De acordo com o Panorama de Previdência da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), apresentado pelo economista-chefe da Allianz Seguros, Michel Heise, o nível de previdência no Brasil é mais "generoso" que o de países desenvolvidos, como Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Coreia do Sul. Os ganhos individuais dos beneficiados no País chegam a ser 85,9% da sua antiga renda, enquanto a média mundial é de 60,8%.
O Brasil está bem acima da média dos ganhos nos países desenvolvidos, que inclui tanto funcionários públicos quanto os aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Nacional). No Japão, por exemplo, a taxa de substituição de previdência das aposentadorias obrigatórias (públicas e privadas) por ganhos chega a 36,3%. Na Alemanha, ela sobre para 42% e, nos Estados Unidos, para 42,3%.
A China e a Argentina são os países que mais se aproximam das taxas brasileiras, onde o índice chega a 82,5% de sua renda e 81,1%, respectivamente.
Veja o quadro abaixo:
Para Heise, em valores absolutos, as aposentadorias da maior parte da população brasileira não são altas, com uma distorção de altos pagamentos para uma parcela pequena dos beneficiários. Contudo, com o envelhecimento da população brasileira, o País deve se preparar para um ciclo mais longo de trabalho da população, com pensões mais baixas, que devem ser compensada com outros mecanismos de poupança, como previdência privada.
Já o economista e pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcelo Caetano, acredita que uma das soluções para o governo seria criar uma nova estratégia de poupança interna. Assim, ampliaria o nível de poupança, melhorando a infraestrutura e fazendo reformas na previdência.
Fonte: Infomoney