Todo mundo fala. Todo mundo se comunica. Mas poucos se conectam. Com essa simples, mas impactante proposta, John Maxell, uma referência mundial sobre liderança e um dos autores escolhido para integrar o top 25 da Livraria Amazon, escreve o seu livro Todos se Comunicam, Poucos se Conectam: desenvolva a comunicação eficaz e potencialize sua carreira na era da conectividade, um livro que, na minha opinião, é leitura obrigatória para todos os professores, palestrantes e oradores.
De uma forma objetiva e didática, o autor conseguiu abordar alguns dos grandes erros que todos nós cometemos quando tentamos nos comunicar com outras pessoas, além, é claro, de fornecer preciosas dicas sobre o assunto. Abaixo está um pequeno resumo sobre elas, porém, recomendo fortemente que você compre e leia a obra completa. Let’s go.
O sucesso profissional e a comunicação
Poucas coisas são piores que alguém que não sabe o que está falando, que inventa enquanto fala e que finge que tem conhecimento sobre algo quando, na verdade, não tem a menor noção.
Cada vez mais estamos presenciando que as pessoas não podem ser bem-sucedidas na vida sem uma comunicação efetiva. Não é suficiente só trabalhar duro. Não é suficiente só fazer um trabalho maravilhoso. Para ter sucesso você precisa aprender a se comunicar de verdade com os outros. O critério número um para os profissionais avançar e ganharem uma promoção é a habilidade de se comunicar efetivamente.
Conectar-se é a habilidade de se identificar com pessoas e se relacionar com elas de forma que aumente sua influência sobre elas. Para ter sucesso, é preciso trabalhar com os outros. E para fazer isso da melhor forma possível, você deve aprender a se conectar.
Os perigos de uma comunicação egocêntrica
Conectar-se nunca é sobre mim. É sobre a pessoa com quem estou me comunicando. Quando o palestrante é inseguro, ele buscará a aprovação de seu público. E quanto mais ele quiser buscar a aprovação deles, mais concentrado ele fica em si e em como ele pode impressionar os outros.
Toda vez que puder ajudar outras pessoas a entenderem que você se importa de verdade com elas, você abre as portas para se conectar, comunicar e interagir. Não é o que quero, é o que o público quer. Você tem de se lembrar que é tudo sobre os outros. Aprender a se preocupar com os outros, é isso que leva alguém ao sucesso.
Todas as vezes que as pessoas entram em ação, elas o fazem pelos motivos delas, não os seus nem os meus. É por isso que temos que ver seus motivos e tentar ver as coisas de seu ponto de vista. Se não o fizermos, estamos apenas desperdiçando seu tempo e o nosso.
Antes de falar, você deve entender as expectativas do seu anfitrião e o histórico da sua plateia. A sua mensagem deve se ajustar as necessidades deles. Conectar-se é só sobre os outros. A conexão começa quando os outros se sentem valorizados. Descubra por que eles valorizam essas coisas, fazendo perguntas. Compartilhe seus valores que são similares aos deles.
Qualquer mensagem que você tentar transmitir deve ter um pedaço de você.
Você não pode apenas lançar palavras. Não pode meramente transmitir informação. Para um livro se conectar com os leitores, deve ser mais do que um simples livro. Deve ter uma parte do outro. De outra forma faltam autenticidade e credibilidade. Pode ter grandes informações, mas ainda assim pode passar despercebido. Você deve deixar bem claro que o que você está escrevendo ou falando é algo sobre o que acredita.
Se você sabe algo sem ter vivido, seu publico vivencia uma falta de credibilidade. Se você fez algo, mas não sabe bem o suficiente para explicar, o público viverá uma frustração. Você tem que juntar vivência e conhecimento para se conectar de forma consistente. É como o jazzista Charlie Parker disse certa vez: “Se você não viver o jazz, ele não sai de seu instrumento musical”.
As pessoas precisam saber APLICAR o que você está dizendo, senão de pouco adianta suas palavras. Não dê apenas fatos para eles, mas inclua sua emoção e percepção, faça-os sentirem o que você sentiu. Ajude-as a sentirem o que você sente.
Inspire confiança!
Você já ouviu um orador que não tinha confiança e disse que estava nervoso? Os apresentadores que criam preocupação em seus ouvintes não inspiram grande confiança. Na verdade, eles não inspiram nada. As pessoas respondem positivamente ao entusiasmo, não ao ceticismo, elas querem nosso encorajamento mais que nosso conhecimento.
O verdadeiro orador deve possuir a habilidade de fazer com que os outros acreditem neles mesmos. Mostre aos seus ouvintes que você está empolgado por estar com eles, diga a eles que seu tempo com eles é sua prioridade mais alta daquele dia. Enfim, você deve ser grato pelo fato de as pessoas estarem dispostas a ouvi-lo. Quanto você terminar de falar, diga a eles o quanto você gostou deles.
Dicas rápidas
Valorize cada pessoa mostrando a elas que você passou muito tempo preparando seu discurso porque você não só as valoriza, como também valoriza o objetivo e o tempo delas.
Se você quiser ser um comunicador eficaz, tem de estar disposto a continuar enfatizando uma questão. REPETIR REPETIR. Diga à plateia o que você vai dizer. Diga. Depois, diga-lhes o que você disse. TODA apresentação tem PONTOS memoráveis, quais são os seus?
Um mau começo leva a um mau final, a hora para começar a pensar na razão para a sua comunicação é antes de você começar a falar.
Faça o que puder para remover obstáculos e eliminar a barreira entre você e a pessoa com quem você quer se conectar. Quando me mexo mais para perto de minha plateia, isso ajuda a criar um sentimento de maior intimidade. E, sempre que apropriado, use o toque para comunicar que você se importa.
Conclusão
Conectar-se é mais habilidade que talento natural, não é dom, é treino.
Em média, a maioria das pessoas fala 16 mil palavras por dia. Se você transcrevesse essas palavras, elas preencheriam um livro de 300 páginas todas as semanas. No fim do ano, você teria uma estante cheia de palavras. Em uma vida toda, chegaria a preencher uma biblioteca. Mas quantas de suas palavras seriam importantes? Quantas fariam a diferença? Será que a sua estante está cheia de baboseira?
Fonte: Administradores