Na última sexta-feira, 12, o Banco Central divulgou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco central) do mês de maio, considerado prévia do PIB (Produto Interno Bruto). O resultado não foi dos melhores, mostrando que a economia brasileira registrou retração de 1,4% ante abril, o que representa o pior resultado mensal desde 2008. A fraqueza da produção industrial foi o que resultou nesse resultado.
Os setores que mais perdem com uma prévia do PIB abaixo do esperado são os que fazem suas projeções baseadas no crescimento do país, de acordo com Alessandra Guardia, diretora da Hirashima & Associados. Dessa forma, a projeção de um PIB fraco impacta o preço dos ativos das empresas do setor de varejo.
A diretora afirma que "essas empresas fazem a sua projeção de faturamento, ou seja, de quanto vão vender em três anos, por exemplo, atreladas à expectativa do PIB. Se as expectativas não se concretiza, as empresas são prejudicadas.
A diretora ainda afirmou que a projeção do PIB era de crescimento de 3,5% a 4% ao ano em 2012, 2013, 2014 e 2015, e o ano passado veio 0,9%. Esses valores só mostram o quanto as empresas se prejudicaram, esperando um PIB que não veio, refletindo no resultado geral da companhia.
Para este ano, o mercado esperava um crescimento acima de 3%, mas o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, já quebrou as expectativas dos investidores. Não apenas os investidores saem perdendo, esses números também refletem na Bolsa de Valores.
O analista chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, informa que as siderúrgicas também são prejudicadas, mas nada comparado ao setor de varejo, que sofre com o aumento de juros, inflação alta, endividamento das famílias, consumidor desconfiado e passeatas.
Fonte: Infomoney