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Sebrae quer juro menor para microempresa em linha do BNDES

Os três grandes bancos públicos e o Sebrae (serviço de apoio às micro e pequenas empresas) estudam medidas para reduzir ainda mais as taxas de juros na linha de capital de giro anunciada dentro do pacote de crédito do governo.

04/02/2016 14:51

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Sebrae quer juro menor para microempresa em linha do BNDES

Nesta terça-feira (2), o BNDES anunciou a redução de até 25%, para 11,67% ao ano, nas taxas para empresas com receita operacional bruta de até R$ 16 milhões por ano. Sobre esse custo, no entanto, há ainda um "spread", uma taxa adicional cobrada pelo banco que vai repassar o dinheiro do BNDES às empresas de menor porte.

A linha de R$ 5 bilhões é parte do BNDES Progeren (Programa de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda). As operações podem contar com cobertura do FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) do banco estatal.

De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, o corte nas taxas não resolve o problema que o BNDES sempre teve para alcançar as microempresas (com faturamento anual até R$ 360 mil).

Por isso, ele se reuniu nesta quarta-feira (3) com representantes do BNDES, do Banco do Brasil, da Caixa e da ABDE (Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento) para discutir uma forma de atingir esse público.

"Pela primeira vez o BNDES vai fazer um foco nesse limite de faturamento. Eles sempre emprestaram para os maiores entre os pequenos. Não têm o cacoete de trabalhar com essa pulverização", afirmou Afif.

O Sebrae quer uma taxa final de até 18% ao ano para esses clientes. Os bancos, no entanto, relataram dificuldade em alcançar esse patamar, mas afirmaram que vão estudar medidas para reduzir custos e tentar viabilizar essa linha até o final do mês. Uma nova reunião deve ocorrer no dia 18 de fevereiro. Os bancos também afirmaram ao Sebrae que há restrições operacionais para alcançar esse público mais amplo.

Afif voltou a defender ainda a liberação dos compulsórios (recursos dos bancos retidos pelo Banco Central) para crédito a essas empresas. Afirmou também que a demanda por crédito com "custo decente" não caiu. "Diminui a demanda por crédito de agiotagem."

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

Fonte: Folha de São Paulo

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