"A afirmação de que estamos pagando muito imposto, o que compromete uma parcela significativa do tempo do ano, tem pouca consistência. Considera-se a arrecadação de impostos pelo poder público, mas não se leva em conta que uma parte significativa dos impostos retorna", afirmou à Agência Brasil.
Impostômetro:
Na segunda-feira (25), foi atingida a marca de R$ 400 bilhões em tributos pagos pelos brasileiros. O total corresponde a toda a receita recolhida pelos municípios, estados e União desde o primeiro minuto de 2009. Em 2008, o montante foi alcançado um dia depois, em 26 de maio.
O valor arrecadado pode ser consultado, em tempo real, no site www.impostometro.com.br. O portal indica os valores somados aos cofres públicos por mais de 60 tributos diretos ou indiretos.
O impostômetro, que começou a funcionar em 21 de abril de 2005, faz parte da campanha de educação tributária lançada pela ACSP na gestão de Guilherme Afif Domingos.
Críticas:
Segundo a Agência Brasil, de acordo com o professor da FEA/USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo), Adriano Biava, seria melhor se houvesse uma explicitação da composição da carga tributária e como são usados os recursos arrecadados como tributos.
"A discussão de que se paga muito imposto ou pouco imposto é relativa. O problema da nossa carga tributária não é o seu tamanho, mas sua distribuição: quem suporta esse imposto?", questionou o professor, que ainda disse que os impostos recaem sobre os setores mais pobres da sociedade.
Já o consultor em finanças públicas, Amir Kahir, disse que, na realidade, quem paga imposto no Brasil é a classe média para baixo. Ele afirmou que quem tem renda até R$ 2 mil paga até 49% do que ganha em tributos. Quem ganha acima de 30 salários mínimos paga apenas 26%.
Fonte: Abrapi
Enviado por: Wilson Fernando A. Fortunato