Até o Natal, as mulheres serão responsáveis por gastar milhões em presentes e manter lucrativas centenas de empresas de varejo e bens de consumo ao redor do mundo. Uma pesquisa global mostra que isto ainda não está refletido nos Conselhos de Administração dessas companhias, um equívoco muito sério. Mais de 56% das mulheres brasileiras estão incluídas formalmente no mercado de trabalho e sua contribuição para a renda familiar cresce ao longo dos anos, à medida que aumentam seu nível de educação e atuação profissional, sendo funcionárias ou empreendedoras.
São as mulheres que, na maioria das vezes, tomam as decisões de compra; para si mesmas e para suas famílias. As empresas precisam ter consciência sobre quem é o seu consumidor e decidir a configuração de seu conselho de diretores.
Estudo feito pela Corporate Women Directors International (CWDI) pesquisou 168 empresas de varejo e bens de consumo em todo o mundo e descobriu que as mulheres ocupam apenas 18,4% dos assentos nos conselhos corporativos - número que nem se aproxima ao real impacto que o público feminino tem nas vendas desses dois setores. Outros estudos demonstraram a relação direta entre um nível mais equilibrado de diversidade na liderança corporativa e a alta performance financeira a longo prazo.
Um estudo do Credit Suisse mostra que durante o período de recessão econômica (2005 a 2011) as empresas com maior participação de diretoras tiveram resultados 26% superiores àquelas empresas do mesmo setor que não tinham mulheres entre suas lideranças. O bom resultado financeiro destas companhias se deve a decisões de compras tomadas diariamente por milhões de mulheres.
Está na hora de os executivos corporativos acordarem para esta realidade, reconheçerem os benefícios de uma liderança mais inclusiva e se adiantarem na seleção de líderes femininas.
Por Irene Natividad
Fonte: DCI-SP