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Centrais sindicais apóiam greve contra idade mínima na aposentadoria

A primeira proposta discutida pelo grupo de Michel Temer é a implantação da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.

28/07/2016 13:08

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Centrais sindicais apóiam greve contra idade mínima na aposentadoria

Sob gritos de “greve geral” e “fora Temer”, as centrais sindicais aprovaram nessa quarta-feira, 26, uma carta que se opõe às reformas da Previdência Social e das leis trabalhistas, além das medidas econômicas em curso no governo de Michel Temer.

A assembléia, na região central da capital paulista, também marcou a reunificação das maiores organizações de sindicatos de trabalhadores do país, cuja divisão foi acentuada depois da abertura do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

O objetivo do Planalto de fazer com que a população trabalhe por mais anos para garantir a aposentadoria, além da afirmação de ministros sobre a permissão para o aumento da jornada de trabalho, por exemplo, motivaram a mobilização conjunta de CUT e CTB, com posições favoráveis a Dilma, e de Força Sindical, UGT, CSB e NCST, que reconhecem o governo interino do PMDB.

Favorável à paralisação caso as reformas avancem, o presidente de Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse que a “construção da greve geral” depende da união das centrais nas mobilizações programadas para o próximo dia 16 de agosto, em todo o país. “Não é o sindicato que vai fazer greve. O trabalhador vai fazer se tirar o direito dele”.

Com um discurso alinhado ao de Freitas, o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, questionou a capacidade política de Temer para convencer o Congresso a votar nas reformas. “Se um governo eleito não tem condições de fazer, imagine um que não foi eleito”, disse.

Em entrevista, Paulinho da Força disse considerar “impossível a aprovação da idade mínima nas aposentadorias do INSS para trabalhadores da ativa.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, apoiou as manifestações. “Ou vamos para as ruas, vestimos nossa camisetas de guerra, ou nós vamos sucumbir”.

Discussão no Planalto

A primeira proposta discutida pelo grupo de Michel Temer é a implantação da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. O plano do estudo é aplicar essa regra para que tem menos de dez anos de contribuição ao órgão. Trabalhadores há mais de dez anos ou 20 anos no mercado podem entrar com uma regra de transição.

Esta regra de transição obrigaria o trabalhador a continuar em atividade por alguns anos a mais, o que é chamado de pedágio. O tamanho deste pedágio iria de acordo com o tempo de contribuição e de quando o segurado começou a trabalhar. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou a comentar que o tempo de trabalho pode subir 40%.

Outro objetivo do governo é fazer uma regra de aposentadoria igual para homens e mulheres, e uma mesma regra para trabalhadores da iniciativa privada e funcionários públicos. Atualmente não existe uma idade mínima obrigatória para a aposentadoria por tempo de contribuição. É necessário ter 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos de contribuição, no dos homens. O segurado que atingir, na soma da idade com o temo de contribuição, 85 pontos (mulheres) e 95 pontos (homens) recebe a aposentadoria sem desconto. Os segurados que não chegam à pontuação mínima podem pedir o benefício, mas terão um desconto de até 40% com a aplicação do fator previdenciário.

Mathews Moura. I

Fonte: Diario Regional

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