A Geração Y já nasceu em meio à tecnologia, mas muitos dos profissionais que atuam no mercado de trabalho hoje aprenderam a operar computadores simplesmente operando! Com uma dica aqui, uma explicação ali, eles começaram a utilizar as ferramentas dos diversos programas disponíveis, a operar sistemas operacionais específicos, a usar programas de acesso livre, navegar na internet, enviar e-mails ou interagir nas redes sociais.
Muitos aprenderam a trabalhar nas ferramentas e nos utilitários básicos dos sistemas operacionais nas empresas onde trabalha, ou a realizar cálculos com as fórmulas básicas do Excel. Mas quantos recursos existem que facilitariam ou agilizariam seu trabalho, e que acabam passando despercebidos, ou não chegam ao conhecimento dos usuários?
Muitos fornecedores de softwares contam uma Central Online, para que seus usuários possam esclarecer dúvidas, abrir atendimentos, receber solicitações e sugestões de melhorias, e oferecem também cursos e treinamentos EAD no próprio ambiente do sistema. Essas facilidades poderiam ser bem mais exploradas, contudo o que ocorre, é que, ou o colaborador não sabe como acessar esses ambientes - ou não tem interesse - ou o próprio gestor vê como desnecessária a utilização destes serviços, já que podem representar custos adicionais.
Porém há algumas perguntas que me ficam martelando: estes usuários sabem de fato o que estão fazendo? Entendem a complexidade de um programa? Sabem os riscos que estão correndo, ou os ricos a que podem expor suas empresas ou famílias? Tomam as precauções necessárias? Sabem atualizar um antivírus?
Quantas vezes você já ouviu um determinado colega – coçando a cabeça – proferir a frase: “Pois é... Não sei o que aconteceu... A máquina simplesmente parou de funcionar!” A resposta pode ser: vírus! Situações assim são recorrentes? Quando isso representa a ”fritura” de um disco rígido ainda é fácil de resolver, mas quais as conseqüências quando o problema chega ao servidor da empresa e contamina toda a rede? Quantos dados e informações relevantes podem ser perdidos?
O que me parece, é que a maioria das pessoas ainda não se deu conta de que, na era da informação, a falta dela, e de conhecimento, é uma das principais causas de problemas. Muita gente baixa programas sem nem mesmo perceber (ou saber) o que está fazendo, mantém versões desatualizadas de seus antivírus, abre e-mails suspeitos sem sequer buscar sua origem, ou acessa sites “inocentes” que podem oferecer uma série de riscos. E quando falo em riscos, devo lembrar que suas conseqüências podem representar prejuízos.
O que custa mais caro? Oferecer um treinamento básico na área e cursos periódicos de reciclagem para seus funcionários, que abordem principalmente a ferramentas disponíveis nos sistemas e segurança da informação, ou perder horas de trabalho com máquinas e colaboradores parados porque não é possível “acessar o programa” – sem mencionar o custo da mão de obra do Técnico de Informática, que geralmente é terceirizada. E tudo isso, por falta de prevenção...
Quando se fala em manutenção industrial, existem várias modalidades, entre elas a Manutenção Corretiva, que consiste em consertar o equipamento após a avaria; a Manutenção Preventiva, que como o próprio nome já diz, serve para prevenir eventuais defeitos; e a Manutenção Preditiva, que procura prevenir falhas nos equipamentos ou sistemas, com a ajuda de controles de indicadores, antecipando o prazo de esgotamento do equipamento e tomando as medidas necessárias a tempo.
Já que tecnologia e informação crescem de forma exponencial, não seria o momento de inserir também estes conceitos no uso de equipamentos (e usuários) de sistemas operacionais e softwares, abandonando de vez o hábito da manutenção corretiva? Investir um pouco mais em treinamento, nos recursos disponíveis e na segurança da informação poderia evitar muitos prejuízos e, de quebra, economizaria em comprimidos para dor de cabeça...
Por: Joice Haag
Fonte: Administradores