O Tesouro Direto atingiu uma marca recorde de aplicações com o montante investido em novembro. No mês passado foi aplicado R$ 1,8 bilhão e, com isso, o saldo total chegou a R$ 39,6 bilhões. Esse valor é 64,9% maior do que o registrado em novembro de 2015.
O número de investidores ativos chegou a 382.559 em novembro, o que representa uma alta de 73,4% em 12 meses. Já a quantidade de investidores cadastrados no programa chegou a 1,077 milhão. Nesse caso, o crescimento foi de 78,4% no mesmo período.
O programa foi criado em 2002 como uma medida do governo para popularizar a aquisição de títulos públicos por pessoas físicas. Essas aquisições são feitas pela internet e não possuem a intermediação de agentes financeiros.
Pequenas aplicações
Em novembro foram resgatados R$ 715,2 milhões. Desse valor, R$ 669,1 milhões correspondem a recompras, enquanto que R$ 46 milhões se referem a vencimentos dos papéis.
O balanço divulgado pelo Tesouro também informou que, ao todo, foram feitas 181.498 operações de investimento em novembro. O valor médio de cada operação foi de R$ 10.142, mas a maior parte das aplicações (71,9%) foi de até R$ 5 mil.
Isso ajuda a comprovar que o programa tem sido utilizado como ferramenta para pequenos investidores.
Dentre essas pouco mais de 180 mil operações, 58,4% do total das aplicações foram por títulos indexados ao IPCA. A segunda opção mais buscada foram os papéis remunerados pela Selic, com 24,2%. Por fim, 17,4% das operações foram de títulos prefixados.
Prazos
Além disso, o Tesouro também divulgou números a respeito dos prazos das aplicações feitas em novembro. Pouco mais da metade delas (51,2%) tem duração entre um e cinco anos. Já os títulos com prazo entre cinco e dez anos representaram 29,5%, enquanto que outros 19,4% contam com vencimento acima de dez anos.
Alternativa para o contribuinte
A expectativa é que, em 2017, o volume de aplicações feitas no Tesouro Direto cresça ainda mais. Isso porque, segundo avaliam técnicos do Tesouro, a Reforma Previdenciária pode fazer com que o interesse do contribuinte por esse programa seja ainda maior.
“Existem muitos investidores que usam o Tesouro Direto como previdência. Acredito que sim, há uma grande tendência, com a reforma da Previdência, à busca por previdência complementar”, disse Leandro Secunho, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública Federal.
Ele também explicou que as taxas de administração do Tesouro Direto tendem a ser menores do que as da previdência complementar.
Fonte: Grupo Skill