do ICMS
De acordo com este ato é vedado o aproveiatmento de crédito do ICMS relativo à aquisição de energia elétrica nas atividades de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca, aquicultura e de extração mineral e nas atividades a elas complementares, não caracterizadas como industriais, exceto quando a energia elétrica for utilizada como insumo enegético na produção de mercadorias destinadas ao exterior. Fica revogada a Instrução Normativa 3 SUTRI, de 24-9-2013

A SUPERINTENDENTE DE TRIBUTAÇÃO, no uso da atribuiçãoque lhe é conferida pelo art. 231 do Decreto nº 44.747, de 3 de março de 2008, que estabelece o Regulamento do Processo e dos ProcedimentosTributários Administrativos (RPTA), econsiderando que, tratando-se de mercadoria não industrializada, a base de cálculo do imposto na saída para estabelecimento de mesma titularidade localizado fora do Estado é o seu preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente, nos termos do inciso III, § 4º, art. 13 da Lei Complementar 87/96;
considerando que, nos processos produtivos não industriais é vedadoo aproveitamento de créditos de ICMS relativo à aquisição de energia elétrica, nos termos da alínea ‘b’, inciso II, art. 33 da Lei Complementar 87/96;
considerando que o ICMS incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias, ainda que ocorra qualquer processo sobre a mercadoria, em etapa da cadeia de circulação, por encomenda a terceiros, do qual resulte produto industrializado ou não, nos termos do inciso II e do § 2º do art. 155 da Constituição da República;
considerando que a Instrução Normativa SUTRI nº 3, de 24 de setembro de 2013, utilizou como critério para definição de produto não industrializado o fato de o produto resultante da agricultura, pecuária,produção florestal, pesca, aquicultura, extração e de atividades complementares a estes processos não estar compreendido no campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados e relacionados na tabela de incidência do imposto (TIPI) com a notação “NT” (não tributado), nos termos do art. 6º da Lei Federal nº 10.451, de 10 de maio de 2002;
considerando, entretanto, que tal critério isolado apresenta inconsistências quando aplicado ao conceito de industrialização para os efeitos do ICMS, em razão de o Imposto sobre Produtos Industrializados não incidir sobre determinados produtos mesmo que industrializados, inclusive em face da previsão contida no § 3º do art. 155 da Constituição da República;
considerando, portanto, a necessidade de aprimorar os estudos para esclarecimento do alcance do termo “não industrializado” para os efeitos do inciso III, § 4º, art. 13 da Lei Complementar nº 87/96;
considerando as possíveis dúvidas quanto ao direito ao aproveitamento de crédito relativo aos insumos utilizados nas atividades de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca, aquicultura e de extração mineral,e nas atividades a elas complementares não caracterizadas como industriais;
considerando, por fim, a necessidade de uniformizar procedimentos e orientar os contribuintes, os servidores e os profissionais que atuamna área jurídico-tributária quanto à correta interpretação da legislação tributária, RESOLVE:
Art. 1º Fica revogada a Instrução Normativa SUTRI nº 03, de 24 de setembro de 2013.
Art 2º Nas atividades de agricultura, pecuária, produção florestal,pesca, aquicultura e de extração mineral e nas atividades a elas complementaresnão caracterizadas como industriais, é vedado o aproveitamento de créditos de ICMS relativo à aquisição de energia elétrica, exceto na hipótese de seu emprego como insumo energético na produção de mercadorias destinadas ao exterior, na proporção que estas saídas representem do total das saídas realizadas pelo estabelecimento.
Art. 3º Caracteriza-se como operação relativa à circulação de mercadorias e, portanto, incide o ICMS, o retorno de mercadorias após a realização de qualquer atividade complementar às atividades de agricultura,pecuária, produção florestal, pesca, aquicultura e de extração mineral, ainda que não constitua industrialização, encomendada a terceiros por contribuinte do ICMS.
Art. 4º Para efeito do direito ao crédito de ICMS relativo a insumos empregados nas atividades de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca, aquicultura e na extração mineral e nas atividades a elas complementares não caracterizadas como industriais, deverão ser adotados os mesmos critérios dispostos naInstrução Normativa SLT nº 1, de 20 de fevereiro de 1986, salvo disposição especial da legislação tributária.
Art. 5º Fica reformulada qualquer orientação dada em desacordo com esta Instrução Normativa.
Art. 6º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos em virtude de seu caráter interpretativo.

Sara Costa Felix Teixeira
Superintendente de Tributação da República;

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