São Paulo - O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa (ICMPE) cresceu 12,2% em agosto em relação a julho, e alcançou os 50,17 pontos (na escala de zero a 100), no quarto mês consecutivo de melhora.
Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O indicador considera 800 empreendimentos de comércio varejista e serviços, com até 49 funcionários.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a volta da confiança dos agentes econômicos deve ser "comemorada", mas os efeitos sobre as variáveis reais ainda demora.
"Isso depende dos rumos da política econômica adotada pelo novo governo efetivado, apenas recentemente no cargo, e de um cenário político mais estável e de convergência", afirma Pinheiro.
Desempenho
O Indicador de Condições Gerais, que avalia a percepção do micro e pequeno empresariado sobre o desempenho de suas empresas e da economia brasileira nos últimos seis meses, também reagiu, de 25,53 pontos em julho para 31,58 pontos em agosto.
Em termos percentuais, sete em cada dez (71,25%) micro e pequenos empresários consideram que a economia piorou nos últimos seis meses. Exclusivamente sobre o desempenho dos seus negócios, 53% diz ter percebido piora sendo que, desses 70,5% dizem que, por causa da crise, suas vendas diminuíram. O aumento dos custos também pesa, citado por 14,4%. A inadimplência foi mencionada por 6,4%.
O Indicador de Expectativas, no entanto, subiu de 59,11 pontos em julho para 64,11 em agosto. Mais da metade (52,5%) dos micro e pequenos empresários manifestaram otimismo com os próximos seis meses da economia e, quando levada em consideração apenas as expectativas sobre o seu próprio negócio, a proporção de otimistas sobe para 64,4%.
Fonte: DCI - SP