As lideranças do G7, grupo que reúne as principais entidades patronais do setor produtivo paranaense, entregarão na próxima semana uma pauta de reivindicações ao governador Beto Richa, na qual se destaca o pedido para reconsideração do aumento na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A revisão pedida atingiria boa parte dos 95 mil itens que devem sofrer com a alta a partir de 1º de abril. As demandas foram definidas em reunião na última terça-feira, na Capital, e apontam para os riscos de desaquecer ainda mais o mercado, prejudicar as vendas e gerar desemprego com as medidas conhecidas como "tarifaço".
O documento será assinado pelos presidentes das seguintes entidades: Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-PR), Federação das Indústrias do Estado (Fiep), Federação da Agricultura do Estado (Faep), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e Associação Comercial do Paraná (ACP). A informação é do presidente da Fecomércio-PR, Darci Piana.
O governador enviou no início de dezembro do ano passado o que chamou de pacote de austeridade à Assembleia Legislativa para recuperar as contas do Estado, no qual previa, entre outros reajustes, o da alíquota tributária. Produtos como alimentos deixarão de ter isenção de ICMS e serão taxados em 12%, enquanto artigos como materiais escolares, remédios, calçados e água mineral, entre outros terão imposto elevado de 12% para 18% u 25%.
O presidente da Fecomércio-PR estima em até 95 mil o número de itens que devem ter o tributo majorado com a medida. "Sentamos para trabalhar em cima de um pedido para que o governador do Estado reconsidere o aumento sobre o ICMS ao menos para alguns produtos, que são considerados essenciais", conta. Além de alimentos, Piana cita medicamentos, materiais de construção autopeças e calçados, entre os mais importantes.
Ele conta que os líderes do G7 pedirão também a revisão da decisão de elevar o ICMS para importados na entrada do produto no País, antes da venda. Piana diz que isso acarreta em aumento de custos para o empresário, que repassa o valor para o consumidor. "Temos um levantamento que aponta que o poder de compra do paranaense caiu 14% em um ano e isso ocorre por causa da inflação, de alta nas tarifas de energia e água, e esse aumento de impostos pode agravar a situação", conta, ao lembrar que tanto o governo federal quanto o estadual fizeram os seus "pacotes de maldades".
Apesar da proximidade para que as novas alíquotas passem a valer, o presidente da Fecomércio-PR acredita que é possível rever ou atenuar a decisão antes de 1º de abril, nos mesmos moldes do que ocorreu no âmbito federal com o reajuste da tabela de Imposto de Renda, negociado entre interlocutores da presidente Dilma Rousseff e o Congresso. "Não adianta o governo aumentar os impostos achando que vai aumentar a arrecadação porque, se as vendas caírem, vai ficar na mesma."
A reportagem tentou contato com as outras entidades ou com seus líderes, mas apenas a Fiep respondeu, por meio de assessoria, que houve uma reunião entre o G7 e que há um encontro marcado com Richa para apresentar propostas para melhorar o ambiente para o setor produtivo. O encontro deve ser na próxima segunda-feira. Porém, o presidente da entidade, Edson Campagnolo, somente falará do assunto após a reunião.
O documento será assinado pelos presidentes das seguintes entidades: Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-PR), Federação das Indústrias do Estado (Fiep), Federação da Agricultura do Estado (Faep), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e Associação Comercial do Paraná (ACP). A informação é do presidente da Fecomércio-PR, Darci Piana.
O governador enviou no início de dezembro do ano passado o que chamou de pacote de austeridade à Assembleia Legislativa para recuperar as contas do Estado, no qual previa, entre outros reajustes, o da alíquota tributária. Produtos como alimentos deixarão de ter isenção de ICMS e serão taxados em 12%, enquanto artigos como materiais escolares, remédios, calçados e água mineral, entre outros terão imposto elevado de 12% para 18% u 25%.
O presidente da Fecomércio-PR estima em até 95 mil o número de itens que devem ter o tributo majorado com a medida. "Sentamos para trabalhar em cima de um pedido para que o governador do Estado reconsidere o aumento sobre o ICMS ao menos para alguns produtos, que são considerados essenciais", conta. Além de alimentos, Piana cita medicamentos, materiais de construção autopeças e calçados, entre os mais importantes.
Ele conta que os líderes do G7 pedirão também a revisão da decisão de elevar o ICMS para importados na entrada do produto no País, antes da venda. Piana diz que isso acarreta em aumento de custos para o empresário, que repassa o valor para o consumidor. "Temos um levantamento que aponta que o poder de compra do paranaense caiu 14% em um ano e isso ocorre por causa da inflação, de alta nas tarifas de energia e água, e esse aumento de impostos pode agravar a situação", conta, ao lembrar que tanto o governo federal quanto o estadual fizeram os seus "pacotes de maldades".
Apesar da proximidade para que as novas alíquotas passem a valer, o presidente da Fecomércio-PR acredita que é possível rever ou atenuar a decisão antes de 1º de abril, nos mesmos moldes do que ocorreu no âmbito federal com o reajuste da tabela de Imposto de Renda, negociado entre interlocutores da presidente Dilma Rousseff e o Congresso. "Não adianta o governo aumentar os impostos achando que vai aumentar a arrecadação porque, se as vendas caírem, vai ficar na mesma."
A reportagem tentou contato com as outras entidades ou com seus líderes, mas apenas a Fiep respondeu, por meio de assessoria, que houve uma reunião entre o G7 e que há um encontro marcado com Richa para apresentar propostas para melhorar o ambiente para o setor produtivo. O encontro deve ser na próxima segunda-feira. Porém, o presidente da entidade, Edson Campagnolo, somente falará do assunto após a reunião.
Fábio Galiotto
Fonte: folha web