Preço de aluguel em queda facilita upgrade em escritório
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(Foto: Arte G1)
Com a virada do mercado, o momento passou a ser favorável ao inquilino, que tem conseguido descontos tanto parar permanecer onde está como também para migrar para espaços maiores e melhores.
Segundo agentes do mercado ouvidos pelo G1, entre o preço pedido e preço fechado, os descontos tem ficado, na média, em cerca de 20% pelo menos. Também tem sido praxe a oferta de outros atrativos como auxílio em alguma etapa da reforma e carência de vários meses no pagamento do aluguel.
Amil aproveitou queda dos preços e fechou a locação de 14 andades da EZ Tower para centralizar seus escritórios em um único endereço (Foto: Fábio Tito/G1)
As companhias não revelam detalhes da negociação. O diretor de Projetos da UnitedHealth Group, Marcelo Leme, diz ter visitado 26 opções de locação antes de fechar o contrato de aluguel de 15 anos. "Encontramos muita opção. Posso dizer que visitei quase todos os prédios disponíveis em São Paulo, entre novos e antigos", afirma.
"É custo de oportunidade. Ocupamos praticamente 60% do prédio. Por isso as condições foram muito boas para ambas as partes", afirma. "A ideia era pelo menos empatar [em relação custo anterior de locação]. Eu diria que tivemos sucesso na nossa negociação".
Em São Paulo, segundo pesquisa da Buildings, o preço do m2 de edifícios classe A caiu para R$ 93,07 em 2016, o menor valor desde 2010 (R$ 82,37). No Rio, os preços tiveram queda nominal pelo 4º ano seguido, com o valor médio recuando para R$ 101,48 o m2. No pico, em 2012, o preço médio do m² chegou a R$ 138 em SP e a R$ 128 no Rio.
Carência de meses no aluguel
O grupo Gouveia de Souza é outro que aproveitou os preços em queda para migrar para um prédio melhor na Avenida Paulista. Pelo mesmo preço de m², a empresa está trocando 3 andares em um prédio antigo e todo recortado por duas lajes de 800 m² no edifício Top Center, a poucas quadras de distância do escritório em que estava instalada há 18 anos. "Aproveitamos a oportunidade de mercado para dar um upgrade. Se fosse 2 anos atrás seria impossível", afirma Rodrigo Lucindo, diretor administrativo do grupo.
"Eu sei que vou ter que expandir, então falei assim [para o proprietário]: você está com um mico. Vamos fechar nas mesmas condições e negociar mais carência. E você sai do risco", conta Felipe Almeida, sócio-fundador da Nimbi, que está instalada no edifício Central Vila Olímpia, que está com 6 dos 14 andares vazios.
Fonte: G1