Na volta das
férias de quatro dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou ontem, no programa de rádio Café com o Presidente, a importância das micro e pequenas empresas para a economia brasileira.
O presidente reafirmou a necessidade de o Congresso Nacional aprovar o projeto para o setor - a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. "As micro e pequenas empresas são responsáveis por mais de 60% dos empregos gerados no Brasil e nós queremos fazer com que a lei possa facilitar a criação e o funcionamento de uma empresa. Fazendo assim, estaremos garantindo que haja mais oferta de empregos, mais salários, mais consumo e mais crescimento da economia brasileira", explicou.
O presidente destacou também a possibilidade de criação da pré-empresa, que facilitará a vida do cidadão que quer começar um negócio. "Se forem aprovados esses três projetos, ou seja, o Fundeb, para a Educação, a Lei Geral da Pequena Empresa e a pré-empresa; e o Orçamento, o Brasil estará preparando-se para enfrentar os próximos anos com um grande impulso no desenvolvimento."
Lula disse ainda que a aprovação do projeto das micro e pequenas empresas poderá influenciar no incremento das exportações brasileiras. "O Brasil tem exportado muitos produtos manufaturados, com maior valor agregado. Quanto mais empresas nós tivermos, quanto mais facilitarmos o processo de exportação dos produtos brasileiros, mais teremos divisas em dólares, mais teremos saldo de balança comercial, mais geraremos empregos no Brasil. Por isso é que é um projeto importante. É um projeto que foi discutido com o Sebrae, foi discutido com os parlamentares, foi discutido com as empresas, foi discutido com a sociedade como um todo", afirmou.
Lula está otimista e acredita na aprovação do projeto. "Eu acho que o Congresso vai votar isso porque sabe que independentemente das disputas políticas que teremos em 2006 o povo brasileiro não pode ser prejudicado por conta de uma disputa eleitoral."
Estradas: reparo mais barato
O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, informou ontem que o governo conseguiu um desconto médio de 20% nos contratos fechados sem licitação com as empresas que farão as obras emergenciais da operação tapa-buracos em cerca de 7.200 quilômetros de rodovias federais. Na semana passada, o ministro havia anunciado que o governo tentaria conseguir uma redução de 10% sobre os preços constantes da tabela do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes).
Em entrevista coletiva ao visitar o canteiro das obras iniciadas hoje no quilômetro 7 da BR 040, na Cidade Ocidental, em Goiás, Nascimento afirmou que o governo está tomando cuidados em relação a esses obras, contratadas emergencialmente. Ele disse, por exemplo, que elas só serão pagas após serem "auditadas individualmente".
Fonte: DCI