Na avaliação de Jorge, as medidas foram muito criticadas quando adotadas em dezembro de 2008, inicialmente para veículos, mas se mostraram essenciais para manter a Economia funcionando. Para ele, os indicadores mais importantes de Atividade Econômica vêm da indústria automobilística e do mercado imobiliário. O ministro disse que o segmento de imóveis teve uma reação importante com a redução de IPI para materiais de construção e o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida.
Ele acredita que o incentivo deve ser mantido no caso dos materiais de construção para baratear o custo das obras do programa, que recebe subsídios do governo para as moradias destinadas à população de baixa renda. "Eu concordo (com a prorrogação). Tenho falado dentro do governo que o programa Minha Casa, Minha Vida tem um valor de subsídio importante, e aumentar os impostos de um produto em que o governo tem uma participação importante é aumentar o custo inclusive para o governo", explicou. "O governo não está recebendo imposto, mas também não está pagando mais." Em junho, o governo fixou um cronograma que prevê o retorno gradual das alíquotas originais de IPI para os três setores até o final do ano.
O ministro contou que a reação do mercado a essas medidas são checadas quase diariamente para definir a linha de Ação do governo. "A impressão que se tem é que este governo é um pouco mais prático para tomar essas medidas. É possível até que a influência de um presidente que veio da área de Produção facilite isso'''', afirmou. Segundo ele, umas das lições da crise financeira mundial, é que quanto mais rápido se reage a ela, melhores condições o País tem para enfrentá-la.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não comentou as declarações do ministro. A entidade afirmou, por meio de sua assessoria, que a prorrogação do IPI reduzido não é tema de discussão no momento entre o setor e o governo. Miguel Jorge, avalia que a crise está terminando para a indústria brasileira, mas continuará impactando o setor exportador.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Enviado por: Wilson Fernando de A. Fortunato